sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Eletro + funk + dub + social = Coletivo Rádio Cipó

Coletivo Rádio Cipó lança DVD em show com Metaleiras da Amazônia e Juca Culatra & Power Trio no Açaí Biruta, dia 31 de janeiro. No show serão gravadas imagens para o documentário “Estação da saudade”, sobre a vida e obra de Mestre Laurentino.


Eletrofunkdubsocial, o título que agrega todos os estilos e a missão do Coletivo Rádio Cipó, batiza também o primeiro registro audiovisual da banda, gravado ao vivo em setembro de 2005, no Teatro Experimental Waldemar Henrique. O DVD, que traz também entrevistas e quatro videoclipes do grupo, terá uma festa especial para seu lançamento: Sábado, 31 de janeiro, no Açaí Biruta. O evento contará com a participação das bandas Coletivo Rádio Cipó, Metaleiras da Amazônia, Juca Culatra & Power Trio, os DJs Marcos Sacchi (dub, world music), Marcelo Damaso (cúmbia, ska e samba rock), ProEfx (Jango e ragga) e Guga de Castro (do projeto Farra na Casa Alheia) e os VJs Máster Mode e Guto Baca.


Co-produção da Floresta Vídeo e Núcleo de Vídeo RC, o DVD traz o show intercalado com trechos de making off, imagens de shows por outras capitais, entrevistas com convidados do Coletivo, como Mestre Laurentino, Dona Onete e Mestre Bereco, além do depoimento de produtores musicais da cena nacional como Marcos Sacchi e Jomardo Jomas (do Festival MADA, de Natal). As músicas “Majey”, “Matinha do Cruzeiro” e “Foguete”, todas do álbum “Formigando na calçada do Brasil”, compõem uma trilogia que ganhou seus próprios videoclipes.

Todas as músicas executadas em Eletrofunkdubsocial também fazem parte do primeiro CD da banda, com exceção de “Vale de São Fernando”, de autoria de Mestre Laurentino. O DVD tem direção de Ronaldo Rosa e Renato Chalu. A produção executiva é de Luciana Martins.
A apresentação do Coletivo Rádio Cipó no dia 31 também sela a parceria com os grupos Metaleiras da Amazônia e Juca Culatra & Power Trio, já estabelecida entre o Núcleo de Vídeo e Áudio do Coletivo Rádio Cipó e Casarão Cultural Floresta Sonora, que reflete em várias ações como a captação do áudio ao vivo e a festa Casarão Live, que acontecem todas as quintas no Café com Arte.

MESTRE LAURENTINO

“Lorinha Americana”, de Laurentino junto ao Coletivo Rádio Cipó, também ganhou um videoclipe especial junto à gravação de “Eletrofunkdubsocial”. O clipe já faz parte de outro projeto do Núcleo de Vídeo RC, que aproveitará o show para capturar imagens para o documentário “Estação da saudade”, sobre a vida e obra de Mestre Laurentino.

“Em ‘Estação da saudade’ vamos contar sobre a vida artística do roqueiro mais antigo do Brasil”, conta a Produtora Executiva Luciana Martins. Para o documentário foram colhidas entrevistas com produtores, músicos e familiares e resgatados imagens de shows de Laurentino feitos pelo Brasil, como em Recife, Goiânia e São Paulo onde foi produzido o videoclipe da música “Terra de Bandeirantes” que fala sobre sua experiência em São Paulo pela primeira vez em 2003.

O filme faz parte do projeto “Acervo Audiovisual Mestre Laurentino, 80 anos de vida” com coordenação executiva de Carlinhos Vaz e Camila Branco, que acompanha dois CDs (Lorinha Americana e Paisagem de Nuvem Branca Embaixo do Céu Azul), biografia com partituras, fotos e brinde especial.

O DVD tem ainda direção e acervo de fotos de Renato Chalu, câmera de Guto Nunes e conta com patrocínio oficial da Oi Futuro e Apoio Institucional da Fundação Cultural Tancredo Neves através de Lei de Incentivo à cultura – Lei Semear, Parceria Institucional do Governo do Estado através de convênio com a Fundação Carlos Gomes, Co-Produção da Caiana Filmes e Apoio Cultural do Casarão Cultural Floresta Sonora e Ná Figueiredo pelo selo Ná Records. A Realização é da Associação Beneficente Integra Belém e do Núcleo de Vídeo RC.


No dia 31, no lançamento do DVD do Coletivo Rádio Cipó, serão gravadas músicas ao vivo do Mestre Laurentino como “Morena Brasileira”, “O Roque da Aranha Cor de Rosa” e “Nega Missuenplu”, que contarão com cenário e iluminação especiais para o documentário “Estação da Saudade”.


SERVIÇO
Show de lançamento do DVD “Eletrofunkdubsocial”, dia 31 de janeiro (sábado), no Açaí Biruta (rua Siqueira Mendes, 58, Cidade Velha). Shows: Coletivo Rádio Cipó, Metaleiras da Amazônia e Juca Culatra & Power Trio. Ingressos antecipados a R$ 10,00, nas lojas Sandpiper (Belém Shopping Iguatemi) e Na Figueredo (avenida Gentil Bittencourt, 449).

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Música paraense no balde

Faz tempo que quero postar isso aqui e esqueço. O amigo Azul, vulgo Edvaldo – nosso diretor de palco do Festival Se Rasgum, mantém atualizadíssimo seu blog sobre música paraense. O melhor do blog é que, além de não separar estilo e jogar todo tipo de artista paraense disponível para download, Azul ainda joga os releases dos grupos. Aqui ó.


Chega lá que tem guitarrada, carimbó, hardcore, MPP, lambada, indie, heavy metal etc.

Vai ficar aqui ao lado nos meus favoritos.


sábado, 17 de janeiro de 2009

Estamos juntos, Julião!

Na noite de terça, parei pra dar um grau nas guitarras daqui de casa (além das minhas tem as do meu irmão, o sacana está com três e ele tem apenas 13 anos) e aproveitei para “ouvir” a TV, ligada na Rede TV!, uma fonte de informação para novidades da vida pessoal de celebridades que você está pouco se lixando. Mas já passava das 19h e eu não tava com paciência de ouvir mais música, daí fiquei por dentro da vida do Rafael Vanucci (aquele filho da Vanusa, que agora está parecendo uma Tartaruga Ninja de peruca), Malu Mader, Sheila Melo (que está gordinha esquema) e, enfim, Júlia Paes, a caceteira de 22 anos que causou furor nos programas de celebridades ao entrar para a indústria pornográfica brasileira se assumindo como a namorada de Tammy Gretchen – recém saída do criado-mudo.


Antes de mais nada, tudo bem, Júlia Paes é uma das maiores aproveitadoras desse novo e promissor segmento do entretenimento adulto brasileiro. Bruna Surfistinha, por exemplo, carrega aquele ar de “como eu vim parar aqui?”, bem diferente de Júlia, que estampa um “pronto, primeira etapa realizada, agora o que eu vou fazer com esses holofotes?”, e tem desenvoltura para responder para repórteres coisas como “o coração está feliz”. Júlia Paes, que na verdade se chama Gislene, chegou ao brilho faiscado dos holofotes dos programas de fofoca pulando várias etapas. Não contou conversa ao se assumir namorada da filha da Gretchen para chegar até o filme e dar um pé na bunda da feiosinha quando sentiu que era sua hora.





O programa era da Luciana Gimenez, a enigmática anta do horário nobre, que tinha como convidados uma loira de vulgo “Bandida” e um ator de teatro - desses afeminados que usam boné à noite – colocava Júlia Paes no centro da roda vida. A intenção era que ela fosse bombardeada pela loira e pelo ator com o aval da apresentadora chinfrim. Oh Deus, como eu queria lembrar o nome do ator. Mas enfim, da vagabunda eu já recorri ao Google e cheguei até ela, simplesmente “Bandida”.


Esperto como sou, claro que não vou usar o lugar comum do trocadilho a “’Bandida’ roubou a cena”, mas suas mancadas chamaram a atenção quando ela questionou a integridade de Júlia Gislene, que se saia bem a cada resposta. O ator, querendo bagunçar o circo e, evidentemente, chamar a atenção para si, também se deu mal ao dizer que “em filme pornô não se aprende nada”. Ôpa, pêra lá! Eu aprendo um bocado. Você não aprende? O cara caiu na besteira de insinuar que a profissão de atriz pornô merece menos respeito do que um ator de teatro – que entre quatro paredes faz muito pior do que levar uma rola na frente outra atrás e se virar na oralidade com uma terceira. Júlia mandou bem e defendeu com garra sua categoria. Tô contigo, Julião!


Para mim, no entanto, o ponto alto do debate foi quando a “Bandida” achou bonito o fuzilamento e quis dar seu tiro. Disparou:


- Você tem filhos? Ah, dois meninos? E o que faria se eles um dia resolvessem fazer filme pornô?


Júlia, categoricamente, sem desarrumar um fio da bela cabeleira, mandou:


- Eu não gostaria que eles fizessem, mas tenho que respeitar se eles tomarem essa decisão. Mas e você, o que faria se seus filhos também resolvessem virar atores pornôs?


- Não, meus filhos não vão entrar nesse ramo.


- Não diga ‘nunca’, querida – Julião.


- Eu digo nunca porque isso é uma questão de berço – tentou a Bandida.


- Mas berço eu também tive. Todo mundo tem. Sempre fui íntegra e honesta, e minha profissão merece o mesmo respeito que a sua. A profissão da “Bandida”, aliás, é a de... err... modelo e atriz – código pra vagabunda capa da Sexy.


Infelizmente já era hora de pegar a namorada no trabalho e tive que desligar a TV, mas com a certeza de que deveria me dedicar mais a TV aberta para mergulhar eventualmente na alma do mainstream das celebridades.


As guitarras, aliás, ficaram lindas, saca só:



quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Deu no Placa na Cueca


Ontem, um post meu bombou lá no Placa na Cueca. Listei 10 gatas que, além de belas mulheres, são ótimas cantoras. Fui do fetiche coletivo (Juliette Lewis) a tara mais perversa (Beth Gibbons) – apesar de ser menos perverso do que um amigo meu que disse que queria comer a Bjork. Aliás, você já deram uma olhada no site? Ta cada vez mais macho, mais informativo e mais amoroso. Um mimo!


Enfim, o post ficou na home do Yahoo durante a manhã inteira e metade da tarde de ontem. Daí choveu comentário: nego mordido porque não saiu a sua favorita, mulherada nos achando machista (magiiiina, tôla) e um até me chamando de racista porque fiz uma lista com brancas, loiras e gringas, e prometi um novo post só com as 10 mais belas negras que também são boas na música.


Doda disse que não era para tanto alarde, mas sabe como é... primeira vez que isso acontece comigo na blogosfera e não resisti e dei um belo print screen. Foda-se, acaboquei!




segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Super Steak Me



Muitas das vezes busco fundo na mente saber qual meu talento nessa vida. Sou médio em quase tudo que faço, exceto na arte de entupir artérias. Agora estou saboreando ainda a lembrança de minutos atrás, que em voz alta me proclamei um gênio da junkie food.

Passei no supermercado depois do trabalho com a intuição de que prepararia algo inesquecível, algo que um outro eu me olharia nos olhos e se apaixonaria, algo que me transformaria em ídolo de uma geração – isso no caso de conseguir reproduzir essa belezura em série.

Estava gripadão e com a resistência indo pras cucuias. Até que peguei uns steaks de frango da Sadia, queijo cheddar, mortadela Ceratti e pão baguete com gergelim. Baratos os danadinhos dos steak - uma alternativa pobretona para um suculento filé de frango empanado – e, quando bem utilizados, rendem um belo dum sandubão. Saca só:



X-DAMASTEAK CHEDDAR (C/ MORTADELA)


Ingredientes:

- 1 steak de frango Sadia (não sei porque estou fazendo propaganda dessa porra).
- 2 fatias de queijo cheddar da Pollengui
- 1 fatia de mortadela Ceratti
- Requeijão
- Parmesão
- Baguete com gergelim
- Manteiga Regata

Modo de preparo:

Com uma colher de manteiga regata na frigideira, jogue o steak de frango e espere ele fritar legal de um lado. Enquanto isso, corte o pão, coloque requeijão e meta-o fechado na sanduichera. Nessa hora, você já vai poder virar o steak: jogue a fatia de mortadela (dobrada para não grudar na frigideira) e o queijo cheddar por cima do steak. Use uma tampa de panela para fechar a frigideira, fazendo com que o vapor derreta o queijo por cima do steak e da mortadela. Enquanto isso, você pega o ralador de queijo e cubra as duas fatias abertas do pão com o parmesão ralado. Imaginou a mistura do requeijão quente com o parmesão por cima, hã?

Daí é só desligar o fogo, tirar o steak com o cheddar derretido da frigideira, jogar no pão, fechá-lo e, se possível, partir em dois. Enquanto você come um, aprecia as camadas de steak, mortadela, requeijão e cheddar derretendo na outra parte.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O caminho é longo mas não tenho pressa


“Eu preferia ir dormir. Esses festejos não significam nada pra mim, isso é só imposição do comércio”. Com a mesma ladainha de sempre, meu pai justificava uma tentativa desajeitada de cair dentro de um compromisso social. Estava com ele no carro seguindo para a casa de uma tia para nos despedirmos do ano de 2008. A conversa era sempre a mesma, o que me fez achar que estamos todos velhos. Mas aquele não era apenas mais um ano se passando, e sim o incrível ano de 2008.


O romper de ano traz alguma carga melancólica que sempre se disfarça entre marchinhas de carnaval e fogos de artifício. Mas esse foi de comemoração. Aquela coisa de “o primeiro ano dos restos de nossas vidas”, de ter certas convicções que seguirão com a gente rumo ao túmulo.


A passagem de ano dessa vez me marcou, vi ficando para trás um 2008 em que, além de ter completado os famigerados 30 anos, dei uma sacudida nas coisas e consegui virar o leme e mudar o rumo do barco. Larguei a vida de redação de jornal, tive a experiência de ficar uns meses escrevendo no exterior, voltei trabalhando num lugar mais tranqüilo, emagreci e engordei, terminei um namoro longo e continuei amigo (provando um certo amadurecimento, porque não?) e me apaixonei logo em seguida. O ano não poderia ter fechado de forma melhor.


Tudo isso sem contar o tremendo tapa que levei com essa história de Festival Se Rasgum. Tapa pra espetar, pra mostrar que o caminho é esse. Foi o festival que nos deixou mais satisfeitos e mais quebrados. Vendi meu carro sem remorsos para bancar um sonho acreditando que é esse tipo de ideologia que falta à minha geração. Não que eu me ache um exemplo a ser seguido, pelo contrário, mas talvez se a repressão que me cercasse fosse a de 64, eu teria sido um dos que tascou um coquetel molotov na moleira dos militares.


1978 a 2009. O passar dos anos se acumulando em minha história de vida com o peso de uma verdade se aproximando. As metas e falsas promessas para o ano novo já driblo como um craque, mas sempre bate a esperança de que alguma coisa mude, que o cigarro diminua, que se tome gosto por atividade física, que se leia mais livros do que antes, que finalmente monte uma banda. Como diria Kid Vinil, “eu vou chegar lá nem que seja na honestidade”.


A vitória não é a estabilidade econômica, carro e casa própria, mas a certeza de que as coisas boas continuem e as meia-boca dêem lugar a outras melhores. A gente sabe como fazer isso e nem precisa de champagne para brindar.