quarta-feira, 28 de março de 2012

Desculpa, perdi a memória


- Alô.
- Alô.
- Quem é?
- Tu que ligou, pô. Quer falar com quem?
- Não sei.
- Como é que é?
- Quem tá falando?
- Marcelo.
- Ahn... mas o que é aí?
- Aqui é residência, minha tia. Minha casa!
- Mas residência de quem?
- Da Dona Sandra, porra! Minha mãe! Dona Sandra! Tá bom?
- Ah tá...
- E com quem a senhora quer falar afinal?
- Não sei, eu esqueci.
- Mas ora caralho...
- Eu heim, tu não tem paciência, né? Fala muito palavrão.
- Tô fudido...
- Tá vendo?
- Tchau!
- Tchau..

sábado, 24 de março de 2012

Tenho uma coisa pra falar

A comédia é algo fundamental na minha vida. Preciso dela para acordar, trabalhar, viver com uma mulher, reunir com meus amigos, escrever, criar e continuar respirando. Para alguns é algo para se desligar do mundo. Pra mim é o que conecta. E a morte de Chico Anysio realmente abalou. Pra mim – e talvez para toda a minha geração - foi como perder um avô. Cresci com ele dentro de casa todas as semanas, em momentos marcantes com meus pais na sala de casa rindo pra caralho.

Não to querendo homenagear o cara e nem “compartilhar a minha dor”. Mas é foda saber que todo vez que morre um humorista o mundo fica mais sem graça. E aí quando se perde um gênio o mundo fica mais burro. Até surgir um novo Chico Anysio tem que nascer e morrer muitos Rafinhas Bastos.

Tem esse vídeo aqui que já foi badalado pra cacete e que tem o carimbo da porra da Rede Globo. Mas enfim, não custa compartilhar: