segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Se Rasgum apresenta Pélico (SP) no São Matheus

Voltamos definitivamente para assumir a Terça Lado B do bar São Matheus com pocket show de Pélico (SP) e DJs Se Rasgum



Nada de tempo para descansar, após o III Festival Se Rasgum, a gente volta assumindo definitivamente todas as terças do bar São Matheus. O projeto "Terça Lado B" inicia sua temporada de outubro com a apresentação do pocket show de Pélico (SP), compositor paulistano que chega a Belém acompanhado do baixista e produtor Jesus Sanchez (Los Pirata), e apresenta as músicas de seu EP e do primeiro CD no São Matheus.


Para saber mais sobre Pélico, checa aqui.



Pélico é a cara da nova geração do rock paulista, que utiliza elementos modernos com letras elaboradas e canções que podem remeter a um bolero, uma valsa. Mas é rock com o melhor gás pop que Pélico faz. É música sob medida para fãs de Bazar Pamplona, Los Pirata, Cidadão Instigado. A banda de Pélico é formada por dois Los Pirata (Loco Sosa e Jesus Sanchez) e Regis Damasceno do Cidadão Instigado.


Além do pocket show de Pélico, a festa ainda conta com a discotecagem dos DJs Se Rasgum antes e depois da apresentação. Isso sem contar com a melhor novidade do Bar São Matheus: cervejas Eisenbahn, Baden Baden e Devassa.



SERVIÇO

Pocket show de Pélico (SP)

Discotecagem: DJs Se Rasgum

Ingresso: 5 dinheiros

Bar São Matheus (Padre Eutíquio, 606)


domingo, 28 de setembro de 2008

Bons sonhos


Sinto sono. Agora tô com sono. No carro, dirigindo, sinto sono. Acordo com sono e durmo fácil. Sono sempre foi difícil de achar, mas agora que achei se tornou um problema. Acordar para trabalhar é um suplício e essa tem sido minha batalha diária.

Lembro do filme Insônia, de Christopher Nolan (pois é, o de Batman e Amnésia), em que Al Pacino parte para o Alasca para resolver um caso policial e acaba matando seu parceiro. Lá, ele fica insone devido ao clima sempre diurno. A atuação é fantástica, claro, e Pacino não dorme o filme inteiro e no final (foda-se quem não viu) leva um tiro e é amparado por uma policial que o auxiliava. À beira da morte, Al Pacino faz seu discurso bonito e no final diz: “agora já chega disso tudo, me deixe dormir”. Pra mim foi a melhor morte no cinema dos últimos 15 anos.

E quem resolveu bodar agora foi o Paul Newman. Quando era moleque meu pai assistia clássicos no vídeo da sala e eu sempre achava que caras como Newman, o parceiro Robert Redford, Clint Eastwood e Charles Bronson eram os fodões que nunca tinham problemas como dor de cabeça, ficar puto por levar um fora, parcelar a dívida no cartão de crédito e escutar Elton John e admitir gostar. Caras como Paul Newman sempre me fizeram crer que a era de se cultuar heróis no cinema não teria outro ciclo. Como diz meu amigo Tylon, se eles estivessem numa nave que pousasse na Terra à beira do fim do mundo, eles com toda certeza salvariam a humanidade. Já uma nave com Orlando Bloom, Johnny Depp, Brad Pitt e Will Smith deixara os seres humanos virarem cinzas. Lembro de Inferno na Torre e penso que Newman deve estar fazendo uma boa companhia ao bróder Steve McQueen.

Ta me dando sono.

Paul Newman, meu rei, durma bem.







Respeito é pra quem tem, mano!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Minha vida de volta

A dor no pescoço passou. Duas sessões de massoterapia oriental não resolveram a dor que sentia sempre que mexia o pescoço. Minha mãe e meus amigos falavam "é tensão por causa desse festival", mas eu achava que já era um sinal da decrepitude se aproximando e me pedindo para adotar um daqueles colchões duros que tornam infeliz uma noite de sono. Tomei um relaxante muscular tentando expulsar a dor e nada da safadinha se mandar. Depois dos três dias de festival, acordo numa bela e endividada segunda-feira, mexo o pescoço, dou uma cambalhota na cama e sigo feliz para o banho: a dor se foi!

As pálpebras pesam nesse momento tanto quanto as costas que carregam uma dívida de um dos melhores festivais do ano. Não tenho receio de dizer, o III Festival Se Rasgum foi como m filho que cresceu, se formou e ingressou numa bela carreira. É isso que eu, Gustavo, Marcel, Randy, Rafael e Renée sentimos depois de tantos dias enlouquecidos com a idéia de que trabalharíamos em cima de evento sem dinheiro. Há um mês, achava que esse festival – que já estava anunciado - não sairia. Já visualizava o declínio de nossas carreiras de produtores.

Mas então o festival aconteceu exatamente da maneira que esperávamos, vendo todos os shows, horários e produções dando certo – exceto a previsão de bilheteria. Ter Tom Bloch e Wado em casa era uma vontade antiga; ter Plebe Rude e Autoramas era um grito de amor ao rock; ter Maluquinho e carimbó era abrir o leque para a música criativa que esta na nossa fuça; e ter Shout Out Louds só comprovava que nossa intenção não é apenas colocar uma banda gringa, mas uma gringa muito boa. E não só o festival deu certo como nossa equipe se mostrou, com o passar dos anos, mais eficiente e tranqüila para um festival como esse.

Ainda teve a polêmica boba a respeito das minhas declarações na revista Rolling Stone sobre a Associação Brasileira de Festivais Independentes (se quiser ler é aqui) que me esquentaram a cabeça com cobranças de gente ofendida com a matéria.

Minhas pálpebras caindo, os olhos de sono e à espera do próximo Se Rasgum. Quero minha vida de volta por enquanto.

domingo, 7 de setembro de 2008

Com o motor ligado

Fui dormir pensando em Cláudia. Lembrei do dia em que completei 30 anos e paguei pelo acesso definitivo para a vida adulta. “Você não precisa saber quantos anos eu tenho. Isso não vai fazer nenhuma diferença”, ela disse vestindo o jeans por cima da calcinha fio-dental e deixando a bunda à mostra por alguns segundos generosos. Ficou de costas para mim e disse “pode beijar se quiser. É uma despedida”. Cláudia me fez ver que o amor comprado pode sair barato e se transformar num bilhete premiado.

O motor estava ligado e eu não sabia para onde ir. A maior merda da liberdade é não saber o que fazer com ela. Então recorri ao passado depois que vi uma loira com um vestido horroroso no supermercado. Ela sentou na mesa em frente e me olhou fixo, me fazendo crer que era Cláudia quem me assistia ali. Devia ter pegado o telefone, mas não, resolvi me apegar a uma foto da bunda sedosa e bem desenhada, dessas que faria o criador do Photoshop meter uma bala no coco de raiva por ver que sua criação não reproduz poesia.

Perdido e sem saber para onde ir, mas certo de onde não posso voltar. Essa merda de tom confessional de blog é o que estraga a literatura. É nessas horas tenho que pagar de Deus e traçar um enredo de um conto que, momentaneamente, me transportaria para a vida que gostaria de ter. Ser escritor deve ser maior do que ser pai. Tudo bem, egoísmo tem limite, eu sei, mas qual?

O fato é que agora durmo pouco, sonho muito e realizo médio. E essa tensão me causou uma puta no pescoço. Fiz uma escolha: todo ano vou esperar o mês de setembro passar rápido. No próximo ano, se tudo der certo, vou deixar tudo para cima da hora mais uma vez.

E numa outra próxima vez, sem erro, vou anotar a caixa-postal de Cláudia.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Híbrido vivendo entre nós

Flyer vigoriso bordado pelo - cada vez mais parceiro - Gustavo Godinho, inspirado no traço de Carlos Zéfiro

Vamo lá, o que acontece é o seguinte: tenho dado vazão ao DJ e produtor que há dentro de mim. Estou exatamente a 16 dias do III Festival Se Rasgum, o evento que a cada ano me deixa mais louco e doente.

Minha produção toda tem sido em cima dos releases que escrevo para divulgar não apenas o festival como as ações que o antecedem. Pois é, sou meio DJ também. Sou mais DJ do que gostaria e menos escritor do que tento ser. Eu sei, grandes merdas. O fato é que toda terça estou tocando no São Matheus, um bar sensacional de Belém, e eventualmente tenho sido convidado para umas festas indies ou malucaças que estão (ainda bem) proliferando por Belém.

Daí sábado (06.09) agora tem uma especial, que é o retorno do Suzana Flag aos palcos de uma festa da Dançum Se Rasgum Produciones.

Lembro que em 2003, havia acabado de retornar a Belém após uma temporada em Santos (SP), onde estudei e me graduei em Comunicação Social, e me deparei com uma banda que estava dando um novo ar à noite de Belém. Resolvemos fundar a Se Rasgum numa tentativa de escutar das caixas de som om ecoava em nossos quartos e carros. Na noite, não havia absolutamente nada parecido que acontecesse regularmente. Fizemos uma festa, deram umas 70 pessoas, pagamos as despesas e saímos com nossa conta paga. Pegando gosto pela coisa, ficou estabelecido que as festas teriam a freqüência quinzenal. Na segunda festa, chamada Nossas vidas não valem uma bala soft, ousamos e já colocamos o Suzana Flag (que ainda moravam em Castanhal) para tocar. Casa cheia e ficou gente de fora no Café Taverna. Insistimos em mais umas três festas e nos mudamos para a casa onde estamos até hoje, o Café com Arte. Lá, Suzana Flag já fez excelentes shows ao nosso lado. Acho que esse sábado será mais um desses dias.

Release da festa:

A volta do Suzana Flag

A Dançum Se Rasgum Produciones tem o orgulho de apresentar a volta de uma das bandas mais importantes do Pará: Suzana Flag se apresenta no palco do Café com Arte neste sábado, 6 de setembro.

Esquentando as turbinas para o III Festival Se Rasgum, a Dançum Se Rasgum Produciones traz ao Café com Arte um dos mais aguardados retornos do rock paraense. A banda Suzana Flag, que após um breve hiato para a gravação do aguardado segundo álbum, retorna aos palcos para o desfile de canções que já marcaram os anos 00, como Perdas e danos, Recreio e Eu vou lembrar você, do disco Fanzine. O álbum marcou para sempre a história do rock paraense, tanto na concepção genuinamente pop quanto na forma artesanal em que foi concebido.

Mais uma vez os fãs terão o prazer de assistir na galeria do Café do Arte ao show que marcou uma parceria de sucesso entre a Se Rasgum e a banda, que foi quem inaugurou a história da produtora com seu primeiro show em outubro de 2003, na festa Nossas vidas não valem uma bala soft, no Café Taverna. Além das canções que marcaram a trajetória do grupo, novas músicas do sucessor de Fanzine também estarão no repertório, como 3D, Híbrido e Antiaéreo, que mostram o novo rumo da banda com um som mais sofisticado e amadurecido.

DISCOTECAGEM

A festa ainda conta com a discotecagem dos DJs da Se Rasgum, tocando rock ‘n’ roll, indie, britpop e muita música brasileira, latina, ska, pop, e-rock e todas as baixarias permitidas no porão com funk pancadão, kuduro, technobrega, mas mãos da dupla Rafael Guedes e Randy Rodrigues. As picapes anfitriões chamam convidados especiais: A dupla Friko & Thiely fazem seu set juntinhos na pista comemorando o noivado; Maurício do Meachuta! Traz seu set para a pista; e Gustavo, da banda Filhos de Empregada, também empresta seu mau gosto musical para o público.

SERVIÇO
"A volta do Suzana Flag" neste sábado, 6 de setembro, no Café com Arte (travessa Rui Barbosa, 1437) com DJs Se Rasgum mais quatro convidados. Ingressos a 10 dinheiros até meia-noite. Depois é 15 pilas, nêgo!

E olha só o flyer genial da festa da Meachuta do dia 12, na antiga BBC:


segunda-feira, 1 de setembro de 2008

E dá-lhe Se Rasgum no São Matheus

Tá foda esse blog, né? Só chen!

Vai lá:

“Te arredai, maninho!” continua com o aquecimento do III Festival Se Rasgum, às terças, no São Matheus com música boa e cerveja gelada.

Sentar na roda, pedir o balde e deixa a conversa fluir. Esse é o plano de terça-feira nas noites da Se Rasgum no São Matheus. No pano de fundo, a trilha sonora perfeita para embalar uma ociosa noite de terça-feira, com clássicos do rock, anos 80 e 90, indie-rock, pop britânico, música latina, brasileira, ska etc. Nas picapes os DJs Se Rasgum: Damaso, Gustavo e Randy. E se o clima esquentar nas caixas de som, já sabe, é só arredar cadeiras e mesas e sebo nas canelas, meu filho.

As noites de terça são um aquecimento para o III Festival Se Rasgum, que será realizado de 19 a 21 de setembro no African Bar e Praça Waldemar Henrique, com mais de 30 bandas.


SERVIÇO
Se Rasgum no Saio Matheus (Padre Eutíquio, 606), todas às terças com DJs Se Rasgum. Couvert: 3 dinheiros.