Dia 5 de junho, sexta-feira, a Dançum Se Rasgum Produciones adianta o Dia dos Namorados na festa “Namorados Insanos”, na Mystical.
Revival aos anos 90 é a grande onda, a gente sabe. E juntando a nova onda da Se Rasgum a uma das festas tradicionais mais legais do ano, apresentamos orgulhosamente Namorados Insanos, a festa que vai espremer espinhas, fritar um ovo, coçar a costa, conhecer os pais e encarnar o papel de namorado cafonão para casais, pretendentes, casinhos, casados e solteiros em busca de aventuras.
Tudo o que fez da Ins’anos 90 um sucesso estará novamente na Mystical: Telão com o VJ Guto Baca, duelo no Street Fighter, banda TomaRock com um set novinho em folha e especialmente preparado para os casais em polvorosa, promoção de bebidas (você sabe, para facilitar as coisas com a mina) e o DJ Fernando Souza em mais um revival antológico com os grandes hits da Insãnu. Além, é claro, dos DJs Se Rasgum e suas discotecagens baseadas em uma memória trashpop, grunge e maracatuzenta.
Promoção 1: O que dá certo a gente repete. A promoção que movimentou o playlist e bagunçou a CDteca dos namorados no ano passado está de volta! O casal que nos apresentar o melhor set-list para uma discotecagem anos 90 vai tocar na festa. Quem quiser concorrer basta entrar na Comunidade da Se Rasgum, no Orkut, e postar seu set. O melhor set fará as honras de abrir a festa.
Promoção 2: Essa é para coroar ainda mais a noite dos amantes. Um casal será presenteado na noite com uma diária em um hotel classe A. É só preencher um cupom logo na entrada dando seu nome e e-mail e depois torcer para ser sorteado.Promoção no bar: A dose do Whisky Johny Walker Red Label e da Vodka Absolut a R$ 5,00 até meia-noite. E continua a promoção das 4 cervejas a R$ 10,00.
Banda: TomaRock e um show com as melhores lembranças da década de 90. Floriano e sua banda tiram o mofo da camisa xadrez, calça bag e dão um grau na cabeleira noventista para mais um show cheio de participações e surpresas.
DJs:G Bandini (Grunge, rock etc.)Damaso (Rock, pop, trashpop)Fernando Souza (hits da Insãnu)Marcel Arede ( Rock Nacional 90)
Hora: às 22h30 Data: 05 de junho, sexta-feira. Ingressos: R$ 10,00 até meia-noite / R$ 15,00 depois da meia-noite. Local: Boate Mystical (Avenida Tamandaré com Dr. Assis)
Numa manhã que antecede o dia em que se completa 31 anos, o novo disco do Wilco cai com a missão de dar fim ao inferno astral. Semana passada o Aloizio passou o link, baixei na hora e já o vi figurando na minha lista de melhores do ano de 2009. Todo ano tem o Wilco na minha lista? Claro, esses caralhos não param de lançar disco bom.
O grande barato em Wilco The Album é que ele passa longe da melancolia de Sky blue sky, mas está ali entre o astral de Summer Teeth e o lado leve do Yankee Foxtrot Hotel. Jeff Tweedy parece ter se livrado de uma vez por todas da depressão e agora anda bem workaholic e compondo cada vez melhor. Preste atenção em Wilco the song, You and i, Country disappeared e I’ll fight. É por discos como esse que sei que o novo rock não está perdido e posso correr para os 40 anos sabendo que bandas como o Wilco e Black Rebel Motorcycle Club continuarão me dando grandes discos.
Desaparecido há mais de 17 horas em São Paulo, tudo o que ele tinha era uma bela quantia em dinheiro na carteira. Tudo para gastar com bebida. A família já havia ligado para o IML, polícia e hospitais atrás de alguma notícia. Aquilo não era novidade, de vez em quando ele fazia a mesma coisa: saia para beber sem avisar a ninguém. Os escândalos já não eram mais novidades e as histórias, de tão tristes, acabaram se tornando engraçadas.
Já se passava das 4h da madrugada e nenhuma notícia. Os seguranças então passaram a fazer uma ronda em uma das Land Rovers da família. Foram em todos os possíveis bares que ele freqüentava e nada. O dia amanheceu e quem não se conformou mais com o sumiço foi a esposa, que entrou em seu carro – um desses importados que proletariados como eu e você sequer sabemos o nome – e passou a procurá-lo também pela região de Jardins e arredores.
Às 13h, então, uma amiga da família o viu e ligou para a esposa dizendo que ele estava em uma lanchonete conhecida na travessa Joaquim Eugênio de Lima. Ela acionou os seguranças e todos partiram para lá. E lá estava ele. Camiseta preta, calça esporte com muitos bolsos, sentado e quieto em uma mesa com uma latinha de cerveja na mão. Poderia ter aprontado todas e agora já não tinha mais fôlego para nenhuma onda. Ou poderia ter silenciado a euforia de dar um chute no pau da barraca e estar bebendo até não poder mais.
Os seguranças, devidamente trajados de homens de preto, o levaram com todo o cuidado, com o cuidado de uma mãe que troca a fralda de uma criança recém-nascida. Cada um o pegou por um lado, abriram a porta e o colocaram dentro do carrão da esposa. A esposa não falou nada e os seguranças ainda carregavam no semblante traços de constrangimento da cena de resgate deprê na lanchonete. Ao entrar no carro ele só fez um pedido à esposa: “me deixa ir com a latinha, tá?”. Ele era o rico. Ela só teve que agüentar.
Existem momentos na vida de um homem em que as dificuldades tentam acabar com o desejo em se erguer algo idealista e sonhador. Esses momentos são levemente driblados, mas a vontade maior é cair na real e pisar fixo no chão. Mas existem outros momentos em que a única coisa que se pode fazer é ter um certo orgulho de tanto trabalho.O Festival Se Rasgum, do qual sou organizador junto ao Marcel, Renée e Gustavo, foi citado pela Revista Bravo! entre os cinco festivais mais importantes da atualidade. Aparecemos, com muito orgulho, ao lado do Bananada, Goiânia Noise, Recbeat e Calango.
O tema, no entanto, me fez lembrar que preciso urgentemente publicar um texto que escrevi, aconselhado pelo Fabrício Nobre, depois de uma conversa bacana sobre uma reunião na Abrafin. Meu texto é sobre uma entrevista que dei para uma matéria na Revista Rolling Stone sobre os festivais independentes brasileiros. Bom, qualquer dia eu publico isso.
O box publicado na Revista Bravo! é esse aqui:
E a matéria do José Flávio Júnior, publicada no site da revista (sem os infográficos), você lê aqui.
Em 1995, solitário em meu quarto e atento às novidades da MTV, conheci a banda inglesa Oasis. A matéria apontava a banda dos dois irmãos como a nova promessa do rock britânico. Na seqüência passou o clipe de Rock ‘n’ Roll Star e vidrei no som. Meu amigo Wilker, que acompanhava essas coisas junto comigo, me ligou uns dois dias depois e disse que havia achado o disco do Oasis em uma loja no shopping por 6 reais. No mesmo dia, à noite, cheguei em casa, peguei minha bicicleta e fui ao shopping comprar o CD. Escutei demasiadamente, chegando ao ponto de saber tocar todas as músicas de Definitely maybe na guitarra. O CD que tenho hoje em minha prateleira é o mesmo de 1995, gasto, arranhado, usado. CD de fã. O meu disco favorito do Oasis.
Agora, 14 anos depois, finalmente vi uma apresentação da banda ao vivo. Estive no show da semana passada na Arena Anhembi, onde assisti, de longe, uma das minhas bandas favoritas tocando um punhado de minhas canções favoritas. O show trouxe exatamente o mesmo set list da turnê, com as mesmas músicas e na mesma ordem. O Oasis não é de surpreender, mas faz um show redondinho, bem tocado e com uma estranha empatia com o público.
Comprei o ingresso de pista. A área vip tinha, pelo menos, 100 metros e deixava o pobre fã muito atrás e pegando só o reverb do som. Apesar de estar distante do palco, de ter chegado totalmente molhado pela chuva pentelha que arriou antes e de estar bem baqueado de ressaca pelos excessos das noites anteriores, o show do Oasis foi como a realização de um sonho. As guitarras estavam baixas - Oasis agora é uma banda pop - mas estava tudo lá: os trejeitos boçais de Liam, o carisma e talento de Noel, a iluminação perfeita de palco, telões e os outros integrantes do grupo, ex-músicos de bandas que eu adoro: Ride (o baixista Andy Bell), The La’s (o baterista Chris Sharrock) e Kula Shaker (o tecladista Jay Darlington).
Depois da vinheta de Fuckin’ the bushes, somente para a banda se posicionar no palco, o hit Rock ‘n’ roll star fez com que eu e os 25 mil fãs que lotavam a Arena Anhembi pulássemos e cantássemos a música que evoca o refrão inconseqüente: “Vou pegar meu carro e me mandar pra longe, onde ninguém se importa com o nosso jeito. Na minha cabeça, os sonhos são reais e agora você se preocupa em como me sinto. Toniiiiiiight i’m a rock ‘n’ roll star!”. Depois dessa era só vibrar com a seqüência que intercalava músicas do último disco, Dig out your souls, com outras músicas inesquecíveis como Cigarettes & Alcohol, Lyla, The Masterplar, Slide away, Morning glory, Wonderwall (em que patricinhas corriam pra frente após soltar um “ai, é a minha música” para a pessoa ao lado), Supersonic (onde senti mais falta das guitarras altas), Champagne Supernova e Don't Look Back In Anger, tocada somente no violão por Noel em um dos momentos mais emocionantes do show. Momento, aliás, que Noel mostra que a voz baqueada de Liam pode muito bem se aposentar.
Olha o setlist aí:
- Fuckin In The Bushes
- Rock Roll Star
- Lyla
- The Shock Of The Lightning
- Cigarettes & Alcohol
- The Meaning Of Soul
- To Be Where Theres Life
- Waiting For The Rapture
- The Masterplan
- Songbird
- Slide Away
- Morning Glory
- Ain't Got Nothin'
- The Importance Of Being Idle
- Im Outta Time
- Wonderwall
- Supersonic
Bis:
- Don't Look Back In Anger
- Falling Down
- Champagne Supernova
- I Am The Walrus
Na boa, eu adoro Beatles, mas que coisa mais óbvia terminarem com o mesmo cover de I am the Walrus em todos os shows, heim? Como se já não bastasse o Cachorro Grande sempre fechar com Helter Skelter. É padrão demais para um show de rock. Apesar de que, padrão não atrapalha muito no caso do Oasis, que tem as músicas todas parecidas, solos de guitarra limitados, vocalista com zero de carisma e, mesmo assim, é uma das melhores bandas de rock da atualidade.
Gosto quando meu inferno astral vem intercalado com momentos sublimes. O final de semana, prolongado pelo feriado do dia dos trabalhadores, foi de puro rock em momento em que a noite de Belém está numa ótima fase. Na quinta-feira, saí com Dudu e Juliana – era a noite da Débora beber com as amigas – e resolvemos conhecer o Capital Lounge Bar, novo point playboy na ex-rua do glamour, a Braz de Aguiar. Apesar da minha dose de Jack Daniels vir caprichada, o cardápio era totalmente sem noção, colocando a Eisenbahn Dunkel a 19 reais e a Strong Golden Ale, da mesma marca, a 7 ou 8 reais. Devassa a 6 reais também, vai entender. Talvez eles dêem o preço pela cara da cerveja. Enfim, foi um detalhe engraçado, nada demais. É mais um lugar pra vender água que passarinho não bica.
De lá, já acompanhados do Marcel, Argemon e Débora, caímos em outro bar novo no Umarizal (Wandecok com Jerônimo Pimentel). Um barzinho legal com hip-hop, reggae e ritmos maguinhos rolando. Cerveja gelada e um puta fundo de quintal cheio de maluco. Mais uma bica de água boa.
Sexta-feira foi dia de festa This Is Radio Trash que, como costumo dizer por aí, é a melhor festa rock de Belém. Antes de lá, no entanto, fui à hamburgueria de meu amigo Arturzão Bestene, a Rock ‘n’ Roll Circus. Tracei um hamburguer de frango. Ok, sou fã de frango. O sanduíche preparado pelo meu amigo era simplesmente delicioso, ainda mais acompanhado do molho de mostarda com maionese e ervas. Próximo destino: Amnésia Pub. Fui convidado na noite de sexta-feira para tocar na This Is Radio Trash. Apesar dos pequenos contratempos com o som, a festa mais uma vez foi fenomenal com a moçada se divertindo ao som de rockabilly, garage, psychobilly, punk e surf music. No meu set rolou Elvis, Eddie Cochran, The Dixie Boys (Aê, Samillão!), Detroit Cobras, The Bellrays, Mudhoney, Hellacopters, MC5, AC/DC etc. Queria poder fazer um set assim toda semana.
Saca a alegria do garoto
Sábadão foi dia de testar o karaokê indie no sítio do Gustavo. Podem aguardar, a Se Rasgum vem com uma puta surpresinha legal no mês de julho. Aliás, só pra lembrar, tem Banquinho & Distorção nesta terça-feira, 5 de maio, no São Matheus de novo.
Saca aí o release:
Banquinho & Distorção de volta em maio!
We’re back! Exatamente isso que você está se perguntando. Não conseguimos ficar longe de seus gritos estridentes, falsetes desafinados, acordes mal tocados e perfomances constrangedoras. O barulho e lembrança da tentativa do sucesso absoluto ecoavam em nossas cabeças e não nos deixavam dormir em paz. Por isso, rapeize, nada de pânico. O degrau para a fama das terças endiabradas do São Matheus está de volta.
A Dançum Se Ragum Produciones volta com a mesma competição do mês de março, com quatro eliminatórias (nos dias 5, 12 19 e 26 de maio), começando nessa terça-feira, 5. O mestre do entretenimento noturno Artur Bestene estará de volta ciceroneando nossos participantes, chamando o público para o palco.
Mais uma vez, os candidatos concorrem ao grande prêmio no dia 26 de maio – só que a surpresa sobre o prêmio ainda será mantida. O balde de cerveja e a camiseta ainda estão na mão, malandro. É prêmio para o melhor e pior da noite.
Prepara esse gogó, meu bem. Vai no Cifra Club e ensaia, pois terça-feira é dia de Banquinho & Distorção no São Matheus.
Apoio: One Informática e Ná Figueredo.
Banquinho & Distorção – Edição de maio Ingressos: 5 dinheiros. Dia: 05.05.2009 Hora: A partir das 21h.