tag:blogger.com,1999:blog-73863653799619940072024-03-15T18:10:10.867-07:00Cartas UruguaiasSou produtor, jornalista e acabo de lançar meu primeiro romance, chamado "Iracundo". O blog foi criado em 2008, quando passei alguns meses em Montevidéu escrevendo o romance, que acaba de ser publicado através do Prêmio IAP de Artes Literárias, realizado pelo Governo do Estado do Pará. Unknownnoreply@blogger.comBlogger221125tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-57299404525606373342022-12-15T10:30:00.000-08:002022-12-15T10:30:18.764-08:00Aftersun<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Sou agnóstico, um ateu sem tanta convicção que acredita em alguma
coisa. Por muito tempo andei perdido diante da necessidade de acreditar em algo.
Não por alguma imposição social ou convencional, era mais por me ver perdido
sem ter a quem recorrer naqueles momentos de dúvida, do leve desespero ou na
torcida para que algo dê certo. Recentemente, depois de uma conversa com minha
amiga e taróloga Marisa, descobri que minha espiritualidade se encontra nos
meus discos. É onde me acalmo, acho repostas e procuro entender a vida. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Mas no final de semana passado, minha compreensão de espiritualidade
se expandiu diante de tantos acontecimentos que contrabalanceavam em meio peito
entre coisas boas e ruins. No sábado, eu tinha meu programa agendado: almoçar
com Érico; ir à tarde ao pocket show e lançamento do vinil da Silvia Machete no
ótimo e surpreendente Caverna do Rock; terminar a tarde na Balsa, minha parada
obrigatória em São Paulo; e, por fim, seguir para Pinheiros para assistir o
show da Black Mantra e Monkey Jhayam. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">No entanto, na manhã desse mesmo dia fui tomado por uma
notícia da partida de um parça querido, que não me saiu da cabeça nenhum
minuto sequer, dentro de sentimentos bons de descobertas e generosidade mixados
com perda, paternidade, sentimento de invasão e um sentimento de surto eminente.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Logo no início dessa tarde tomei o rumo do GPS que me
levaria andando de Higienópolis para o Centro, sem saber que passaria por uma
tarde eufórica dentro da Boca do Lixo. Tenso, mas firme, cheguei na Caverna do Rock e o
que era tensão se transformou em ternura, diante do que, possivelmente, virará um
dos meus locais favoritos de São Paulo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O evento era um Live PA de Silvia e o lançamento, em vinil,
de seu ótimo álbum mais recente <i>Rhonda</i>. A Caverna do Rock ocupa alguns
apartamentos deste prédio no Centro, que estavam divididos entre uma sala com
fliperamas, máquinas de Pimball e um DJ tocando vinis (claro); uma sala com discos
e muitos equipamentos analógicos à venda; e o que parecia ser a sala principal,
com uma bela mesa de frios, um rapaz fazendo coquetéis, sessão de autógrafos,
fotos e uma TV passando Inglaterra X França. Conversas maravilhosas, bebidas de
graça, pessoas generosas, reencontros e novas amizades. Não poderia ter uma tarde
melhor. Mas até que melhorou quando fui para a Balsa, que sempre tem uma good
vibe. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Mas, saindo de lá, estou em um taxi na Avenida São João, bem na
entrada da Boca do Lixo, e pá, dois jovens metem a mão dentro do carro, pegam
meu celular (que estava com 1% de bateria) e desaparecem em frações de segundos.
Chego em casa para bloquear tudo, inclusive contas, mas já era tarde. Desbloquearam
meu celular (já se sabe há tempos que iPhones não tem mais aquela segurança de
sempre) e conseguiram fazer um Pix da minha conta. Bom, todo mundo que já foi
roubado ou perdeu o celular sabe a dor de cabeça que é, sobretudo quando sua
vida é invadida. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Após aquele desesperinho não me restava muita coisa no dia
seguinte se não seguir para o Balaclava Fest, onde, cercado de amigos, pude
exorcizar a melancolia cantando Undertow, do Alvvays, a plenos pulmões. Voltei
pra casa com uma sensação melhor, como se o baque dos acontecimentos fosse,
mais uma vez, curado com a música.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Na segunda-feira, meu último em São Paulo, numa tarde
chuvosa caminhei pela Augusta atrás de presentes de Natal para a minha família
e, depois de ler uma breve sinopse, entrei no cinema para assistir ao filme <i>Aftersun</i>,
estreia da cineasta escocesa Charlotte Wells. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O que posso dizer, daqui em diante, é que esse ano vi muitos
e muitos filmes bons graças à curadoria de plataformas de streaming como Mubi e
Reserva Imovision. São dezenas de filmes independentes que se acumulam entre os
favoritos de 2022. Mas nenhum deles vai ficar profundamente marcado no meu
peito como <i>Aftersun</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXrnu4CHDEdZj0ADWUTTYmYRPkhkbQZEjCGSxOLngap9f58lYSgU4I_aMlXGdUxqMRbmgWwrlQWCAZQFlUJS-QTCBbv_ufMw-CLb2iLGeEmDeWJfk0i-wfc1bnhnTHfEBGyk6piSmqXXUzI53qGLZ7L6Mslt140xr2pyaTMrl6R0YeSSPvMXSObjTbFg/s500/aftersun.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="323" data-original-width="500" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXrnu4CHDEdZj0ADWUTTYmYRPkhkbQZEjCGSxOLngap9f58lYSgU4I_aMlXGdUxqMRbmgWwrlQWCAZQFlUJS-QTCBbv_ufMw-CLb2iLGeEmDeWJfk0i-wfc1bnhnTHfEBGyk6piSmqXXUzI53qGLZ7L6Mslt140xr2pyaTMrl6R0YeSSPvMXSObjTbFg/w400-h259/aftersun.jpg" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">O filme fala sobre paternidade, acima de tudo. É uma
história autobiográfica que vai muito além de uma egotrip e retrata uma relação
de pai e filha como nenhum outro filme moderno fez. Talvez a carga dramática do
filme pese mais em quem é pai, mas, de qualquer forma, todo mundo é filho. Então
nisso o filme vai bem além de uma história bem contada. Eu chorei no final, sem
acreditar que aquele recado era pra mim. Não pude ver a hora de encontrar meu
filho e dedicar toda a atenção do mundo a ele, que os primeiros dias sem
celular me proporcionaram e me mostraram que talvez eu precisasse daquilo para
dar mais atenção aos seus anseios.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Diante dos sentimentos que eu carregava até entrar naquela sala
de cinema, pude rever minha espiritualidade em relação à arte, no geral. A cura
e as respostas estão em sinais que o Universo dá. Eu sei, essa abstração dá no
saco, mas precisei escrever sobre isso para entender um momento em que pude
olhar o mundo de outra forma. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Me considero uma pessoa otimista na maioria das vezes. Recentemente
meu carro estava estacionado e foi batido por um cara que fugiu e não deixou rastros,
deixando eu e minha família três meses sem carro. Fui assaltado por dois
garotos e tive a conta bancária invadida por hacker do mal. Entre outras
coisas, alguns acontecimentos mais pessoais marcaram um registro de coisas que
preferia não ter passado. Mas não tenho como achar que Mercúrio retrógrado
fudeu meu ano, ou que passei por uma onda de acontecimentos ruins e que estava
numa “maré de azar”. Os acontecimentos bons se enfileiraram no meio, tive um
ano de excelentes resultados profissionais, muitas viagens e uma família linda em
casa. Tenho filmes, discos, shows e livros na minha frente. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Não posso ser mais
sortudo do que sou. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">E o que deu ruim, deu bom. <span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-66429753924782750492022-09-17T11:46:00.000-07:002022-09-17T11:46:27.567-07:00Atrás de Plastic Bertrand<p> </p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUnGt2WlmeBUuINJLtBryAA6igZ44q4bvdIZxQXCECTQ2J8cOl_vyVuYOWHMUO2VEvPb2_C217p7MAFqcnOdini1wcJ1sQgWovWdZfRJ7IMYug9hvkigxjqV0BtdsR6iHkKbGCiiny5EFFaaLbkLc7xW3xYiI9sOGRXwlIDlSTm9-Sf2l_BuQTIbZHtA/s4032/image_67198465%20(2).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3024" data-original-width="4032" height="321" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUnGt2WlmeBUuINJLtBryAA6igZ44q4bvdIZxQXCECTQ2J8cOl_vyVuYOWHMUO2VEvPb2_C217p7MAFqcnOdini1wcJ1sQgWovWdZfRJ7IMYug9hvkigxjqV0BtdsR6iHkKbGCiiny5EFFaaLbkLc7xW3xYiI9sOGRXwlIDlSTm9-Sf2l_BuQTIbZHtA/w428-h321/image_67198465%20(2).JPG" width="428" /></a></div><br /> <p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Foi no filme francês Rock ‘N
Roll, de Guillaume Canet, de 2017, que a música Ça Plane Pour Moi voltou a
tocar dentro da minha cabeça. Consegui ir a França em dezembro de 2021 a
trabalho e nas minhas garimpagens acabei esquecendo de procurar o Plastic Bertrand.
E então tive a chance de voltar a Europa no verão de 2022, quando decidi ir
atrás desse disco, que achei que seria super fácil de achar. E não foi.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A primeira loja de discos que fui na França foi na pequena
cidade de Saint Nazaire. O dono da loja achou que tinha, fez uma busca e nada.
Me disse que não seria difícil achar. Segui tranquilo. Já em Paris, me senti um
pouco inseguro de ser julgado pela minha busca por aquele músico que parecia uma
mistura do Pequeno Príncipe com o Pablo de “Qual é a música?”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Até que lá pela terceira loja - das mais de 10 que fui – tomei
coragem e falei pro rapaz: “Pardon, não me leve a mal e nem me julgue, mas eu
queria o disco do Plastic Betrand”. E ele disse que isso jamais seria motivo de
julgamento, pois ele era muito cultuado na França inteira. Ele estava
absolutamente certo. E lá tinha um álbum, mas sem Ça Plane Pour Moi. Não levei.
Entrei em mais três lojas e nada, e comecei a ficar preocupado. Até que em uma
delas, o dono me disse que seria bem difícil eu conseguir o disco com essa
música, que ele mesmo só tinha o single de Ça Plane Pour Moi, um grande hit de
1978 que nunca envelheceu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Entrei na Discogs, achei apenas coletâneas, mas vi quem
tinha o disco na França e mandei mensagens tentando fazer a compra pessoalmente.
Não deu também. Mas o motivo de ter quase desistido veio quando entrei na
Gilbert Joseph, que quando perguntei o atendente deu uma risada e disse que
seria impossível eu achar. Ah, filhadaputa... Me meti numa busca insana pra
calar aquela risada debochada. Achei um compacto de 7” numa sessão de usados a
3 euros. Esfreguei na cara dele, que disse “ah, tinha esse, né? Mas o álbum
dele mais conhecido é muito difícil de achar”. E era mesmo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ainda busquei por mais algumas lojas, mas nada feito.
Próxima parada: Berlim. No meu último dia, tive a companhia de Rodrigo da Mata,
que me levou a várias lojas. E então paramos na frente da pequena loja Franz
& Joseph. Ele disse “ó, aí eu não entro, o cara é um babaca. Vai lá que te
espero aqui”. Chequei primeiro a bandeja de fora, e de cara já tinha “Gosh it’s...”,
do Bad Manners, por 10 euros. Aí tem! Entrei, vi ele por ali olhando com certa
desconfiança um casal jovem. Já estava com Bad Manners, um single de Cristal,
do New Order e o Licensed to III, dos Beastie Boys, que daria de presente pro
Rodrigo. O dono olhou o que eu tinha nas mãos e deu o que poderia vir a ter
sido um sorriso. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">E aí quem surge na minha mão? Plastic Betrand, edição alemã da
época, o primeiro álbum AN1, exatamente o que estava buscando, por 10 euros!
PEGA, PORRA! Embora tenha me contido, talvez o pequeno salto de alegria que dei
poderia me entregar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Fui em direção a ele pra pagar. Ele olhou os discos, pegou o
de Plastic Bertrand e disse: “Very nice album. I forgot I had this one here”. Gelei,
mas acabei abrindo minha boca e falei que tinha andado a “França toda” atrás
desse disco e não imaginava encontrar ele ali, principalmente, custando 10
euros. Por que eu disse isso, caralho? Mas então foi quando ele pôde ler minha
alma e eu a dele, e num momento divindo entre um vendedor e um colecionador de discos,
a honestidade brilha mais forte. Ele poderia ter pegado o disco da minha mão e
não me vender. Era dele, eu não poderia fazer nada. Mas não fez isso, e saí de
lá achando a vida mais linda, o céu mais azul, o calor uma delícia e direto
para uma cerveja, pra comemorar. Na verdade, comemorar e ficar ainda mais
irresponsável comprando discos bêbado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No final, havia um motivo grande de eu não achar o disco na
França. Plastic Bertrand é Belga, de Bruxelas, e sua carreira foi toda por lá.
E embora seja vizinha da França e com o mesmo idioma, a Bélgica também é
vizinha da Alemanha. Então as chances eram iguais, mas o destino foi mais sagaz.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP0aP0-gsPXiV2yTYv6IXKaiXfto4FLAlq_0yWSDvIecvvKs-eCiogaY-ZS_JBc6gjdb7t3svMf9qnSQSnDGwHp5Z2M7lKy4d1eJjpUzfZQGwWcOygO3qOdcJlmeRZ9eTpUyoFcNpvmsSaS0R2UPOe4-fgDTexu0rpuyqA5sZglKQOnwWf7TPsF6k4zA/s4032/image_50740993.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3024" data-original-width="4032" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP0aP0-gsPXiV2yTYv6IXKaiXfto4FLAlq_0yWSDvIecvvKs-eCiogaY-ZS_JBc6gjdb7t3svMf9qnSQSnDGwHp5Z2M7lKy4d1eJjpUzfZQGwWcOygO3qOdcJlmeRZ9eTpUyoFcNpvmsSaS0R2UPOe4-fgDTexu0rpuyqA5sZglKQOnwWf7TPsF6k4zA/w400-h300/image_50740993.JPG" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana;"><br /></span><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-16749172689705588042022-09-12T14:11:00.003-07:002022-09-12T14:11:55.904-07:00LOJAS DE DISCO EM PARIS <p><span style="font-family: verdana;">Em dezembro de 2021 e agosto de 2022 estive em Paris a trabalho. Da última vez, em pleno verão de férias escolares, a cidade ficou para os turistas. Algumas lojas de disco até fecham suas portas durante esse período, mas, para a minha graça, a maior parte delas segue aberta. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">Como estava com 5 days offs, percorri muitas lojas e fiz uma tremenda garimpagem atrás de oportunidades e discos baratos. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">A pedido do Ricardo Spencer, que vai pra lá em breve, fiz mais do que uma lista de lojas, mas uma pequena resenha das que mais gostei na capital francesa: </span></p><p><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><div><br /></div><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Le Silence de la Rue</b><br /><i>Faidherbe 75011 Paris<o:p></o:p></i></span></p><div><br /></div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinwHUZ9HgyBG0KHZ5w2tZ3k4AAFsmDeXWjCBjLzCV8A7c1gEJCLni4qcL4bHScAhfE2ZunAunVXEUaYDDgf6v-EJFgIUCwwYEAd_-2u61KJ3-0LYxMP9trovl-payf9I5Y6QWcGa8u9OHU14yGBQDZ_tGeDReBa9GNursJMbvdux0Mf5UmKFNsqtcFHQ/s2048/IMG_5104.JPEG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="373" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinwHUZ9HgyBG0KHZ5w2tZ3k4AAFsmDeXWjCBjLzCV8A7c1gEJCLni4qcL4bHScAhfE2ZunAunVXEUaYDDgf6v-EJFgIUCwwYEAd_-2u61KJ3-0LYxMP9trovl-payf9I5Y6QWcGa8u9OHU14yGBQDZ_tGeDReBa9GNursJMbvdux0Mf5UmKFNsqtcFHQ/w498-h373/IMG_5104.JPEG" width="498" /></a> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-gZry4uLY-F5aJsE2p3UwXLbPoinaUAhobPLArGjrpMOPB9CpHMv95KuC8rrOPCbzOExwcGbqamgTZFGPjXiSt2lfeyjC3mw8mzV5VbyV2jB-Vmv18h0swlD0vk8FK-NZPkIUenSymJ58OuYVH8952WJsQfRDqrVSBZtsT3Bw6OAV6Z7FORMaxfIacQ/s2048/IMG_5103.JPEG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="382" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-gZry4uLY-F5aJsE2p3UwXLbPoinaUAhobPLArGjrpMOPB9CpHMv95KuC8rrOPCbzOExwcGbqamgTZFGPjXiSt2lfeyjC3mw8mzV5VbyV2jB-Vmv18h0swlD0vk8FK-NZPkIUenSymJ58OuYVH8952WJsQfRDqrVSBZtsT3Bw6OAV6Z7FORMaxfIacQ/w510-h382/IMG_5103.JPEG" width="510" /></a></div><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Curiosamente virou minha loja favorita de Paris. Muita coisa
indie anos 90 e atuais, ótimas coletâneas de Dub e Afrobeat. Os preços são os
melhores de todas as lojas que percorri na cidade. O dono é um sósia de Larry
David, com humor peculiar e típico de dono de loja de discos. Na primeira vez
que fui, em dezembro de 2021, pedi um desconto porque estava comprando muitos
discos, ele apenas me olhou e balançou a cabeça lenta e negativamente. Daí
disse que eu tinha ao menos que tentar, e ele sem olhar pra mim soltou um “nice
try”. Dessa vez comecei minha busca pela loja dele já garantindo bons discos a
preços ótimos. É só não tentar puxar conversa, se ater à sua garimpagem e o tratar
como motorista, perguntando apenas o necessário.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><br /><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Pop Culture<br /></b><i>23 Rue Keller, 75011 Paris</i><b><o:p></o:p></b></span></p><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtgQmCsJmvQ3FgvWt0WhyI_s60ZNdhZEG11CmauKurk6aXv8Qyt13yqxqKbrNOyLVqw1-DNb-g0ML4UT626sCxHIdbCA7KRfx2jQRZwKF6IKOYZK6LCE4g5XHAQ4L0fju8v0CkUlK8R-KXpfgrDuKgTto5lNs9wI2WNZW75c7cZ-xAmvRRizGnU7E1yw/s2048/IMG_5177.JPEG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtgQmCsJmvQ3FgvWt0WhyI_s60ZNdhZEG11CmauKurk6aXv8Qyt13yqxqKbrNOyLVqw1-DNb-g0ML4UT626sCxHIdbCA7KRfx2jQRZwKF6IKOYZK6LCE4g5XHAQ4L0fju8v0CkUlK8R-KXpfgrDuKgTto5lNs9wI2WNZW75c7cZ-xAmvRRizGnU7E1yw/w480-h640/IMG_5177.JPEG" width="480" /></a></div><br /><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-Y3zDP1a61JGurjkekLiF-8L6mte3zbbcZdcYq4ZpOYEhNhDL5uj38pge-ScEhOorfgv6-cH81Vo8-XNv8NTpLL8d4x4oADT2vpz6h9XWKEyoQ-_06fMfxJBHFSsDqPZPSvwml-Bn-kMyexof11PZGR88pd9POYc7aPGHn-vchhpB2BYTLZq2NJt_Uw/s4918/IMG_5128.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3196" data-original-width="4918" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-Y3zDP1a61JGurjkekLiF-8L6mte3zbbcZdcYq4ZpOYEhNhDL5uj38pge-ScEhOorfgv6-cH81Vo8-XNv8NTpLL8d4x4oADT2vpz6h9XWKEyoQ-_06fMfxJBHFSsDqPZPSvwml-Bn-kMyexof11PZGR88pd9POYc7aPGHn-vchhpB2BYTLZq2NJt_Uw/w488-h318/IMG_5128.jpeg" width="488" /></a></span><span style="font-family: verdana;"> </span></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /><br /></span></div><span style="font-family: verdana;">Não muito distante do ar blasé (afinal, essa palavra veio de
lá) e monossilábico do Larry David dali de cima, o dono também responde o
necessário, mesmo que você saia com um disco do Fugazi e outro do Jefferson
Airplane. Claro, tem a ver com o fato de ter que se comunicar em inglês, e
nesse ponto temos que ser completamente compreensíveis. Minha busca maior foi
por títulos indie, punk e clássicos, e nisso a loja me abraçou bem. Levei
também um compacto split do Redd Kross. Mas a Pop Culture é uma beleza, pois
além dos discos tem muito quadrinho e miniaturas nerds lindíssimas. Uma
perdição no sentido de gastar um dinheiro que só servirá para enfeitar sua sala
e impressionar um amigo invejoso.</span><p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Rede O’CD</b><br />
<i>12 Rue Saint-Antoine / 26 Rue des Écoles / 24 Rue Pierre Lescot<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>/ 46 Rue du Commerce<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj93uqOD-fpYCv3JJ395nOG4lyYWqESLOwXkVKXRLs4ndsmVOfZ4Xf94SNZNcQlStMDqvQ2U_In3nPuzlp8EAdL9qzuvjDEkgQtX7LEQ7c00i3ru3Tpmsc5xpa6erLse-rsl7FbtevztEXNGMLBvl3i8wV1zv79SlYWMCs56buDwRHg3N8_RV3QqjbqwA/s4032/image_50430209.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3024" data-original-width="4032" height="364" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj93uqOD-fpYCv3JJ395nOG4lyYWqESLOwXkVKXRLs4ndsmVOfZ4Xf94SNZNcQlStMDqvQ2U_In3nPuzlp8EAdL9qzuvjDEkgQtX7LEQ7c00i3ru3Tpmsc5xpa6erLse-rsl7FbtevztEXNGMLBvl3i8wV1zv79SlYWMCs56buDwRHg3N8_RV3QqjbqwA/w485-h364/image_50430209.JPG" width="485" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3vTnqQ30q4ZPGPt_QpRuxtjL7CXBkkny9GlkWT5lQu9RHIafHgDw89DAsXV0o0iQW-uLQ-lChvPSeGXVNdDDWIBNmAH7jhuIgaEnBf-ZTe6tINO6oW7asrVLG1Am-XRfI0bwn1OHG7X73U76IAe86Bnrgjz6uE0GJJJ8409EY4dqsk4wCseVYmSpOlA/s4032/image_50460161.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3024" data-original-width="4032" height="361" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3vTnqQ30q4ZPGPt_QpRuxtjL7CXBkkny9GlkWT5lQu9RHIafHgDw89DAsXV0o0iQW-uLQ-lChvPSeGXVNdDDWIBNmAH7jhuIgaEnBf-ZTe6tINO6oW7asrVLG1Am-XRfI0bwn1OHG7X73U76IAe86Bnrgjz6uE0GJJJ8409EY4dqsk4wCseVYmSpOlA/w481-h361/image_50460161.JPG" width="481" /></a></div><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Fique bem ligado na garimpagem destas quatro lojas. Algumas
tem menos discos que outras, mas é lá que você encontra preços super justos por
discos que foram apenas deflorados no plástico, mas estão impecáveis de novo. Deu
pra pegar o <i>Entertainment!</i>, da Gang of Four, por 18 euros, e um <i>The
Revolution will not be televised</i>, de Gil Scott-Heron, por 21 euros. Há
sempre uma bandeja fora da loja com preços bem especiais, inclusive de muitos
títulos franceses. Consegui muitos singles de pop francês dos anos 1960 e 1970
por 1 e 2 euros. Os vendedores são atentos, sabem informar e, olha só, até
conversam um pouco. Eu sei que um deles me deu bola por causa da minha camisa
do Iggy Pop. É isso, a gente joga com as armas que tem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Lucky Records<br />
</b><i>66 Rue de la Verrerie</i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Preços altos demais e muita coisa pop. Uma ótima cilada para
turistas desavisados, pois a localização é muito central e pega muitos visitantes.
A grande vantagem dessa loja são os discos franceses de promoção na bandeja do
lado de fora da loja. E outro detalhe importante: atendentes muito educados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Paralléles<br />
</b><i>47 Rue Saint-Honoré<b><o:p></o:p></b></i></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">E para continuar falando sobre educação e gentileza, a
Paralléles traz isso de cara. Além de discos de vinil, ainda tem CDs, livros e
quadrinhos, tudo usado. Comprei apenas um disco da The Band em estado impecável
por um valor que não acreditei, e tive que perguntar se era isso mesmo: 8
euros. Depois, conversando com outro atendente da loja, falamos sobre um disco
que foi minha grande saga por Paris inteira, o Plastic Betrand. Ele me disse
que seria bem difícil conseguir esse disco, pois era uma raridade, e mesmo ele
só tinha um single 7” de </span><i style="font-family: verdana;">Ça plane pour moi</i><span style="font-family: verdana;">. A conversa poderia ter sido
longa e agradável, mas estava muito calor em Paris e eu já estava rodando desde
cedo e doido pra tomar uma gelada.</span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Gilbert Joseph<br />
</b><i>34 Bd Saint-Michel<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Bem melhor que a melhor loja da Fnac, isso define. Na minha
primeira vez em Paris, em 2012, fiquei abismado com a loja. Um andar gigante
com muitos, mas muitos discos. Na época, minha coleção ainda era a maior parte
em CD, e nisso a loja me impressionou demais. Da mesma forma que, quando passei
a colecionar vinil novamente, a Gilbert Joseph também virou a chave e agora é
tomada por toneladas de discos, com sessão de usados, muita coisa francesa,
soul music, metal, indie e eletrônico. Para uma primeira visita, tire uma tarde
ou manhã inteira pra ela. Mas a garimpagem precisa ser bastante cuidadosa, pois
os discos não são baratos, mas lá a chance é grande de achar algum lançamento
que você está buscando arduamente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Walrus Disquaire Café<br /></b></span><i style="color: #202124; font-size: 14px;"><span style="font-family: verdana;">34 TER Rue de Dunkerque, 75010</span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ótimo lugar para encontrar discos de artistas independentes
franceses. A loja é pequena, tem um bar-café bem agradável, onde ficam a dona e
os dois funcionários. É aquilo, depende bastante do que você compra, que
instiga as pessoas a falarem mais com você. Nessa loja, o atendimento foi bem
mais atencioso. Comprei dois singles, um de uma banda francesa e outro de
Matthew E. White, que estavam com 50% de desconto - creio que os dois saíram por
8 euros. Comprei também um álbum de uma das minhas bandas favoritas, o Spain.
Essa banda toca bastante na França, e foi lá que vi um show deles em 2012, em
um club muito pequeno. Só em uma loja com acervo dedicado à música independente
seria possível achar esse disco, e foi na Walrus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Monsters Melodies<br /></b></span><span style="background-color: white; color: #202124; font-size: 14px;"><i><span style="font-family: verdana;">9 Rue des Déchargeurs, 75001 </span></i></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Deixei a melhor pro final. Foi na O’CD que o funcionário me indicou
e disse: “é uma loja cara, para colecionadores, mas talvez seja um dos maiores
acervos de discos em Paris”. Entrei já tentando travar o bolso, me prometendo ser
objetivo e ir atrás do que estava na minha lista do bloco de notas do celular.
Mas fiquei de cara quando entrei na pequena loja, onde não conseguia andar
direito com caixas e mais caixas de discos. Pilhas que ficavam em cima de
outros discos, mas curiosamente organizados com nomes dos artistas e ordem
alfabética. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw1hwxS6Hmxq-rPH4bhiND2gKY5pFTDKpZXQUGseMT-dAC4auEuDqCamw9dtFby936AAiV6z7ycrRb3YQcWB_PeNDLV-dK9AU57waHG3cRTSWuLtfynrjW_cxvY0sm3DMVXMWYh-FKqlafGCCe9M9m53xMG7wkud7GFoJ3QpgJlJM1ejQpoQ_toGwr4A/s10120/image_50384897.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3912" data-original-width="10120" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw1hwxS6Hmxq-rPH4bhiND2gKY5pFTDKpZXQUGseMT-dAC4auEuDqCamw9dtFby936AAiV6z7ycrRb3YQcWB_PeNDLV-dK9AU57waHG3cRTSWuLtfynrjW_cxvY0sm3DMVXMWYh-FKqlafGCCe9M9m53xMG7wkud7GFoJ3QpgJlJM1ejQpoQ_toGwr4A/w482-h187/image_50384897.JPG" width="482" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>Deve ter sido aquela situação de que o dono, um senhor de
poucas (mas necessárias) palavras, tentou um dia organizar, perdeu o controle e
agora virou um grande foda-se. Foi para a Discogs e quem quiser que se
equilibre entre as caixas e faça sua garimpagem. Achei o The </span><i style="font-family: verdana;">Sound of Speed</i><span style="font-family: verdana;">,
do Jesus and Mary Chain por 30 euros. Acima do que eu estava disposto a pagar,
mas esse disco não estava nada fácil de achar e só mesmo em uma loja como
aquela isso seria possível.</span><p></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeregR4TL7cyrVjfNxXDUC5oEYUcTcrenU84Yd1DRFaSoGOU_nG0fnHTJ70UIfikpe4z2vzfqHGXIKm8Xpv4aCPf5OYTMtwumQfmuJbFZ1VipmBEAG2mqYqB_aXrLRBs2F64WE1zr0VUz2lU4mkVtoc-AkRucghD912mkh0U3V4_vhaVIPFRfZ717bLw/s4032/image_67521025.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4032" data-original-width="3024" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeregR4TL7cyrVjfNxXDUC5oEYUcTcrenU84Yd1DRFaSoGOU_nG0fnHTJ70UIfikpe4z2vzfqHGXIKm8Xpv4aCPf5OYTMtwumQfmuJbFZ1VipmBEAG2mqYqB_aXrLRBs2F64WE1zr0VUz2lU4mkVtoc-AkRucghD912mkh0U3V4_vhaVIPFRfZ717bLw/w480-h640/image_67521025.JPG" width="480" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Eu enlouqueci com a quantidade de bootlegs que ele tinha. Mas
mantive o foco e perguntei pelo Plastic Bertrand, e ele tinha um na loja, mas não
era o que eu queria. Me fez ouvir umas músicas do disco no YouTube insistindo
que também era um disco legal. Ali vi que o velhinho é bom de vendas. Um alemão
com seu filho estavam na loja garimpando. Ele perguntou sobre um disco e o
velhinho falou “ah, esse está na minha casa, não tinha espaço aqui. Mas posso trazer
amanhã pra você”. Eles dois, eu e um outro inglês, que estava na loja, demos
uma risada juntos. Ainda tinha mais discos do que aquilo ali!?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaE54PR3QAggfA0RsJPuOKxDand8FxKFF6pTr0hTVwcVEwxXAWNUV0f5WQFTjLtCkGC_4U1-P9Agdah-hAaG-9oVYqStDofV1u37FTcOUoVmNaire-yqYecjL226OS4KvzYy4f1ykmBSp60dB6iavBOs54vgc7BQhhWnQ2F1_0_HdKA3eZonM20C3DlA/s4032/image_67197441.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4032" data-original-width="3024" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaE54PR3QAggfA0RsJPuOKxDand8FxKFF6pTr0hTVwcVEwxXAWNUV0f5WQFTjLtCkGC_4U1-P9Agdah-hAaG-9oVYqStDofV1u37FTcOUoVmNaire-yqYecjL226OS4KvzYy4f1ykmBSp60dB6iavBOs54vgc7BQhhWnQ2F1_0_HdKA3eZonM20C3DlA/w480-h640/image_67197441.JPG" width="480" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A dona da Walrus me disse que ele já queria se aposentar,
vender tudo o que tem na loja (e em casa), mas o que ele tem vale milhões de euros
e não consegue vender. Uma loja para se passar uma tarde, mas tem que sair com
algum disco de lá. O alemão e seu filho não levaram nada, e não ganharam nenhum
“have a good day” como eu ganhei.</span><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-5682148194152372672021-12-30T05:32:00.000-08:002021-12-30T05:32:10.160-08:00Darklands no Bataclan<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjTH0NIkSHAoLr7CyuJN-ymIn8QYkxBMAG7cT7SsSmQ4glKKUHkWh1ambdfswL2dA8qD0ITpXpHA674oA46Wvi-h0k85snIcyhB_GHKrSOlAOJeDreBCWPQEGcliPjs33XsiOrAEseEZ2culsoHAHLADgolERLQbrqaanWfk43oPhJuQunlHHO68ckvUg=s2016" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjTH0NIkSHAoLr7CyuJN-ymIn8QYkxBMAG7cT7SsSmQ4glKKUHkWh1ambdfswL2dA8qD0ITpXpHA674oA46Wvi-h0k85snIcyhB_GHKrSOlAOJeDreBCWPQEGcliPjs33XsiOrAEseEZ2culsoHAHLADgolERLQbrqaanWfk43oPhJuQunlHHO68ckvUg=s2016" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="1512" data-original-width="2016" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjTH0NIkSHAoLr7CyuJN-ymIn8QYkxBMAG7cT7SsSmQ4glKKUHkWh1ambdfswL2dA8qD0ITpXpHA674oA46Wvi-h0k85snIcyhB_GHKrSOlAOJeDreBCWPQEGcliPjs33XsiOrAEseEZ2culsoHAHLADgolERLQbrqaanWfk43oPhJuQunlHHO68ckvUg=w400-h300" width="400" /></span></a></div></div><span style="font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> </div></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">No domingo de 5 de dezembro de 2021, fui ver meu quarto show
da minha banda favorita, The Jesus and Mary Chain, no Bataclan, em Paris. Num
domingo chuvoso e frio, eu e minha amiga, Irema, descemos do metrô e nos localizamos
pelo mapa do celular até o acesso ao Bataclan. Quando nos demos conta,
estávamos diante de um pequeno túnel que levava ao acesso da rua lateral, onde
também ficava a saída de emergência da casa de shows. Foi inevitável vir à
memória, imediatamente, os vídeos que circularam depois do atentado que tirou a
vida de 90 pessoas no Bataclan, e que estavam ali pelo mesmo motivo que eu: ver
uma banda que gosta muito. Por aquela rua, na noite de 13 de novembro de 2015,
passavam pessoas sendo carregadas por amigos e deixando trilhas de sangue no
chão. Quanto mais nos aproximávamos da entrada, mais memórias dos vídeos me
cutucavam a mente, como pessoas que moravam nos prédios ao lado e filmaram, de
cima, a fuga desesperada pela saída de emergência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Na fila de entrada, com pessoas animadas para entrar, o
sentimento se misturou e entramos tentando driblar a energia alexandrina. Na
entrada, ao deixarmos nossos casacos na chapelaria, chequei os bolsos da minha
jaqueta para ver se teria alguma coisa ali que eu pudesse deixar pra trás, caso
precisasse correr sem o casaco. Foi um pensamento involuntário, movimento do
subconsciente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Faltava cerca de 10 minutos para a banda convidada, a ótima
Rev Magnetic, de Glasgow, Escócia - mesma cidade do Jesus and Mary Chain. O bar
fica numa parte mais alta, uma espécie de mezanino, onde pedimos duas cervejas
e ficamos ali, em um longo silêncio até o começo do primeiro show. Eu nunca
havia ido ao Bataclan, mas aquela área em que eu estava era familiar por contas
das fotos e vídeos que vi sobre o massacre. Ali era a entrada, e a parte mais
alta, onde se tinha uma visão maior sobre toda a casa e plateia, e foi onde um
dos terroristas iniciou o fuzilamento. Minha amiga é psicóloga e trabalhou com
vítimas daquela noite sangrenta. Para ela, claro, o motivo do silêncio era
ainda mais profundo. Com a Heineken a 6 euros (custosos 40 reais), tratei de
virar a primeira e correr logo pra segunda para afastar aquele sentimento e
tentar mergulhar de cabeça no que estaria a vir, que seria o show de uma das
bandas que mais amo tocando o meu álbum favorito deles, ironicamente chamado
Darklands.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"></span></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjJ_u5j7abHaXFCADvJnUK83CdleiZIApmYA1oyu92WjBFv_tPOsEbE_Zg_RJGGPtX5xSAznN9x9KCsjK9N4BXBPUQZXf7cLsJrTXyRBu8JwLlt8yqHt39S6s0atsWP29qiyP7MIEpC59_329fMh5uLlZTOTXVWbiVar2ymMQ-7RZIzpSqGsbI7gr_SaA=s1242" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1211" data-original-width="1242" height="390" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjJ_u5j7abHaXFCADvJnUK83CdleiZIApmYA1oyu92WjBFv_tPOsEbE_Zg_RJGGPtX5xSAznN9x9KCsjK9N4BXBPUQZXf7cLsJrTXyRBu8JwLlt8yqHt39S6s0atsWP29qiyP7MIEpC59_329fMh5uLlZTOTXVWbiVar2ymMQ-7RZIzpSqGsbI7gr_SaA=w400-h390" width="400" /></a></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Nos localizamos em frente à housemix, meu lugar de praxe
para ver bandas que amo. Na hora do show eu já tinha virado umas 5 cervejas e
meu espírito estava mais do que solto para me entregar ao momento. Foi o álbum
inteiro, da primeira até a última música, começando com Darklands e a ironia da
ocasião “<i>oh something won't let me go to the place where the darklands are</i>”,
tirando a verdadeira poesia que sempre me embalava nessa música. Mas cantei
junto, de olhos fechados e espantando a treva. Então vieram todas as outras:
<i>Happy When it rains, April Sky, Down on me, On the Wall</i> etc. Depois, deixaram
palco e voltaram para mais uma série de hits, encerrando com <i>Just Like Honey,</i> deixando o coração de um indie de meia-idade em pedaços. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: arial;">Claro que o sentimento pesado que havia entrado com a gente
no começo da noite, foi embora e o tempo virou. Só me lembrei de novo quando vi
as portas de emergências laterais abertas para ajudar na saída do público. Talvez
já fosse um procedimento anterior, mas pesou novamente. Por mais que aquele
fosse um momento especial, e uma ida ao Bataclan traga sentimentos
de felicidade, é impossível não sentir a energia pesada do ataque em massa
causado pelo Estado Islâmico. Mas ali, naquela noite, era Jesus no palco.</span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1512" data-original-width="2016" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjLEOJBUsFjeILeEJj42O4JgCIc-Face0fez2mbeFHw5Xk944BO8xuU7m0SspOfzQQm9TtkaeBczer7DmEaR6sVLVoCq17N2GvvX_FukKcl17zRzSrQxV40yyWPlRx1CpBJj0zA8oT269nuwYSCrlFd84cXxTBGFIMUoTNx4tkpseRgXLEaanUvmN0cmQ=w400-h303" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Momento doidão pós-show nas clássicas cabines de fazer cartão de transporte </td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjLEOJBUsFjeILeEJj42O4JgCIc-Face0fez2mbeFHw5Xk944BO8xuU7m0SspOfzQQm9TtkaeBczer7DmEaR6sVLVoCq17N2GvvX_FukKcl17zRzSrQxV40yyWPlRx1CpBJj0zA8oT269nuwYSCrlFd84cXxTBGFIMUoTNx4tkpseRgXLEaanUvmN0cmQ=s2016" imageanchor="1"><span style="font-size: medium;"></span></a></div><span style="font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-12831553520674673702021-07-06T08:25:00.004-07:002021-07-06T08:25:54.556-07:00Big Jeff Show<div><br /></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">2018, Brighton. A banda irlandesa Fontaines DC tocava em um dos diversos pubs e casas de shows que abrigam apresentações do que vai acontecer de mais importante de cena mundial de música indie, no The Great Escape Festival. Espremido na porta, tentando ver alguma coisa daquele show num espaço não privilegiado, noto a presença de um homem loiro, muito alto, ligeiramente largo, que ocupa boa parte da visão na frente do palco. Em algum momento, entre as músicas, alguém da banda (que não o recluso vocalista Grian Chatten) fala no microfone algo como uma piada interna, ou um cumprimento, naquele momento que se entende que já havia uma cumplicidade entre aquele fã e a banda. </span><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Além de sua altura, cabelos e o rosto que expressava generosamente alguma inocência que, a mim, o associava ao Slot dos Goonies. O braço que empunhava socos no ar, embalando o agito punk, estava tomado por pulseiras de muitos festivais. Eram tantos que seria impossível não notar a presença de adereços como uma marca forte no seu visual. Depois notei que as pulseiras eram uma espécie de objeto de ostentação indie que ia além de ser simplesmente um rato de festivais. </span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Geralmente, nos shows, estava acompanhado dos outros produtores brasileiros convidados para o evento que me acompanhavam na delegação brasileira, mas nos outros dias, em muitos dos shows que escolhia assistir só, lá estava ele. Sempre com sua mochila, o guia do festival em uma das mãos e uma garrafa de água de 2 litros na outra, que parecia uma garrafinha em sua enorme mão. Foi quando percebi que se ele estava vendo aquele show, provavelmente eu estava no lugar certo também. Ele começou a virar meu termômetro, e uma referência fácil de achar. The Great Escape Festival tem mais de 300 apresentações acontecendo simultaneamente, em vários lugares da pequena e charmosa Brighton, o que torna quase impossível conseguir ver ao menos 30% dos shows em todos os dias. </span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Fui convidado novamente em 2019 para integrar a delegação brasileira convidada pelo British Council. E no primeiro show foda que assisto, quem estava por lá? Falei com minha amiga “fica ligada nesse cara, a gente ver ele em muitos shows”. E era sempre assim, sozinho, feliz, pirando na primeira fila das bandas indies seminais que povoavam aquela programação. </span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">E então, por esses dias, acompanhando a programação do Festival In-Edit em casa, assisti ao documentário Don’t Go Gentle: A Film About Idles e em determinado momento ele surge na tela dando entrevista: Jeffrey Johns, artista de Bristol, mesma cidade do Idles. Foi como se eu estivesse revendo um grande parceiro, um amigo de longa data que sequer sabia o nome. Mas agora ele tinha um nome. E, pesquisando, cheguei a uma matéria do The Guardian que revela todo o seu talento e seu apelido Big Jeff, um artista plástico com um trabalho belíssimo e super sensível. Sua última exposição pode ser visitada pelo seu <a href="https://bigjeffjohnsart.com/ " target="_blank">site</a>.</span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4LgBaVNtZgnZ_7eADy3vXjwh3C9EQ4CS6AKR3aY1Zwsc8zmD03Ln1Hn8sPd3wq_KDs3_0zEkadOKSelQFVpV2tK4Y1YfQunRJU5Kgx8A9U5eQJE3KWurdBkte-xCBKXeyZ8NR9tKF7ja4/s1196/BigJeff_areyouok_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1196" data-original-width="976" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4LgBaVNtZgnZ_7eADy3vXjwh3C9EQ4CS6AKR3aY1Zwsc8zmD03Ln1Hn8sPd3wq_KDs3_0zEkadOKSelQFVpV2tK4Y1YfQunRJU5Kgx8A9U5eQJE3KWurdBkte-xCBKXeyZ8NR9tKF7ja4/w326-h400/BigJeff_areyouok_.jpg" width="326" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Terminei de ler a matéria com o coração cheio, vendo que aquele cara era, acima de tudo, um grande fã de shows e um amante de música, que passou a pandemia criando, produzindo arte e esperando ansiosamente pela volta dos shows ao vivo. </span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Eu também espero ansiosamente, Big Jeff, e que a gente se veja ainda em algum show.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-13474341919731973322020-05-28T07:57:00.001-07:002021-07-06T06:44:08.828-07:00Amores em quarentena<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5_cq0vQP8KoX2O1P_kDo_v2zll5wJ-hp5sPcNk4CQXvaYtcTRxjMbhDQXH51Wrn1vFkG-bgMldL2HPT6G-WS6Ec6xaYg-5cDvsbU3xyvklQYnwVr2L5nbTuyRI6Vww11kwdk-tSUuQE5-/s1600/AEQ01+%25281%2529.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5_cq0vQP8KoX2O1P_kDo_v2zll5wJ-hp5sPcNk4CQXvaYtcTRxjMbhDQXH51Wrn1vFkG-bgMldL2HPT6G-WS6Ec6xaYg-5cDvsbU3xyvklQYnwVr2L5nbTuyRI6Vww11kwdk-tSUuQE5-/s320/AEQ01+%25281%2529.jpeg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span face=""verdana" , sans-serif"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span face=""verdana" , sans-serif"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;">PREFÁCIO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;">Por Marcelo Damaso<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;">Computadores avançam<br />
Artistas pegam carona<br />
Cientistas criam o novo<br />
Artistas levam a fama<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;">(Chico Science)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;">Sempre que estamos em casa vendo um filme, ouvindo música,
lendo um livro ou fazendo qualquer coisa que disponha de tempo e prazer,
pensamos “putz, eu poderia fazer só isso na minha vida!”. Mas quando a gente se
vê, em uma situação como essa, obrigado a ver um filme atrás do outro, ouvir
discos que a gente nunca tinha parado pra ouvir e se aventurar a ler livros com
mais de 1.000 páginas a gente, só pra contrariar, pensa “o que é que eu vou
fazer com essa tal liberdade dentro de casa?”. Cientistas buscam a cura,
médicos e enfermeiros cuidam dos doentes e artistas criam. O confinamento tem
seu lado bom, mas o descanso cansa. E chega a hora em que a inspiração bate e a
gente não vê outra saída que não seja criar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;">E iniciativa desse projeto começo com uma história que me
veio à cabeça de duas pessoas vizinhas que se conhecem batendo panela e passam
a se relacionar melhor graças à reclusão. Fui escrever. Antes, mandei uma
mensagem para o amigo Edyr Augusto, perguntando como ele estava no meio disso
tudo. Falei então da ideia de escrever um conto e ele prontamente disse que
também escreveria. Surgia então a ideia de convidar alguns escritores para
criar um enredo de histórias de amor (umas menos que outras) que se passem
durante o período da quarentena imposto pelo enigmático e odioso Corona Vírus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;">Foi aí então que falei com o Toni Moraes, dono da editora
Monomito, e detentor das principais ferramentas para se publicar um livro de
contos nesse momento. A ideia ganhou corpo e logo conseguimos reunir 10
escritores, a maioria confinado em seus lares em Belém. Abraçaram o projeto xs
escritorxs: Ana Ruscher, André Takeda, Caco Ishak, Edyr Augusto, Estrela
Leminski, Marcelo Damaso, Patrícia Rameiro, Rochele Bagatini, Toni Moraes e
Vladimir Cunha. A arte ganhamos do nosso querido Rodrigo Cantalício. O site foi
feito pelo Max Delson. A organização e iniciativa foi minha, Marcelo Damaso, e
a edição ficou a cargo do Toni Moraes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuMfScCgqd52esbgc9DYU50okJNlxSSlWjX6Zd5h1yXkC5azJ-Jhc2uO96Z7zAu0T8BtgB68YKpGXvWYzlMGGETrsOkIgniyEHfovWE2MXKW3NxYEJDeLiyeWy_wiPRn3sP-Z0ZM9loNXX/s1600/AEQ01+%25283%2529.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="985" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuMfScCgqd52esbgc9DYU50okJNlxSSlWjX6Zd5h1yXkC5azJ-Jhc2uO96Z7zAu0T8BtgB68YKpGXvWYzlMGGETrsOkIgniyEHfovWE2MXKW3NxYEJDeLiyeWy_wiPRn3sP-Z0ZM9loNXX/s320/AEQ01+%25283%2529.jpeg" width="246" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;">O fato é que nesse livro temos gaúchos, goiano, piauiense, paulista
e paranaense. E com a proposta de lançar o livro virtualmente em PDF e para Kindle,
todos os autores carinhosamente aceitaram o convite para levar um pouco de
ficção para as pessoas em casa, uns em termos mais esperançosos, outros em
enredos obscuros, mas todos mirando a paisagem apocalíptica dos dias de
quarentena.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;">“Amores em quarentena” é um grande abraço virtual (como o
momento permite) de 10 escritores e um artista visual que criaram histórias de
amor, solidão, compaixão, tolerância, perda, farra e medo, mas, sobretudo, esperança.
Tem duas luzes fortes brilhando: a que a gente não deve ir ao encontro e a que
aparece lá longe, no fim do túnel. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuJRTaewogcE8J0VR-9Y0NSlQalZl8_xgruXYnMH07qJiI2a7H7b1GoCbLdM6GWSqnEEXCxJrVLAFnN9dk1De3PFSlT35W8hTB62UYMVuWqXbPMCfR71DrO8nqtQvUJ6nR8D5ViDQfNQ0l/s1600/capa+amor+em+quarentena+oficial.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1132" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuJRTaewogcE8J0VR-9Y0NSlQalZl8_xgruXYnMH07qJiI2a7H7b1GoCbLdM6GWSqnEEXCxJrVLAFnN9dk1De3PFSlT35W8hTB62UYMVuWqXbPMCfR71DrO8nqtQvUJ6nR8D5ViDQfNQ0l/s320/capa+amor+em+quarentena+oficial.jpg" width="226" /></span></a></div>
<h3 style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /><span face=""verdana" , sans-serif"><a href="http://amoresemquarentena.com.br/" target="_blank">Baixe gratuitamente em PDF </a></span></span></h3>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i><span face=""verdana" , sans-serif" style="font-family: verdana; font-size: medium;">*<span>Essa coletânea de
contos é dedicada à memória de Rubem Fonseca.<o:p></o:p></span></span></i></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-75840344358255705842019-04-09T13:39:00.001-07:002019-04-09T13:40:40.945-07:00I turn on the light the TV and the radio<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Sou dos que ainda assiste TV, escuta música no formato
analógico, ainda pego (mesmo que raramente) um taxi pensando em equilibrar a
disputa. Ainda presto atenção na letra da música, em filme que não está apenas
na Netflix, jogo vídeo game no modo história e tento sorrir para as pessoas na
rua sempre que dá. Procuro nas comédias bons roteiristas e pontos que se
identifiquem com a minha desgraça pessoal, o que, certamente, faz a graça ter
graça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">No entanto, não vou estufar o peito dizendo que pertenço a
uma geração, que “no meu tempo isso aí, rapá...” e que pare o mundo que eu quero
descer. Da mesma forma que vejo Globo News, acesso a Mídia Ninja. Se escuto um
vinil em casa, saio para andar com meus fones felizes em uma playlist do
Spotify. Troquei meu carro por um cachorro e andamos de Uber. Não deixo de
pagar a Netflix desde 2012, mas nunca deixei de ir ao cinema e baixar filmes. Adoro
jogar vídeo game on line e acho bastante graça de memes. E se tem uma coisa que
ondei é notícia pelo Whatsapp, sem autor e que, infelizmente, é a que mais se
propagada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Sou um filho do cruzamento da cultura analógica para a
digital – o que explica a quantidade de CDs em casa. E se essa cultura que me
formou está completamente diferente da atualidade, não sou eu que vou praguejar
contra os jóvi. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Trabalhar com música e cultura não é apenas para quem fecha
os olhinhos sentindo cada timbre valvulado da guitarra alinhado com uma letra
que despedaça o coração, nem estar ligado apenas nas novas tendências, as que
balançam a raba, ou apenas sentir o groove e ficar de cara com a performance. É
ter o mínimo de sensibilidade artística, consumir, mas se deixar convencer
pelos mais novos, pelo hit da cantora de 20 anos, pelas canções geniais do
esquisitão e por aqueles mais velhos que nos ensinaram o que a gente finge que
não sabe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: large;">Estar atendo à nova geração é não espalhar opiniões
ultrapassadas, desperdiçar piadas ruins e entender que está tudo fora de lugar,
mas tudo se conectando. O mundo ficou chato pra quem sempre foi chato. Mas
também não ficou justo para a quantidade de fiscais que existem. Se a revolução
é digital, ela também precisa botar a bunda para fora da janela. Caê sempre
disse pra estar atento e forte.<o:p></o:p></span></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-43779158197777209072017-03-29T12:52:00.000-07:002017-03-29T12:53:21.210-07:00Com calma<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: medium;">João Gilberto Noll morreu hoje. Lembrei da sensação que tive quando li a última linha de <i>Hotel Atlântico</i>, um dos meus
livros favoritos. Desde então, tive nele uma de minhas maiores inspirações.<br /><br /><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: medium;">Nos encontramos duas vezes. Em 2004, eu estava em meu
primeiro emprego no Diário do Pará, como repórter de cultura, quando soube da
vinda de Noll para Belém para uma palestra no Instituto de Artes do Pará. Pedi
ao meu editor que pudesse entrevistá-lo. Com um certo nervosismo, me encaminhei
ao Iap para uma entrevista que foi acompanhada pela assessora de imprensa e o
escritor Vicente Cecim, por quem Noll demonstrou um carinho enorme. <br />
<br />
Antes da entrevista, na palestra, Noll falava e lia suas coisas de uma maneira extremamente
calma e preguiçosa, o que me remeteu imediatamente ao romance <i>Canoas e Marolas</i>, da coleção
Plenos Pecados da Companhia das Letras, que falava sobre preguiça. Sua fala inspirava muita calma. Depois da
entrevista, Noll comentou que ficou surpreso de alguém tão novo (eu tinha 25
anos) conhecer tão bem sua obra. Acho que aquela foi a entrevista mais segura
que fiz em minha curta carreira de jornalista cultural. <br /><br /><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: medium;">Trocamos e-mails e, antes disso, havia comentado com ele a
minha vontade de escrever, e perguntei se poderia enviar um conto para sua
avaliação. Ele não só permitiu como, ao responder o email, me deixou tão empolgado que impulsionou ainda mais minha vontade de escrever ficção. <br /><br /><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: medium;">A segunda vez que o vi foi em uma Feira do Livro em
Belém. Dessa vez, havia apenas comprado o romance que ele lançava na ocasião e levado para ele autografar.
Sua fisionomia demonstrava um cansaço diferente. Me cumprimentou com a mesma
educação, mas com um olhar distante de tristeza. Sua caligrafia na dedicatória era
confusa, tremida e intensa. Depois, em alguma entrevista, li que ele passava
por um momento de depressão muito sério. Me apertou o coração.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: medium;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Sempre declarei que <i>Hotel Atlântico</i> foi o <a href="http://www.cartasuruguaias.com.br/2015_03_01_archive.html" target="_blank">grande motivo da existência de Iracundo</a>, meu romance publicado em 2014 através do Prêmio Iap
de Artes Literárias, do Governo do Estado do Pará. Hoje, quando minha amiga Rochele (que o conheceu bem de perto em um curso de literatura em Porto Alegre) me contou da morte dele, lembrei imediatamente do final de <i>Hotel Atlântico</i> em que, com um som de espanto, fechei o livro. A literatura de Noll me acompanhou por muito tempo e foi meu despertar para criar algo próprio. Sua generosidade comigo foi tão grande que sei que me acompanhará sempre que tiver algo a dizer e colocar pra fora alguma coisa urgentemente.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUH8Fh_gU8IBh6mGaHG2FkBISVwfkFJgBi8KXygSsyOLCFTLB_sViignYpXiRWk2t26QeNkrmHcekefFmPKrVFplBgjUe1dEiEBY5-EHAWa8FA2Dm-1G1xKoyYE3tJt8qJ8DZUyFuOpQ7i/s1600/noll.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUH8Fh_gU8IBh6mGaHG2FkBISVwfkFJgBi8KXygSsyOLCFTLB_sViignYpXiRWk2t26QeNkrmHcekefFmPKrVFplBgjUe1dEiEBY5-EHAWa8FA2Dm-1G1xKoyYE3tJt8qJ8DZUyFuOpQ7i/s640/noll.jpeg" width="428" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-9481901637327935422017-02-23T07:22:00.000-08:002017-02-23T07:22:32.118-08:00Luiza e Milton<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Quando criança a gente ouve a palavra amor e não sabe bem o que é, exceto por aquele sentimento de apego, dependência e total confiança que se tem pela sua mãe, pai e irmãos. Mais tarde, na dureza que é ser adolescente, se aprende da pior forma. E depois, pisoteado por ele, sabemos como lidar e levá-lo da melhor maneira, com cuidados, pisando em ovos.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Tia Luiza e Tio Milton foram o exemplo que tive desde criancinha do quanto o amor é essa coisa grande e bonita que todo mundo fala. Ele, paulista, mudou de vida e veio até Belém nos anos 1970 viver o que, definitivamente, foi o grande amor de sua vida. Ela, o recebeu de braços abertos. Foi anúncio em revista, que lindo - acreditem no Tinder.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">A última vez que vi Tia Luiza ela mostrou um pote, bonito, com as cinzas dele. Disse que estavam ali esperando as dela, para se juntarem e serem jogadas na Baia do Guajará, perto de onde eles deram o primeiro beijo.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Ela, pianista. Ele, poeta e escritor de livros infantis. Deixaram um grande legado para a humanidade: música, poesia e a história de amor mais bonita que pude conhecer.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Hoje deve ser um dia feliz no céu.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-19145507707756077782016-09-07T13:14:00.001-07:002021-12-30T05:33:18.161-08:00NAS ASAS DA BORBOLETA<br /><div style="text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif"><span style="color: #454545; text-decoration: -webkit-letterpress;">Eu
devia ter 18 ou 19 anos na época. Nos anos 1990 tudo o que tínhamos em
Belém eram lojas de conveniência em postos de gasolina, pequenas festas
em casas de amigos - quando os pais viajavam, uma leve queda por poesia e
uma singela coleção de CDs de ídolos extemporâneos. A música, no
entanto, era o combustível que se lambuzava entre latinhas de cervejas e
ervas inocentes.</span></span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif">Eu,
Randy, Gustavo, Vinicius Cohen, Sérgio Bernadelli, Paulo Roffé e mais
uma corja de melhores amigos em processo de formação - e alguns que não
chegaram a tanto mas ainda se mantém no fiel cantinho da memória -
corríamos atrás de pequenos movimentos culturais, heroicas sessões de
cinema que driblavam o circuito comercial e shows. Procurávamos shows de
bandas, cover ou não. </span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif">E
graças a esse "ou não", uma ocasião bem marcante se alojou no meu subconsciente numa tarde de domingo, na praça Batista Campos. Já
corríamos regularmente atrás de shows d'A Euterpia e vimos o quão
verdadeiro foi o surgimento daquela banda, que tinha Marcio Pato,
Antônio Novaes (o outrora "Neto Da Euterpia"), Felipão, Dênis, Bruno
Nogueira e Japa em sua primeira formação. O quanto aquela coisa inocente, nascida do tédio em uma
cidade sem uma cena musical tão prolífica quanto a de hoje, poderia ser
tão marcante e ter determinado - sem mesmo que eu soubesse - o que escolheria
para a minha vida.</span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif">Naquela
tarde, o comentário era sobre uma garota de 16 anos, recém chegada de
São Paulo, que integraria a banda e dividiria os vocais com Felipão
naquele show improvisado no coreto da praça. Magrinha, linda, tímida,
descalça e com asinhas de borboleta pendurada nas costas, Marisa Brito
metamorfoseou para um caminho que talvez nem ela soubesse também. E virou
paixão, aquela coisa da obsessão e meta de vida. Quando a pessoa nasce para a coisa a
gente sabe. Até os mais céticos se rendem, mesmo que em silêncio. </span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoSRV6Ji8FQ-CILuQNlSloP4Yxd4RQaWpmfiNsYlf_nHhcIL-fhXT3uiW8CKybUDoAyjQS0XratgTgOOVAE9y4LB4Aeg25qXr4J8f3_tr5RYjC6C_O-HgW7puocQyWxcjjaPXjDuXtLQ68/s1600/Marisa.jpg"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoSRV6Ji8FQ-CILuQNlSloP4Yxd4RQaWpmfiNsYlf_nHhcIL-fhXT3uiW8CKybUDoAyjQS0XratgTgOOVAE9y4LB4Aeg25qXr4J8f3_tr5RYjC6C_O-HgW7puocQyWxcjjaPXjDuXtLQ68/s400/Marisa.jpg" width="480" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Marisa Brito tocando no Old School Rock Bar, no projeto Sing Songwriter</i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif">Na
noite de 6 de setembro de 2016, na mais lotada edição do projeto <i>Sing
Songwriter</i>, no Old School Rock Bar, a emoção da primeira apresentação intimista
que vi de Marisa ao vivo me deixou aceso e arrepiado depois de um dia
exaustivo de trabalho - e ainda por cima sem poder beber. Pra mim, na música o que me envolve é a emoção e ver o quanto aquilo é verdadeiro. Isso me ganha de tal
forma que dispenso hypes com uma intolerância que até precisa ser controlada, confesso. </span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif">Desculpe
meu francês, mas Marisa canta para caralho. Era pra ser uma resenha
bonita, respeitosa e, diria, até poética. Mas foda-se, desci o nível. É o
timbre incrível atingindo nota por nota, penetrando no coração. É a
interpretação visceral que evidencia uma entrega. É a
escolha de repertório, o sorriso, a simpatia. O ar condicionado mesclando frio e emoção arrepiou ainda mais minha barba com a belíssima <i>Por trás do
desenho</i> - composição em parceria com Ana Clara - e <i>Coração na boca,</i> em parceria com Marcel Barretto e Pietro, com o verso certeiro: "me beije com o coração na boca, nunca com os pés no
chão". </span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; text-align: justify;">
<span face="Verdana,sans-serif">E na mesma noite em que lançamos a programação da 11ª edição do Festival Se
Rasgum vi que minha escolha de vida, meus melhores amigos e
tudo que acontece de bom na minha vida veio da música. As asas da
borboleta me lembraram disso. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com121tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-23366525862055689362016-02-12T13:13:00.000-08:002016-02-12T13:30:43.583-08:00Spain - She haunts my dreams (da série: resenhas que eu nunca fiz) <!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">Charlie Haden morreu há cerca de dois anos. Os maiores
conhecedores de jazz reconhecem sua enorme contribuição e importância para o
estilo. Baixista, Charlie tocou com os maiores nomes do jazz e escreveu sua
história não apenas na música americana, como mundial.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">Mas esse texto não é sobre ele, e sim sobre seu filho Josh
Haden, líder de uma das minhas cinco bandas favoritas de todos os tempos, a
californiana Spain. O "californiana", no caso, é apenas para
localizá-lo geograficamente, pois Spain não tem absolutamente nada do que se
espera uma “banda da Califórnia”, especialmente de Los Angeles. Não à toa,
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=F7_kpLa3fyI" target="_blank">Johnny Cash, em seu disco de despedida, gravou a belíssima <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Spiritual</i></a> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Jesus, oh Jesus, I
don't wanna die alone. Jesus, if You hear my last breath. Don't leave me here
left to die a lonely death</i>).</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">Há três anos pude assistir a um show deles em Paris, em um
porão de um pub fedorento onde cabia cerca de 50 pessoas (<a href="http://www.cartasuruguaias.com.br/2012/05/seis-dias-em-paris.html" target="_blank">escrevi aqui sobre essa experiência</a>). Talvez Josh jamais soubesse que ali na plateia estava um de
seus maiores fãs. </span></span></div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ7YWu-2jilh_cpUjleEyle7UiY5XL9xLCnS99gBjQpCbcaTp2TJubXoBYvricMUY_iNIqVtGWN5SIMuIPz7vL0Q-UW7SczqAi-YshsCm61ZtiE2FaAuR0lmTAxy8Bf96PagXhRSihw-WZ/s1600/spain-she-haunts-my-dreams.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ7YWu-2jilh_cpUjleEyle7UiY5XL9xLCnS99gBjQpCbcaTp2TJubXoBYvricMUY_iNIqVtGWN5SIMuIPz7vL0Q-UW7SczqAi-YshsCm61ZtiE2FaAuR0lmTAxy8Bf96PagXhRSihw-WZ/s320/spain-she-haunts-my-dreams.jpg" width="320" /></a></span></div>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">Não há disco que me emocione mais do que o álbum <i style="mso-bidi-font-style: normal;">She haunts my dreams</i>, de 1999, ano em
que o álbum me foi apresentado por um amigo. Por muitos anos depois carreguei
uma copia em CD-R - uma generosidade para os últimos dias da fita cassete – até
que consegui comprar esse e outros discos da banda, inclusive uma belíssima
cópia de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">She haunts my dreams</i> em
vinil transparente.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;"> </span></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">Herdando do pai o talento musical e o gosto pelo
contrabaixo, Josh optou por tocar algo que o velho Charlie jamais tocou, o
low-folk - ou slowcore como ele se apresenta - e se tornar um compositor como
poucos que existem em todo esse universo. O álbum em questão, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">She haunts my dreams</i>, é uma obra-prima
não só pelo imediato convite à mais plena introspecção em se deixar invadir a
alma de olhos fechados, mas por um tema doloroso que permeia todo o trabalho:
as canções de amor mais verdadeiras que meus ouvidos já puderam ouvir.</span><br />
</div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">
</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: small;">Respeitando sua introspecção, jamais entrevistaria Josh
Haden para perguntar o que inspirou versos como: "<i style="mso-bidi-font-style: normal;">I wanna hold you but everytime I try something keeps love away</i>"
e "<i style="mso-bidi-font-style: normal;">There must be a way to feel like
I used to feel before it all went wrong</i>". Ou o silêncio de se amar em
segredo: "<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nobody has to know, girl
our love has grown so strong, close the shades unplug the phone. How can our
love be so wrong?</i>". E terminando o disco com "<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Soon we'll be far apart but girl you've gone
and touched my heart. And tomorrow I'm gonna love you just like I do today</i>".
Não, nunca vou perguntar como ele termina um disco assim depois de começar com
"<i style="mso-bidi-font-style: normal;">No love to find, tonight I'm
leaving you</i>". Não apenas por respeito, mas por saber que só quem expõe
algo tão real e bonito só pode ter usado sua mais absoluta sinceridade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTCdhp2i1Ou79HBRoqLWGQzsjARsp_2FgEE85S0bb3DVfXz8S3DK_p1OvgrA2zGi-J2czwqXmFI6KYZXu9xskm8NKNFzv_6b9VoTeBklwlyWVOlMNlMup4IswCnfR12reYTvvJjzAYke-9/s1600/SPAIN_2014_by-Miriam-Brummel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTCdhp2i1Ou79HBRoqLWGQzsjARsp_2FgEE85S0bb3DVfXz8S3DK_p1OvgrA2zGi-J2czwqXmFI6KYZXu9xskm8NKNFzv_6b9VoTeBklwlyWVOlMNlMup4IswCnfR12reYTvvJjzAYke-9/s400/SPAIN_2014_by-Miriam-Brummel.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Spain - foto: Miriam-Brummel</i></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Receita:</b></span></i></div>
<i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">
</span></i><br />
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Spain é altamente indicado
para fãs de Tindersticks, Mazzy Star, Red House Painters, Low, Bedhead, Sparklehorse,
Codeine e Barzin. </span></i></div>
<i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">
</span></i><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-67575625452617224742016-01-16T16:20:00.000-08:002016-01-16T16:20:42.110-08:00O troco do tubarão solitário (ou Quando Cobain voltou)<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span id="l1" style="display: block; height: auto;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i> </i></span></span><span id="l1" style="display: block; height: auto;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i>We passed upon the stair</i></span></span><span id="l2" style="display: block; height: auto;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i>We spoke of was and when</i></span></span><span id="l3" style="display: block; height: auto;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i>Although I wasn't there</i></span></span><span id="l4" style="display: block; height: 48px;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i>He said I was his friend</i></span></span><span id="l5" style="display: block; height: auto;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i>Which came as some surprise</i></span></span><span id="l6" style="display: block; height: auto;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i>I spoke into his eyes</i></span></span><span id="l7" style="display: block; height: auto;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i>I thought you died alone</i></span></span><span id="l8" style="display: block; height: auto;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><i>A long long time ago</i></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span id="l1" style="display: block; height: auto;"><br /></span></span>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px; text-decoration: -webkit-letterpress;">Kurt Cobain voltou. Assim, do nada. Somos amigos de longas datas, nos encontramos e fui com ele para um churrasco na casa de um amigo, em Los Angeles. Lá, tomamos banho de piscina junto com outros convidados, quando ele resolveu fazer o grande anuncio: um show de retorno com o Nirvana! Ninguém comemorou muito. No som, tocava alguma música baiana dos anos 90 (pois é) e as pessoas dançavam fazendo coreografias. E em meu </span><i style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">off</i><span style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px; text-decoration: -webkit-letterpress;"> perplexo: gente, peraí, o Nirvana vai voltar! Nessa hora, Kurt chega comigo meio decepcionado. Digo: "cara, acho que te entendo. Você tinha razão em relação ao mundo da música. Tudo tão fugaz, efêmero... As pessoas comemoram a volta do Guns 'N Roses, mas não estão nem aí pra volta do Nirvana!? Que porra é essa, mano!?". E Kurt diz: "Ah, amigão, é assim. Agora tu entendes, né?".</span></span></div>
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<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Nessa hora, o sorriso dele desmancha pela primeira vez desde seu reaparecimento, e antes de dar um novo mergulho na piscina, me fala "depois desse show do Nirvana, vou montar um projeto novo chamado <i>The Lone Shark's Payback</i>". Eu olho para o meu amigo com um misto de orgulho e compaixão e digo pra mim: "bem, pelo menos ele está com a cabeça no lugar, tranquilo, sem deslumbre. Kurt é foda! E essa volta dele deve ser a coisa mais amadurecida e verdadeira que a música terá nos últimos 20 anos em que ele esteve morto.".</span></div>
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<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">À noite, saímos pra dar um rolê e encontrar Dave Grohl e Kim Deal, os únicos amigos que ele realmente queria ver, assim como eu. Dave trazia uma maconha genial e fumávamos em uma esquina. Sim, ele já era o Dave Foo Fighters. Até que aparece alguém avisando que a polícia estava ali e que era pra dispersar. Cada um corre para um lado, não tanto para escapar do baculejo, mas para não presentear os tablóides sensacionalistas de L.A..</span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Eu e Cobain corremos juntos, subindo uma tremenda ladeira esbaforidos. Vimos que uma pessoa vinha atrás da gente. Entramos em um prédio. Atrás da gente vinha alguém, não sabíamos ainda quem. Então, vejo um cara moreno, sem camisa e com uma bazuca no ombro. Nos escondemos dentro de um apartamento, nessa mesma hora tivemos um bug de riso ao nos darmos conta da situação. Pulamos para uma varanda, ainda escondidos. Até que vejo que o moreno com a bazuca era um garoto com um brinquedo. Rimos de novo, e mais alto dessa vez. Adoramos as pessoas.</span></div>
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<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Quando voltamos ao apartamento, a família que morava lá reconheceu Kurt Cobain e pediu pra tirar fotos e para ele autografar os discos do Nirvana. Ele olhou pra mim e sorriu de verdade, ainda com a cara vermelha pós-gargalhada. Perguntaram o que a gente estava fazendo ali. Tivemos um novo bug de risos lembrando do absurdo que era essa situação do Kurt Cobain voltar, de ter que correr da polícia, confundir uma criança brincando com um maluco com uma bazuca e ter que se esconder no apartamento de uma família.</span></div>
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<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">###</span><br />
</div>
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<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">No dia que David Bowie morreu, antes de dormir, pensei "isso bem que poderia ser um sonho". Daqueles de você acordar e falar pra alguém: "que sonho doido que eu tive! Sonhei que o David Bowie morria, assim do nada, e deixava um disco de despedida! Só que no mesmo dia eu estava trabalhando na produção de um show que tinha Dona Onete, Fafá de Belém e um sertanejo que era um tremendo fenômeno de massa. Que sonho louco!".</span></span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Foi na manhã seguinte à morte de Bowie. </span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7386365379961994007" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Quando Cobain morreu, senti a mesma coisa, de estar perdendo um amigo próximo. <span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Não sei quem comanda os sonhos, mas esse me deixou feliz ao acordar, sentindo que em algum lugar estaria rolando uma jam session especial, <i>face to face with the man who sold the world</i>.</span></span></div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqVnNdk2_IVhBtlZl8SR5dmrwndJwYBeBPQxd3u-5vTQIFhdSAskMcaSnoBug89bfl56rzwVAhfwCTTvPZcyJUTcNUKrP-nJdWaex27gsWMABjnkZfrOyRyBTha0Ofrbzy4AZd2ayyYvn0/s1600/IMG_1529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqVnNdk2_IVhBtlZl8SR5dmrwndJwYBeBPQxd3u-5vTQIFhdSAskMcaSnoBug89bfl56rzwVAhfwCTTvPZcyJUTcNUKrP-nJdWaex27gsWMABjnkZfrOyRyBTha0Ofrbzy4AZd2ayyYvn0/s320/IMG_1529.JPG" width="320" /></a></div>
<br /></div>
</div>
<div style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px;">
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-24452172862881694572015-08-27T22:50:00.001-07:002015-08-27T22:50:30.076-07:00Reduto Cult fala de IracundoUma das melhora resenhas sobre o meu livro, do jornalista Felipe Cortez, e publicado no ótimo Reduto Cult:<br />
<br />
http://redutocult.com.br/2015/08/13/iracundo-relato-em-primeira-pessoa-de-um-sujeito-mordido-com-a-vida/Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-29397665260268479122015-06-09T12:39:00.002-07:002015-06-09T12:39:30.052-07:00Eu, Cowboy<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig_-Qv4wdYwtN1wmum36rQ1ul6SJmqfUziNMLjRXNBt1mbR-Y0iC1nXZTmmBh5T-jJzZ8tv7DwLdhY5DqBuwFRSABdJRfwBBumOK_EdamfM-Buyk-mCifW1-wGJh1Lf8eB_6UaSkRnaJYd/s1600/Eu+Cowboy+-+Caco+Ishak.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="397" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig_-Qv4wdYwtN1wmum36rQ1ul6SJmqfUziNMLjRXNBt1mbR-Y0iC1nXZTmmBh5T-jJzZ8tv7DwLdhY5DqBuwFRSABdJRfwBBumOK_EdamfM-Buyk-mCifW1-wGJh1Lf8eB_6UaSkRnaJYd/s400/Eu+Cowboy+-+Caco+Ishak.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje é o lançamento do primeiro romance do Caco Ishak, “Eu, Cowboy”. Eu já li mais da metade – a outra terminarei no
papel. É bom. Muito bom. Fiquei pensando porque diabos esse puto queria que eu
escrevesse um release, se as aspas que ele usou para divulgar o evento são de
calibres grossos da “nova” literatura brasileira como Marcelino Freire, Sergio
Rodrigues e Mario Bortoloto. De qualquer forma, tentei escrever, mas esbarramos
em questões legais que, depois, cabei perdendo o timming e marquei esse furo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apesar ser o primeiro romance, o caboquito goiano - radicado
em Belém desde os 5 anos - já lançou dois títulos de poesias pela editora
carioca 7letras: “Má Reputação” (2005) e “Não Precisa Dizer Eu Também” (2013).
Esse último título já disse a ele que vou invejar para sempre. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas vamos falar de “Eu, Cowboy” (Editora Oito e Meio), que será
lançado hoje e deve dar o que falar, já que Caco, como um bom escritor, é
também um ótimo mentiroso. E essa é o melhor elogio e alerta que se deve dar. Ficar
entre a mentira e a verdade é a parte divertida. Enquanto eu tive um cuidado
fudido para criar todo o enredo ficcional e fazer com que ninguém se veja no
meu romance (Iracundo), o Caco relaxou e contou o que a memória dele inventou. E
vamos ficar com essa história de que a memória inventa porque é isso que deixa
a literatura interessante, belê?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="text-transform: uppercase;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="text-transform: uppercase;">A </span>medida em
que vou lendo “Eu, Cowboy” percebo que, realmente, eu e ele fazemos parte de
uma mesma geração, localizada em Belém, com as angústias dos quase 30 ou dos 30
e poucos, num período parecido, se reportando aos mesmos lugares – que de ficcionais
não tem nada – e relacionando vidas e trejeitos comuns de um ser urbano da
Amazônia e que de Amazônia não tem porra nenhuma. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Lembro que quando comecei a escrever “Iracundo”, isolado lá
em Montevidéu, o Caco também estava trabalhando no “Eu, Cowboy” dele. Me deu a
primeira página. Dei minhas primeiras pra ele. O mais legal disso é que não
houve qualquer relação e influência entre as duas coisas e acabamos lançando nossos
livros quase ao mesmo tempo – o meu saiu em dezembro do ano passado.<span style="text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Bem, é isso. Tava devendo um release. E como me foi pedido por
ele, fica aqui esse não-release que espero que não comprometa o cara. O lançamento
é hoje, às 19h, no Gotazkaen, a galera mais passo firme de Belém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-66912310438617422232015-04-13T20:32:00.000-07:002015-04-13T20:32:40.575-07:00Houve uma vez Galeano<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">"A noite/1</span><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">Não consigo dormir. Tenho uma mulher atravessada entre minhas pálpebras. Se pudesse, diria a ela que fosse embora; mas tenho uma mulher atravessada em minha garganta."</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">Valeu, Galeano.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">Não nos conhecemos pessoalmente, embora eu tenha ido ao Café Brasileiro, em Montevidéu com essa intenção.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;">De todo modo, te conheci na minha ficção:</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><i><br /></i></span>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";"><i>Era comum nos lugares mais acolhedores da
cidade ter uma garçonete bela e simpática para dar uma vida a mais ao ambiente.
No Café Brasileiro, uma jovem de olhos verdes expressivos, pele morena e cabelo
bem cuidado recebia a todos com um sorrisão que faria os mais ricos quererem
comprar o estabelecimento com tudo o que tinha dentro. Ou os mais inspirados e
pobres mandarem poemas apaixonados. No final, com ou sem dinheiro, todos
gostariam de ter um pouco mais do que um café e uma media luna mediante ao olhar apaixonante de sua servente.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></i></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Com
ela fui mais incisivo e não titubiei no espanhol que pediu com classe um café
irlandês e uma água com gás. Pelo sorriso que ela deu, aquele não era um pedido
muito comum, mas a bebida entrou com a coragem que eu precisava ter na Esquila de Los Chivitos. Foi então que vi um homem que entrou no recinto, colocou
o sobretudo na cabideira e sentou só em uma mesa isolada no canto do café. Ele
aparentava estar perto dos 60, mas a careca brilhosa, altura, magreza e o olhar
majestoso conferiam a ele uma segurança e experiência que eu, um dia, gostaria
de dispor. Ele chamou a garçonete, que o atendeu com um sorriso mais aberto do
que para os outros clientes, e fez seu pedido. Mesmo com a cara sisuda, disse
alguma coisa que a fez gargalhar levemente, olhando para os lados e levando a
mão até a boca em um gesto embaraçado, já que o local limitava este tipo de
intimidade com clientes. Ele, então, tirou do bolso do paletó uma caneta e um
bloco de anotações, em que eu poderia jurar que havia idéias boas. Poderia
estar traçando o orçamento do mês, mas preferi crer que se tratava de um
escritor, poeta ou um galanteador de prestígio, desses que tornam a existência
de um escriba um mero exercício para se adquirir hábitos naturais, que não se
aprendem no dia-a-dia. Revezando entres os goles no café irlandês e na água com
gás, me pus a estudar o homem. Ele me percebeu o olhando, mas não se incomodou
e voltou a vista para o papel, que eu daria a vida para saber o que estava
sendo escrito. Ele alternava o papel com as curvas da garçonete que circulava
atendendo os clientes com a mesma simpatia. Quando passava por ele, no entanto,
o sorriso era outro.</i></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "MS Mincho";"><i>A
hora do almoço se aproximava e eu já não dispunha de muito tempo para a
aparição do sinal. Foi quando ele chamou a moça, deixou o dinheiro da conta em
cima da mesa, apontou para o papel onde trabalhava sua concentração e,
elegantemente, vestiu o sobretudo e saiu do café. Ela contou o dinheiro,
guardou a gorjeta e então foi ao papel. O vermelho em seu rosto foi o sinal que
eu estava esperando. Poderia ser um desenho, um poema, um conto, uma cantada.
Eu precisava saber do que se tratava. Ela foi até o balcão e, sem tirar o rubor
do rosto, mostrou o papel ao outro funcionário que, por ser do gênero masculino
e sem a graça dela, ocupava o posto de caixa. Ele riu e balançou a cabeça
positivamente. Seja lá que merda o homem tivesse riscado no papel, a coisa
parecia ter funcionado. Ouvi quando ela disse que aquela era a quinta vez que
ele fazia a mesma coisa. Definitivamente era uma conquista, e o objetivo
parecia estar próximo. Pedi a conta e, sem meandros, soltei uma de desentendido
para saber que porra tinha acontecido ali.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">- Permison, puedes me dar una informacion?
Creo que conoço este hombre, no sei se es un escritor.</i></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></i></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">- Si, elle es un escritor uruguayo. Vien
siempre acá.</i></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></i></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">- Como elle se llama?</i></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></i></div>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><i>- Eduardo Galeano.</i></span><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"> </span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieuB61CLh1DrLZZR_U3P8bApvFJnvyFyaFcaopcDApk2x6iw87JaVz0oCC08cApEeJNV6RaY63io20SfNskE-REhJL4Gx0G-gp6im0N_t8P_v1e3cmnyuI1HZxWKv4F1Gh4mmiusRoNEo1/s1600/galeanozerohora.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieuB61CLh1DrLZZR_U3P8bApvFJnvyFyaFcaopcDApk2x6iw87JaVz0oCC08cApEeJNV6RaY63io20SfNskE-REhJL4Gx0G-gp6im0N_t8P_v1e3cmnyuI1HZxWKv4F1Gh4mmiusRoNEo1/s1600/galeanozerohora.jpg" height="181" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto do jornal Zero Hora</i></td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px;"><br /></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-24257204622893859242015-03-24T07:38:00.000-07:002015-03-24T07:38:07.429-07:00Iracundo em Porto Alegre<br />
<br />
No final do mês passado estive em Porto Alegre lançando meu livro. Na real, fui a convite do Fernando Rosa e de seu Festival Noites Senhor F. Aproveitei a estadia e a cidade que aprecio um bocado pra esticar mais uns dia se fazer o lançamento por lá.<br />
<br />
Pessoal muito simpático da <a href="https://palavraria.wordpress.com/" target="_blank">Palavraria</a> que me recebeu através de uma grande ajuda do meu amigo, o produtor e músico Iuri Freiberger, e do - também músico - e poeta Pedro Gonzaga. Carla, Carlos e Heron, donos da Palavraria, me receberam com uma simpatia peculiar, dessas que se vê muito pouco por aí.<br />
<br />
Porto Alegre é uma das cidades que eu realmente queria lançar o <b>Iracundo</b>, afinal, é onde termina o livro - não, isso não é spoiler. As outras cidades em que gostaria de lançar são Montevidéu e São Paulo, duas capitais por onde o intrépido Mário - personagem narrador de Iracundo - passa. O livro costura um Brasil de Norte a Sul, e pelas quase 200 páginas do romance, cidades pequenas de beira de estrada como Paragominas, Gurupi, Açailândia e outras mais desenvolvidas como Uberlândia, Uberaba, até o interior charmoso do Uruguai Tacuarembó. E não é spoiler, só um GPS do livro.<br />
<br />
Uma das maiores influências de Iracundo é o romance <i>Hotel Atlântico</i>, do gaúcho João Gilberto Noll. Deixei uma cópia do romance com dedicatória pra ele na Palavraria, vai que... Uma vez João Gilberto Noll veio a Belém. Na ocasião eu era repórter do caderno de cultura do Diário do Pará, na época o divertido Caderno D. Fui entrevistá-lo para a capa do caderno. Pra mim um dos melhores momentos da minha vida como repórter. Depois, trocando emails com Noll, importunei o pobre homem mandando contos pensando que qualquer toque de um cara como ele iria moldar minha escrita, me apontar direções e fazer com que eu desenvolvesse um estilo próprio. Ele elogiou um conto me mandou honestamente seguir em frente. Foi importante aquilo, deu no que deu.<br />
<br />
De todo modo, Iracundo está à venda em Porto Alegra, na Palavraria (Vasco da Gama, 165 - Bom Fim - tel.: 51-3268-4260).<br />
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimm2F4IEwuluOjDMwzl93ShUkJdaan7EVzfDVqlxDIfc3i0kqh3Zp1u5sSqW1v1k1_APven-N88Ira9sSEm8EEcHxfH3N0o_XUYCilY7y2oH8KIJ1y1p_R8ydeDFk77We-ziYjCzOnZbDt/s1600/IMG_5250.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimm2F4IEwuluOjDMwzl93ShUkJdaan7EVzfDVqlxDIfc3i0kqh3Zp1u5sSqW1v1k1_APven-N88Ira9sSEm8EEcHxfH3N0o_XUYCilY7y2oH8KIJ1y1p_R8ydeDFk77We-ziYjCzOnZbDt/s1600/IMG_5250.JPG" height="300" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><br />Presenças ilustres (esq. para di.) de Rochele Bagatini, Iuri Freiberger, Fernando Rosa, Pedro Gonzaga e Carla.</i></td></tr>
</tbody></table>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-72755373745325095382015-01-29T07:05:00.004-08:002015-01-29T07:05:41.785-08:00Primeira página
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<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Esse é o primeiro parágrafo de Iracundo. Sempre me liguei em começos. Para mim era o que determinava se iria ler até o final. E lembro que esse começo eu pensei anos e anos pra decidir como seria. Depois que escrevi deixei guardado pra ler sempre e me perguntar se era um bom começo. No final das contas, nada representa mais o livro do que a primeira frase:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">1</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><i>Maldito dia lindo. Aquele três de março de 2004
era um dia comum em Belém. Um clichê ensolarado e grudento. Um dia em que o sol
irradiante, o clima verânico e sensação de felicidade empurravam as pessoas
para fora de suas camas após o cantar de despertadores coreanos e galos
inconvenientes. Mau humor matutino e a sensação de não estar contribuindo para
a evolução de nada. No carro, olhava o ventilador que insistia em mandar
mormaço na intenção de me refrescar. Aquele sentimento não era algo que ecoava
por todos os lados, mas sei que não era apenas eu que sentia aquilo. Eram
apenas obrigações e deveres cívicos sem desejo. Aquele dia de sol, com pessoas
na rua, suando na testa e sem a alegria de um dia de verão, tinha o mesmo clima
de todos os outros 364 períodos de 24 horas nessa cidade. Era apenas mais um
dia bonito que enterrava cada vez mais meu desejo de viver como um cidadão
digno que carrega ambições, sonhos e está sempre atrás de alguma coisa segura,
palpável, estável. Ia e voltava do trabalho na mesma pegada e o final do dia
era sempre igual, só mudava a música que tocava na rádio.</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-4849650361021013582015-01-13T07:28:00.001-08:002015-01-13T07:28:39.625-08:00Discos dados e livros compradosTenho uma relação diferente com discos e livros e só agora que pude perceber claramente. Participei da gravação de dois discos, um da banda em que toco baixo - e outrora produzia - chamada The Baudelaires, e a outra como guitarrista da banda da Ana Clara.<br />
<br />
Os dois discos, depois de lançados, distribuía sem pudor. Vendíamos (na maioria das vezes) para quem não conhecíamos e dávamos para amigos, produtores, jornalistas. Um disco você escuta no carro, por curiosidade, coloca em casa durante uma festa, ouve com compromisso de se envolver também, mas em outro tempo. Um disco não te tira tanto tempo da rotina e, mesmo tendo recebido de alguém, você ouve e não toma mais que 30 ou 40 minutos do seu dia - a vida nos permitiu que, cada vez menos, tenhamos amigos de rock progressivo que gravam discos duplos.<br />
<br />
Gostaria de dar meu "Iracundo" para toda e qualquer pessoa que demonstrou o mínimo interesse em ler, mas tenho observado que, para algumas pessoas que dei, elas não apenas ainda não leram como parece que ainda vão demorar ou sequer ainda vão ler. 90% das pessoas que leram e já comentaram comigo foram as que compraram. Não estou tentando provar nenhuma teoria, apenas constando algo que, de repente, se trata tão somente de uma coincidência.<br />
<br />
Funciona assim comigo. Vou a uma livraria e, se saio dali com um livro na sacola, ele fatalmente fura a fila e passa pra frente dos outros que abandonei pela metade ou por não estar gostando ou de algum autor que tenha me dado. Por outro lado, ganhar livros de amigos que veem e acham a tua cara é o máximo. Mas estou falando mais de receber da mão do autor. A verdade é que a vida ficou rápida demais para os livros. Eu faço promessas falsas, me engano, invento desculpas, provoco uma briga, digo que não estou, mas no final já dormi com a porra do iPad no peito e passei duas horas jogando meu precioso tempo fora.<br />
<br />
Inventei outra desculpa furada pra justificar minha compulsão por discos, filmes e livros. Digo que estou me preparando para o grande apagão, o fim da internet. E, oh meu bom deus, como aguardo por esse bendito dia!<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-33747644169363993332015-01-07T12:10:00.000-08:002015-01-07T12:10:19.927-08:00O dia do lançamento<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Faz um tempo que tenho imaginado esse dia. Não exatamente o dia em que dei o ponto final de "Iracundo", mas quando fui a algum lançamento, quando troquei ideia com um dos autores de livros que mudaram minha vida ou quando li entrevistas que revelavam o autor por trás do romance. Dessas maneiras me peguei pensando no dia do lançamento. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É hoje, e escrevo antes da "grande noite". Ansiedade correndo solta pelas veias. Já realizei outros trabalhos que me orgulho um bocado, mas nada tão intenso e exclusivamente meu como o lançamento do meu primeiro romance, algo que nunca achei que pudesse fazer desde que li "O apanhador nos campos de centeio", aos 17 anos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Lembrei agora do meu computador ligado no avião que me trazia de Montevidéu pra Belém, em 2008, no período que me propus a escrever Iracundo. Não acreditava que conseguiria terminar aqui com todas as coisas que acontecem no nosso dia a dia e nos fazem derrapar do foco. Terminei ali, no avião, entre um copo de plástico de coca com uma mísera pedra de gelo e um pão com qualquer coisa.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Saíram duas matérias nos jornais daqui, Diário de Pará e O Liberal. Trabalhei muitos anos no Diário, o que me deu a oportunidade de entrevistar um cara que talvez tenha sido o mais importante para o nascimento de "Iracundo". João Gilberto Noll e seu "Hotel Atlântico", é exatamente um "road book", que começa no Rio de Janeiro e termina em Porto Alegre. Intenso, poético e brasileiríssimo, o romance de Noll foi um daqueles que você lê em uma noite, tanto por ser curto quanto imensamente bom. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Achei libertador contar uma história pelas estradas do Brasil, algo que conheci intensamente desde um ano de idade, no banco de trás do carro dos meus pais. Aquelas longas horas de pasto, vacas, carros, caminhões e a música escolhida por eles acendeu em mim a vontade de contar uma história.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Releio com prazer meu "Iracundo" nos últimos dias. Volto páginas, analiso, penso em quem vai ler ou já leu. E tenho realmente gostado muito do que ficou. Não sei se tenho fôlego para um próximo romance tão cedo, mas certamente tentarei. E hoje? Hoje é o dia de encarar o que antes era só imaginação. Se é bom eu não sei, mas também não me sinto gonzaguinhando com a bunda exposta na janela pra passarem a mão nela. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-J60J-yl-Lb0ixSZTwEsViyWG8mvrdIWyJ-ETUrbCXMa3EEaasAjntmLacRnDwCji4jrcKuabh90W-aKzHThjjUO1AfxXhjaOJ6m4mQUHF_Wsilj27I3Py70N3UJmMBIVbSTFDgZ3w5Y-/s1600/file418.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-J60J-yl-Lb0ixSZTwEsViyWG8mvrdIWyJ-ETUrbCXMa3EEaasAjntmLacRnDwCji4jrcKuabh90W-aKzHThjjUO1AfxXhjaOJ6m4mQUHF_Wsilj27I3Py70N3UJmMBIVbSTFDgZ3w5Y-/s1600/file418.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-47782069608114193582014-12-29T06:41:00.001-08:002014-12-29T07:03:13.008-08:00Iracundo não é nome de índio<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E então finalmente saiu meu Iracundo. O motivo da existência
do blog Cartas Uruguaias foi a necessidade de manter amigos e parentes
atualizados quando me isolei em Montevidéu, lá em 2008, para escrever o que
veio a ser este primeiro romance, que rendeu o título esquisito que suscita
diversas interpretações. Por eu ser da Amazônia neguinho pensa que é sobre um jornalista
que encontra um índio malucão no meio do caminho. Mas não sou doido de querer
explicar o título e tirar a curiosidade do público em ler o romance. Como diria
o Tim Maia: leia o livro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Iracundo é a história de um cara que poderia ter sido eu,
você, essa pessoa aí do seu lado e aquele que foi ao banheiro. Não tive a
audácia de querer traçar o perfil de uma geração, mas localizei aquele cara de
30 e poucos anos que chegou ao final dos anos 90 sem muitas conquistas
pessoais, mas a estabilidade de uma vida levemente confortável. O vazio de uma
vida na cidade grande cheia de pequenos vícios, conversas furadas e gente chata
dão no saco e ele resolve capar o gato. Se manda pela Belém-Brasília e tchau.
Quer dizer, nem tchau. Mário é um jornalista que trabalha como assessor de
imprensa em um órgão público. Tudo o que faz é trabalhar, sair pra tomar uns
tragos com o único amigo, tentar dar uma transadinha e ouvir música e ver
filmes. As músicas e filmes, no entanto, não são o recheio do livro, estão lá
apenas para constar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ao pegar estrada, Mário, um cara chato e amargurado - mas
com senso de humor - acaba revendo amigos e encontrando várias figuras pelo
caminho, que fazem com que ele reveja algumas de suas escolhas e reflexões. Nas
quatro rodas de seu Fiat Uno velho ele começa a rodar o Pará, Maranhão, Tocantins,
Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e pelo Uruguai.
Bem, estou apenas vendendo o peixe, mas se posso falar muito mais do que isso
ninguém compra. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A partir de agora farei mais postagens mais constantes sobre
o andamento do livro, resenhas, comentários e a sensação de estar com a bunda
exposta na janela.</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVad_PvHbS8ivBtaLj5XW1b8PYiDLCXErjVV8o1PNKIq4GBaq0iMTbyv_DxVUn7Wn-uPV159KdyjOUreaYdIis1vEmrW4xC53nGhXqRmeMNMJIurB9D2tgspzUo4TuaIGv6Vp6SjqnX-RM/s1600/iracundo-lancamento.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVad_PvHbS8ivBtaLj5XW1b8PYiDLCXErjVV8o1PNKIq4GBaq0iMTbyv_DxVUn7Wn-uPV159KdyjOUreaYdIis1vEmrW4xC53nGhXqRmeMNMJIurB9D2tgspzUo4TuaIGv6Vp6SjqnX-RM/s1600/iracundo-lancamento.png" height="400" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-47492300445810636842014-12-29T05:53:00.000-08:002014-12-29T05:53:59.404-08:00Finalmente saiu Iracundo<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Iracundo <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Primeiro romance do
jornalista e produtor Marcelo Damaso é lançado através do Prêmio Iap de Artes
Literárias e está à venda na Fox Dr. Moraes, com lançamento marcado para o dia
7 de janeiro, na Fox e no boteco Meu Garoto<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj279ZoEs822CmS6y6w3FfXoR0cw42mmUbvHo04SKbRwKsVr24RgywDLoJ3_F-ywRL-Y4GXDwn-B_uxJHOs2xG5W41lpVzSKOkQnWgjUXuY5nLpUQ4FuRThFe0-qq4ftrYB360YYhBrl4XJ/s1600/iracundo-venda.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj279ZoEs822CmS6y6w3FfXoR0cw42mmUbvHo04SKbRwKsVr24RgywDLoJ3_F-ywRL-Y4GXDwn-B_uxJHOs2xG5W41lpVzSKOkQnWgjUXuY5nLpUQ4FuRThFe0-qq4ftrYB360YYhBrl4XJ/s1600/iracundo-venda.png" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Por Edyr Augusto Proença</b>:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Romance de formação,
“Iracundo” retrata fielmente o vazio e o salto no escuro de jovens que saem da
faculdade e entre a internet (onde encontram respostas às suas indagações e a
realidade de empregos mal pagos), monotonia e falta de melhores horizontes,
resolvem cair fora. A aventura, o easy rider, tudo é novidade, excitação, ser
dono do próprio nariz, até a grana minguar. O que virá depois?<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tenho uma camisa onde
está escrito “Inquieto”. Cabe muito bem em Marcelo Damaso, jornalista, produtor
cultural, integrante de banda de rock. Nunca está satisfeito. É preciso provar
de um tudo. Pedra rolante que não cria limo. Vai à frente como aquele
flautista. Atrás, vamos todos nós, os inquietos. Tão fácil ter aquele emprego
garantido, balada no finde, brejas à rodo, ficantes. Mário (personagem central
de Iracundo) quer mais, muito mais. E vamos com ele, em “Iracundo”, convivendo,
torcendo, argumentando em seu “on the road”, querendo sempre mais. A aventura
de viver de verdade, pra valer, sentir o vento no rosto, descabelando, yeah!
Nós os inquietos. Já queremos mais.</span><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></i></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-78505208403589066632014-10-14T14:54:00.003-07:002014-10-14T14:54:54.802-07:00Lojas de discos nos Estados Unidos<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgspR5frUaipyhBGTxnr9WAFEU-98pXcd3xD4pM6Wm7rkK8_PZuRmrvYCIvsufnpg_Ot0xVsEK75cpH8c8KWIbleDX9RB66P9cg_yYDM5SFkoS2Yl1t9u3W_hf_Vlob2IlJL3IGojyLLXPS/s1600/IMG_2257.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgspR5frUaipyhBGTxnr9WAFEU-98pXcd3xD4pM6Wm7rkK8_PZuRmrvYCIvsufnpg_Ot0xVsEK75cpH8c8KWIbleDX9RB66P9cg_yYDM5SFkoS2Yl1t9u3W_hf_Vlob2IlJL3IGojyLLXPS/s1600/IMG_2257.JPG" height="320" width="240" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKPcRVsHTOoErX6tgW7-MiJbyUYC0ruuGRyjW-3KXLUrtI5Cby2N3XYvi9Zl6HDuI99KQxAJxHQMoc_t0Duaew1xpH-Oo7dQ6pFcx1Egw56MwVji5bZgtMRJMGIxHh0e3K3qOTf3ECK6bV/s1600/IMG_2018.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKPcRVsHTOoErX6tgW7-MiJbyUYC0ruuGRyjW-3KXLUrtI5Cby2N3XYvi9Zl6HDuI99KQxAJxHQMoc_t0Duaew1xpH-Oo7dQ6pFcx1Egw56MwVji5bZgtMRJMGIxHh0e3K3qOTf3ECK6bV/s1600/IMG_2018.JPG" height="320" width="240" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhym0Y_d4wuwCdCM5XgvNASyngzfN93Zt6tbO53MH2eju1zQ4dJjYEuSOvCMFfk_Vq7DzkFp-7JbjacMOj1KKE-5sC1vP_3e9p5J5qtxkI8QtJ-ibasvldLwlxzDxHvrjmmx7LTFCfI0nfC/s1600/IMG_2339.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvxnIhgT-c9HGsTc2J9GNE3NgrYUy4c_8N4Vnql9G_k4WezbZPDFjZxxz5PRsRyPQ79Fz1T1hxKHNSdxxoNv9diGee2hdStP1oyh3xCoI11xMEAHNeuYtY2bNXKRMezCmTpYv-Wt8F6OvA/s1600/IMG_2093.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvxnIhgT-c9HGsTc2J9GNE3NgrYUy4c_8N4Vnql9G_k4WezbZPDFjZxxz5PRsRyPQ79Fz1T1hxKHNSdxxoNv9diGee2hdStP1oyh3xCoI11xMEAHNeuYtY2bNXKRMezCmTpYv-Wt8F6OvA/s1600/IMG_2093.JPG" height="320" width="240" /></a><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhym0Y_d4wuwCdCM5XgvNASyngzfN93Zt6tbO53MH2eju1zQ4dJjYEuSOvCMFfk_Vq7DzkFp-7JbjacMOj1KKE-5sC1vP_3e9p5J5qtxkI8QtJ-ibasvldLwlxzDxHvrjmmx7LTFCfI0nfC/s1600/IMG_2339.JPG" height="320" width="240" /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<o:p><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em minhas viagens costumo explorar um turismo musical que, em boa parte
das vezes, se intromete na programação principal do que se fazer em uma cidade.
Gosto de ir às casas de shows lendárias, visualizar as referências musicais e,
principalmente, descobrir lojas de discos. Minha primeira ida aos Estados
Unidos foi super bem acompanhado de amigos com interesses em comum: Ana Clara
(que, assim como eu, também ama ficar horas dentro de uma loja – ó, deus, como
tenho sorte!), Erico (que devora guias e sabe muito bem onde nos levar sem
perder tempo), Gustavo e Dudu, ambos com interesse exclusivo por vinis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Formado o time - também acompanhado pela minha comadre Juliana Feijó
(esposa de Dudu), a programação de setembro de 2014 passou pelas cidades de
Nova York e Chicago, com parte do bando. E na Califórnia, eu e Ana Clara
seguimos para uma viagem de casal. Entre ruas, monumentos, gramados, restaurantes
e parques, o caminho era desviado para lojas de discos. Eu ainda compro CD, que
ainda está à venda em todas as lojas e com preços inacreditáveis, às vezes em
edições luxuosas. Minha busca por vinís ficou restrita à minha lista e uma ou
outra surpresa encontrada nas fuçadas em prateleiras de promoções.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nos Estados Unidos, a média de um vinil novo, relançado, é de 18 a 20 dólares
o disco normal. Edições duplas vão um pouco mais além, de 23 a 25 dólares em
média. Os usados saem entre 5 e 10 dólares, em edições originais lançadas na
época e em perfeito estado. Os singles em vinil (compactos de 7 polegadas) de
artistas novos, lacrados e relançados regulam em torno de 5 a 12 dólares. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Algo que pensava em fazer há muito tempo, depois que eu e Ana Clara
exploramos lojas de discos em Madri e Barcelona, era criar aqui no meu blog um
pequeno guia de lojas, mas utilizando um texto de serviço mesmo, sem opiniões. A
ideia foi protelada tanto tempo que deixei de lado e arquivei as anotações,
fotos e endereços.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Agora, no entanto, resolvi aproveitar o calor da emoção e escrever sobre
as lojas que passei e dividindo as impressões e experiências de forma bem
pessoal. Não serve exatamente como um guia, mas ajuda a dar uma ideia do que se
encontrar nas lojas, além de render um belo passeio por bairros e ruas legais
de cidades como Nova York, Chicago, San Francisco e Los Angeles. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">EARWAX MUSIC <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i>(167 N 9th St, Williamsburg, Nova York)</i></b><i> <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://www.earwaxrecords.net/">http://www.earwaxrecords.net/</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No meio de uma das agradáveis ruas do Brooklyn está a Earwax Records.
Apesar d’eu estar ainda comedido com os gastos na exorbitante Nova York, me
deixei levar pela sedução da atenta loja de vinís novos e usados e comprei
apenas dois compactos (Real Estate e Guided By Voices) e um LP do Fugazi.
Gustavo e Dudu fizeram a festa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: A loja tinha um disco
lacrado e caríssimo do Mestre Cupijó. O coração se encheu de orgulho.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ROUGH TRADE <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><i>(64 N 9th St, Williamsburg, Nova York)</i></b><i> <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://www.roughtradenyc.com/">http://www.roughtradenyc.com/</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A festa, na real, já havia começado aqui. Os dois - e mais o Erico -
passaram horas e horas na loja enquanto eu acompanhava as meninas em alguns
brechós do bairro. Eu, Ana Clara e Juliana fomos encontrá-los na Rough Trade e,
no caminho, avistamos a Earwax Music (por isso comecei por lá - e também por
que a narrativa é minha ;)).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De acordo com a minha experiência com as duas Rough Trade de Londres,
achei que aquela não era a melhor loja pra deixar uma grana, pois na Inglaterra
eu comprei discos mais baratos em outras lojas. Foi um equívoco. Resolvi
comprar pouca coisa, como o CD <i>Girlfriend</i>,
do Matthew Sweet. Achei que os vinís do Jesus and Mary Chain estavam caros a 17
dólares e acabei voltando sem nenhum, pois me recusei a comprar depois por 19 e
20. Não tem problema, ainda pretendo comprar a caixa - e deles eu tenho
absolutamente tudo em CD e boxset.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Foi preciso voltar de novo na loja, pois assim como a Ana Clara, acabei
deixando CDs e LPs que estavam um pouco mais caros. Aproveitamos outro dia que
voltamos para o bairro para um show e compramos o que estava na lista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: além de ser uma tremenda
loja com muita coisa nova e preços razoáveis, a Rough Trade é palco de dezenas
de shows interessantes. Naquela semana, por exemplo, bandas como Death Above
1979 se apresentariam por ali.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">BLEECKER STREET RECORDS <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(188 W 4th St, Village, Nova York)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://www.bleeckerstreetrecordsnyc.com/">http://www.bleeckerstreetrecordsnyc.com/</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ótima loja com CDs e vinís novos e usados a preços bons. Os CDs novos
não estavam baratos, mas a prateleira com coisas usadas dava pra achar coisas
como box de CD + DVD da Cat Power por 7 dólares. Levei de 10 a 15 CDs (Do que
me lembro foi um duplo do Flaming Lips das primeiras demos; Ben Folds Five,
alguns do Eels, DVDs e os vinís de Alex Chilton e The Db's).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: não foi o melhor preço, na
verdade ficou longe de ser. Mas só o fato dela estar localizada numa área tão
bacana do Village já faria dela uma das minhas lojas favoritas. A disposição
dos discos, a facilidade de procura e classificação me deixaram bem a vontade
para comprar, apesar dos funcionários não serem dos mais sorridentes.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">OTHER MUSIC <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(15 E 4th St, New York, NY)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://www.othermusic.com/">http://www.othermusic.com/</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acho que temos uma eleita em New York City. A Other Music tem preços bons
e um clima excelente para passar horas nas prateleiras de CDs e vinís. O
tratamento é de primeira e há itens exclusivos na loja. Só trabalham com novo.
Não há sessão de usados, como na maioria das lojas dos Estados Unidos. Apesar
dos preços regularem com o das outras lojas, me senti bem e levei o vinil do
Charles Bradley, um de demos do Jesus and Mary Chain e uma coletânea da Matador
que o Gustavo me mostrou e custava apenas 6 dólares. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Levei o documentário em DVD Nothing Can Hurt Me, do Big Star, e estou
triste até agora de não ter comprado nenhum dos quatro modelos de camisas da
banda que tinham na loja. Procurei apenas por um, que não tinha meu número, e
então desencanei. Levei alguns CDs também, como Sun Kill Moon, J Mascis,
Dinosaur Jr, Band of Horses (Acoustic at the Ryman) e o novo do Interpol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: Era uma terça-feira e, na
quarta, o Interpol estaria na loja autografando seu novo disco.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">REBEL REBEL <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(319 Bleecker St, Village, Manhattan, NY)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="https://www.facebook.com/pages/Rebel-Rebel-Records/148458791874071">https://www.facebook.com/pages/Rebel-Rebel-Records/148458791874071</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Descoberta por acaso no último dia passeando pelo Village novamente.
Pequena, apertada e ruim demais de andar e escolher discos. Preços também, não
eram dos melhores. Mas a seleção de discos foi uma das melhores que vi. Apesar
do pequeno espaço e de realmente não ter mais onde colocar discos, tudo o que
havia ali dava vontade de comprar. Bons títulos em novos e usados. Como o tempo
estava curto, a grana e a paciência também, optei por levar apenas três
compactos de 7': The Rumble Strips (comprei uma vez um CD dessa banda e amei.
Amei tanto que perdi o CD, tenho só a capa e o disco mesmo deve estar dentro de
outro acrílico de outro CD), Uncle Tupello e The Shins.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: o dono é de poucas
palavras, mas é educado e inicia uma boa conversa se souber que você não é um
comprador ordinário. Presenciamos uma cena típica de Alta Fidelidade, com um
negão amigo do dono que se intrometeu em um diálogo entre o dono e um cliente
que pediu para que ele desse um desconto, pois ele queria levar aquele vinil do
Leonard Cohen para o pai.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SECOND HAND ROSE MUSIC <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(48 E 12th St, Union Square, NY)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://www.shrosemusic.com/">http://www.shrosemusic.com/</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Entramos para dar um tempo enquanto o Gustavo estava na Forbidden
Planet. Não compramos nada, mas me pareceu uma loja daquelas em que os donos,
dois velhinhos, pareciam saber o que estavam fazendo pela disposição dos discos
nas prateleiras e pelos preços. Deu vontade de voltar lá e dar uma pesquisada
com calma.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: apenas mais uma loja a ser
pesquisada por colecionadores. A regra é nunca subestimar lugar algum.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<o:p><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">RECKLESS RECORDS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(1532 N Milwaukee Ave, Chicago)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(3126 N Broadway St, Chicago)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(26 E Madison St, Chicago)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></b><a href="http://www.reckless.com/" style="font-family: Verdana, sans-serif;">www.reckless.com</a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A vontade de conhecer a loja que serviu de locação para o fatal <i>Alta Fidelidade</i>, de Stephen Frears, era
realmente muito grande. A Reckless entrou para o topo das melhores lojas de
disco que já fui. O preço é imbatível. Algo como comprar o CD <i>Horses</i>, da Patti Smith, por 2,99 dólares
uma edição usada, mas impecável. O mesmo título em vinil custava 8 dólares. Não
comprei apenas porque neste dia não queria andar com nada que não fosse a
mochila. Me arrependi? É claro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas não vou começar a falar de arrependimentos agora... A loja
principal é da Broadway, em Chicago, mas todas as três lojas atendem muito bem aos
desejos de um comprador de discos. Infelizmente, deixei para compras alguns
vinís na Amoeba achando que seria mais negócio. Errei. Atualmente, a Reckless é
bem melhor para comprar vinil. Juntando as três lojas, talvez tenha o mesmo
estoque da Ameoba de Hollywood. No entanto, o local em cada loja fica é um
charme e já vale o passeio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha grande surpresa foi quando já estava pagando minhas coisas no
balcão e me deparo, em destaque na parede, com algo que sonhava em ter: uma
edição especial de colecionador do single <i>Crank</i>,
da banda britânica Catherine Wheel, uma de minhas favoritas. Ainda não tenho
certeza, mas acho que foi o disco que mais vibrei em comprar nessa viagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como fomos nas três lojas, não me poupei e resolvi sair comprando CDs.
Não lembro exatamente, mas levei o que não tinha dos Replacements, Guided by
Voices, Frank Black, Slowdive, Spiritualized, Red House Painters e monte de
coisa que não lembro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgctpOr43imgPNtFzk-vg2qYtXrnbfrQf4e_YzfZ3IX_6gUzVTdqNJxe4P7w5Odgqhf7BKzTU5K8zym6SxBSbTePky-fgaCpIpSdoSVvvdoq2iYMkWBycjDMx1Np7MW5YHCgMmXjqBfbqFA/s1600/IMG_2490.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgctpOr43imgPNtFzk-vg2qYtXrnbfrQf4e_YzfZ3IX_6gUzVTdqNJxe4P7w5Odgqhf7BKzTU5K8zym6SxBSbTePky-fgaCpIpSdoSVvvdoq2iYMkWBycjDMx1Np7MW5YHCgMmXjqBfbqFA/s1600/IMG_2490.JPG" height="320" width="240" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL0QcSfadgZSFJRIMClfRA4CER6bNBZ0aqPRWqNXysdyvM7RngbvcNQyi863OVetETC0-83xL9GuEb9koMwlYjXicD8DCh1MKnjOkISWODmGPrLXnMyi9FSX6YaRPd8WZvErXbXJ-x897Q/s1600/IMG_2653.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL0QcSfadgZSFJRIMClfRA4CER6bNBZ0aqPRWqNXysdyvM7RngbvcNQyi863OVetETC0-83xL9GuEb9koMwlYjXicD8DCh1MKnjOkISWODmGPrLXnMyi9FSX6YaRPd8WZvErXbXJ-x897Q/s1600/IMG_2653.JPG" height="320" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: não sei se pelo costume de
ser um povo solícito e educado demais, mas o atendimento e o esquema da
Reckless foi o que mais me deixou a vontade para comprar. Poderia passar mais
horas e horas em todas as suas lojas, o que se torna um desejo a ser realizado
em breve, tamanha a paixão que ficou por Chicago.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ROOKY RICARDO'S RECORDS <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(448 Haight St, San Francisco, CA)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://www.rookyricardos.com/">http://www.rookyricardos.com/</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu e Ana Clara andávamos pela Haight Street pelo caminho inverso, sem
saber que ela começava no Hippie Hills, do outro lado, e seguíamos nosso rumo
de descobrir o que aquela caminha reservava pra gente e, de repente, nos
deparamos com essa que possivelmente foi a loja de discos mais interessante de
toda a viagem. O dono não era dos mais sorridentes mas, por algum motivo, nos
tratou muito bem. Especializada em soul, blues, R&B e clássicos dos anos
50, 60 e 70, ele foi categórico em dizer que não vendia relançamentos e versões
novas e remasterizadas, apenas os discos originais. Perguntei pelo Big Star e
ele disse que não tinha, que era bem raro de aparecer na loja dele e que,
quando aparece, não custa menos de 40 dólares. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já íamos saindo, eu com o vinil <i>Harvest</i>,
de Neil Young, e Ana Clara com o <i>Surrealistic
pillow</i>, do Jefferson Airplane. Então, o dono nos avisou que haviam mais
caixas na parte de baixo e não nos deixou sair de lá sem dar uma olhada,
dizendo que tinha muita coisa boa pra gente ali. Ainda bem, consegui o <i>Get the knack (The Knack)</i> e ela um da
Joni Mitchell, cada um por 5 dólares. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0kqXGdr5Wje3GxBpMLAxvtCLU3N_b0SU0vZtGNyFKMHgEhnNlniyrQDh7N5z8UtPJKSvxgqnD46aNHvmrxV8hxwdbv0rsREHGlSOcHywU33Vfaiq2QS4MssMkqpVmqNWdK5RybXCis8f-/s1600/IMG_2845.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0kqXGdr5Wje3GxBpMLAxvtCLU3N_b0SU0vZtGNyFKMHgEhnNlniyrQDh7N5z8UtPJKSvxgqnD46aNHvmrxV8hxwdbv0rsREHGlSOcHywU33Vfaiq2QS4MssMkqpVmqNWdK5RybXCis8f-/s1600/IMG_2845.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<o:p><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<o:p><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: vá a essa loja com bastante disposição e uma lista de coisas
legais para comprar de soul, funk R&B e 50s. A loja tem prateleiras e
prateleiras de compactos vendidos a 3 por 5 dólares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>AMOEBA (SAN FRANCISCO)</b> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(1855 Haight St, San Francisco, CA)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://www.amoeba.com/">http://www.amoeba.com/</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Foi mais para dar um check, já que a grande Amoeba de Los Angeles
estava nos planos da semana seguinte. A real é que a Amoeba de San Francisco
não bateu. Claro que sai de lá com uma penca de CDs baratos e com um
arrependimento fora do comum de ter deixado o primeiro do Big Star por meros 16
dólares achando que teria na de Los Angeles. Si fudi.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: talvez por ser menor que a de Los Angeles e por termos visitado
em uma segunda-feira de manhã, a Amoeba de San Francisco pode até ter um clima
mais agradável para comprar por não oferecer aquelas horas e horas que nem
sempre você tem disponível em uma viagem. Como seguimos com uma lista de
coisas, foi mais fácil descartar alguns itens no caminho e deixar a de Los
Angeles para arrematar no final e ver o que aparecia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2p7HMIwTVGKr0rqzLwvAPELjxnG9y5153jnzvyQ7owwAuFqm7lTSBPbhT5ME9OlbJesLQxmAf2UdyLq1MUl0dt34xPHNjZZ3ocCu02ZInw4Fl7i1mbtV5XjoPL2IjeaTnR3DtLM7Os_Nr/s1600/IMG_3608.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2p7HMIwTVGKr0rqzLwvAPELjxnG9y5153jnzvyQ7owwAuFqm7lTSBPbhT5ME9OlbJesLQxmAf2UdyLq1MUl0dt34xPHNjZZ3ocCu02ZInw4Fl7i1mbtV5XjoPL2IjeaTnR3DtLM7Os_Nr/s1600/IMG_3608.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>AMOEBA (LOS ANGELES)</b> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(6400 Sunset Blvd, Los Angeles, CA)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://www.amoeba.com/">http://www.amoeba.com/</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Imagina entrar num parque de diversão depois um dia inteiro na praia.
Foi o que resolvemos fazer no sábado, passar a manhã e a tarde na praia de
Venice Beach e Santa Mônica pedalando, caindo em cilada de turista e andando
para caralho. Depois resolvemos encarar uma hora de carro e passar cerca de
três horas deixando nossos últimos tostões lá. Deu pra fechar 70% da minha
lista. Somente lá que achei a edição especial em vinil de Infinite Arms, do
Band of Horses, o último do Redd Kross e o primeiro do Spain, que só tinha uma
versão gravada de uns 15 anos atrás. Comprei o CD também, além de um monte de
coisa que, é claro, não lembro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota 1: um problema grave demais da Amoeba de Los Angeles é com o sistema
deles de cartão. Passei meu travel card (que funcionou perfeitamente em várias locais)
e não passou de jeito nenhum. E a cara de sem graça? Ana Clara tentou passar o
cartão de crédito dela e nada. E a cara de sem graça? Tive que pedir para
guardarem os discos, ir até um caixa, sacar o dinheiro e pagar. Na volta
reclamei com a gerente sobre esse problema e ela disse que, infelizmente, isso
tem acontecido lá com cartões de gente do mundo inteiro. Bonito, heim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota 2: esse lance de vender CD pra eles é a maior roubada. Os discos
precisam estar praticamente zerados, como muitos dos meus estavam. Mesmo assim
não espere mais de U$ 1 por disco. O lado bom foi que eles compraram a um preço
bem justo os discos da minha banda (The Baudelaires) e o EP da Ana Clara.
Portanto, fãs, nossos discos estão à venda em Los Angeles, na Amoeba Records.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>RECORD COLLECTOR (Melrose)</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(7809 Melrose Ave, Los Angeles, CA)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">http://www.therecordcollector.net/<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se você procura perder a paciência com um velho que se acha pra caralho
vá nessa loja. Ela chama a atenção em Melrose, em um lugar lindo e a quantidade
de vinis é assustadora. Você entra e não sabe por onde começar. E então o
proprietário, um velho gordinho chamado Sanders, te atende perguntando do que
você gosta. Saiba o que responder de imediato se não ele perde a paciência. Digo
que quero rock e ele me leva com outro senhor até outra sala. Procuro por um
vinil do Big Star e do Jesus and Mary Chain. Não tem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sem muita paciência para ácaro e cheiro de mofo, começo a me dirigir
para a porta de saída, quando o velho Sanders pergunta o que eu procuro. Digo
que procurei por dois discos e não havia. E ele disse que não era possível, que
eles tem tudo e que era para eu perguntar por outra coisa. Digo que não e ele
começa o discurso de que não, eu não era um colecionador, que colecionadores
sabem mais o que querem etc. Até aí dei de ombros e mandei um “foda-se, não sou
mesmo”. Daí ele solta um simpático “vai embora de Los Angeles, volta pro Brasil”.
Claro que saí batendo boca com o velho e quase utilizo o primeiro e sonoro “fuck
you” da viagem. Infelizmente ficou no quase. Guardei o que me restava de
educação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: com mais 35 mil vinis catalogados e bem organizados, a loja é
para quem realmente leva a sério essa história de colecionador. Não é um lugar
para se passar horas e horas. Não espere por aquela surpresa de se deparar com
um disco que você queria ou se divertir numa loja de discos. Aqui é pra gente
séria e amargurada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>FAIRFAX MARKET MELLROSE (Los
Angeles)</b> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Fairfax High School, 7850 Melrose Ave ,Los Angeles, CA)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Depois de bufar de raiva do velho Sanders, fomos à feirinha de
antiguidades que ficava bem em frente à loja, um lugar bem maior do que se mostrava
de fora em com diversas barracas de vinis. Encontrei o Dejavu, do Crosby, Stills,
Nash & Young com a capa de couro e foto colada, lindo, por apenas 10
dólares e em excelente estado. Comprei também uma coletânea dupla do Buffalo
Springfield pelo mesmo preço.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuANlj3vS1RS0wqTJfJMAas9mAYUvh-K9PGrwcnXypEGx_XoovSNqTPdNbTp2h6frX-RFWO-pat_chyXvpXFH5XTojenTlgwpspRRN2wyi37LzmPonx9I-3m3_7rGAKIbLgBK8wGi9k_rh/s1600/IMG_3630.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuANlj3vS1RS0wqTJfJMAas9mAYUvh-K9PGrwcnXypEGx_XoovSNqTPdNbTp2h6frX-RFWO-pat_chyXvpXFH5XTojenTlgwpspRRN2wyi37LzmPonx9I-3m3_7rGAKIbLgBK8wGi9k_rh/s1600/IMG_3630.JPG" height="640" width="480" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: a feirinha acontece aos domingos e, além de ser um ótimo passei
para comprar discos, ainda há uma praça de alimentação ótima e diversos objetos
interessantes para mulheres como roupas, joias, acessórios, móveis antigos,
brinquedos etc. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-58096208133245604272014-03-17T20:53:00.001-07:002014-03-17T20:53:11.607-07:00Tomara que eles voltem<div style="text-align: justify;">
Depois de uma briga intensa no carro, os pais param e deixam o casal de filhos Cris e Peu, dois adolescentes, no meio da estrada para aprenderem uma lição. A tirania do irmão mais velho, com aquela expressão característica de um moleque mimado e mandão. A menina, Cris, uma típica garota de 12 anos que tenta não deixar barata a imposição do irmão, mas acaba cedendo devido sua fraqueza e diante de ameaças de agressão do caga regras. Muitos minutos depois e nada dos pais voltarem. O irmão mais velho resolve ir atrás de ajuda, mas obriga a garota a ficar. E aí começa o o filme "Eles voltam", de Marcelo Lordello, o melhor longa surgido no Recife desde "Baile Perfumado".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muito se falou do quase bom <i>Som ao redor</i> como um dos melhores filmes do ano. Prêmios e mais prêmios pro ótimo <i>Tatuagem</i>. Tudo bem, filme bonito. Mas <i>Eles voltam </i>passou batido pelos cinemas brasileiros, apesar dos prêmios no Festival de Brasília. Além do enredo instigante, das atuações e da sensibilidade do diretor estreante, <i>Eles voltam</i> dá uma lição de como extrair um ótimo resultado de baixo orçamento com muita boa vontade e talento. No começo do filme achei se tratar de uma inspiração em <i>Gerry,</i> do Gus Van Sant, e estava achando legal partir disso, depois lembrei do Abbas Kiarostami. Achei uma saída inteligente usar o pouco recurso que se tem com poucos atores num Road Movie sensível. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O filme não tem a ousadia (pra não usar a palavra pretensão) das outras produções pernambucanas e do espalha merda Cláudio Assis. O filme de Lordello fala sobre solidão, abandono, submissão feminina e de diferenças sociais - tocando em temas como como o Movimento Sem Terra, mas sem nenhum panfletarismo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Óbvio que minha predileção por <i>Eles voltam </i>está bem ligada ao gosto pessoal e preferência pelo estilo misturado de Road Movie e solidão nas grandes cidades. Mas o que mais me chamou a atenção foi a sensibilidade do diretor e a inteligência em optar por um filme simples, calado (o áudio infelizmente deixa muito a desejar) e inteligente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Me fez pensar no quanto Belém precisa urgentemente de um fundo de cultura para que o povo do cinema tenha a chance de, mesmo com pouco recurso, realizar um longa tão bem feito e revelador de talentos. Aposto que os próximos passos de Lordello e da excelente protagonista Maria Luiza Tavares devem representar um avanço em suas carreiras. E que venham mais produções assim, com gente nova e interessantes desbancando a tropa global que invade as salas de cinema de todo o Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/A4X1wozH9Bs?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-35294070574964398162014-02-02T15:23:00.000-08:002014-02-02T15:23:21.348-08:00Philip Seymour Hoffman Top 10<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Philip Seymour Hoffman se foi no mesmo dia em que outro grande nome do cinema (brasileiro) também foi tragicamente assassinado, Eduardo Coutinho. Um dia triste pro cinema.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fiquei particularmente triste com a morte de Philip Syemour Hoffman e terrivelmente chocado pela tragédia com Eduardo Coutinho, que me lembrou a morte do comediante canadense Phil Hartman, em 1998, que foi assassinado pela ex-mulher, </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">enquanto dormia, e </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">que se matou logo depois.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mais incrível na carreira de Seymour Hoffman era a quantidade de filmes que ele fazia e o quanto se diferenciava dos personagens em cada interpretação. Era um daqueles atores que acrescentava um voto de confiança em qualquer filme que participava. "Se esse cara está lá deve ser bom", eu pensava. Além de ser o ator favorito de um dos meus diretores favoritos, Paul Thomas Anderson.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meus 10 filmes favoritos com o Philip Seymour Hoffman - incluindo o que ele dirigiu e escreveu </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Jack goes boating</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">: </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Embriagado de amor (<i>Punch Drunk Love</i>)</b> </span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/axkjkD0PcOU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Com amor, Liza (<i>Love Liza</i>)</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/DYDq8k3uiok?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Quase famosos (<i>Almost Famous</i>)</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/WzY2pWrXB_0/0.jpg"><param name="movie" value="https://youtube.googleapis.com/v/WzY2pWrXB_0&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="https://youtube.googleapis.com/v/WzY2pWrXB_0&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Felicidade (<i>Happyness</i>)</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/bHK8bsAkDuA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Boogie Nights</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/LTMYcSU_HCc/0.jpg"><param name="movie" value="https://youtube.googleapis.com/v/LTMYcSU_HCc&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="https://youtube.googleapis.com/v/LTMYcSU_HCc&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Piratas do Rock (<i>The boat that rocked</i>)</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Ili8-QZ49co?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Antes que o diabo saiba que você está morto (<i>Before the devil knows you're dead</i>)</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/9uiOYQKSPcY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>O grande Lebowski (<i>The big Lebowski</i>)</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/mmA-WSNhmRQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Próxima parada Wonderland (<i>Next stop Wonderland</i>)</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/4FrpLyK9mdw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Vejo você no próximo verão (<i>Jack goes boating</i>) </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/KcQjq2D2zXU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7386365379961994007.post-38629234916639739082013-12-31T09:42:00.000-08:002013-12-31T09:42:37.299-08:00A dança de 20132013 foi um grande ano. Tenho motivos de sobra pra comemorar e fechar o ano feliz por tudo o que me aconteceu. Foi tão bom que fica difícil de enumerar, mas de cara penso que passei por uma operação complicada e que foi um sucesso, assisti a alguns dos melhores shows da minha vida ao lado da minha gatona, meu festival foi um sucesso, conheci velhos ídolos, o CD da banda em que toco foi lançado, participei da banda do disco da Ana Clara, fiz boas viagens, participei da curadoria de um projeto genial chamado Mostra Terruá.<br />
<br />
E todas aquelas coisas boas que acontecem e a gente não comemora como vitórias, como beber com os amigos, chegar em casa são e salvo todas as noites, ver toneladas de filmes, ouvir cavalhadas de musicas. Li bem menos do que poderia, confesso, mas tive o melhor de todos os presentes de 2013, a notícia da publicação do meu primeiro romance, "Iracundo".<br />
<br />
Houve contratempos sim e episódios tristes como o afastamento do meu convívio do meu sobrinho Gustavo, que foi morar no Rio. Mas ainda assim me apego aos detalhes bons.<br />
<br />
Sinto muito pelos que não tiveram um 2013 tão especial como o meu, mas torço muito para que seu 2014 seja dos mais especiais. Não sei se gastei mais da minha cota de felicidade em 2013, mas espero que 2014 seja pelo menos tão bom quanto foi 2013, para eu aprender a dançar igual o Christopher Walken.<br />
<br />
Até amanhã.<br />
<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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