domingo, 12 de dezembro de 2010

A canção que vai ficar


 
Entrando na van que me deixaria no aeroporto, na porta do hotel em Belo Horizonte, uma adolescente se aproxima e pergunta para uma das pessoas que estava comigo no carro se nós éramos da produção da banda Cine, que estava hospedada no mesmo hotel. Ali, pensando em milhões de piadas para ganhar a simpatia do grupo da van e deixar meu emblema sagaz na inocência juvenil mineira, me distraí analisando a situação como algo completamente distante do meu universo: o fanatismo.

Banda Cine: orgulho de não gostar sem ter escutado uma música
 
No meu meio musical existem artistas médios, ligeiramente famosos e mais cultuados do que abençoados pela massa. Em Belo Horizonte, na Feira Música Brasil 2010 (de onde acabo de voltar), produtores, selos, artistas, instituições e gestores de programas culturais se encontraram para discutir soluções, propor estratégias, se conhecer e ampliar seu network. E ali, naquela mesma cidade, simultâneo à FMB, cinco garotos paulistanos com roupas emprestadas do Tiririca levavam, numa noite qualquer, toneladas de garotinhas que fazem parte de um nicho que eu simplesmente esqueci que existia.

Os fenômenos da música pop dos dias de hoje estão completamente distantes do que já foi nas décadas passadas (começando no auge da beatlemania 60’s) e nunca pensei que estariam tão afastados do meu circuito de trabalho. O fato de não esperar um sopro do destino e trabalhar por uma música mais real e honesta torna o empenho de uma pessoa envolvida nessa cadeia da música muito maior. E por mais que o cansaço nos faça pensar direito em seguir adiante, é justamente quando vemos estourar um produto massificado por empresários viciados no meio musical que sabemos que alguma coisa precisa ser feita.

E aí vem a porra do rótulo de “Música Alternativa”. Aceitaria como categoria se bandas como Cine e Restart entrassem no estilo de “Música Passageira” ou “Banda Efêmera”. Ainda mais depois de um final de semana de shows  inesquecíveis como Tulipa Ruiz, B Negão e os Seletores de Freqüência, Mestres da Guitarrada, Babilak Bah, Lucas Santanna (que fez o melhor show da Feira Música Brasil 2010) e Otto (que recebeu no palco Lirinha, Bebel Gilberto e Elza Soares, comprovando que este foi definitivamente seu grande ano). E nesse caminho, o que prevalece ainda é a canção, só ela, sem fanatismo e histeria.

E no meio da troca de materiais, um rapaz de trejeitos afeminados me entregou um envelope azul com um CD gravado, uma foto em A4 com um release mal escrito. A primeira referência que me deu é que sua banda já havia sido a atração de abertura de shows dos multicoloridos Restart e Cine. E eu falei “ah, é nesse nível é?”. E ele deu uma leve surtada e disse “ah, meu, o que é cultura hoje em dia? Porque Caetano é cultura e Restart não é?”. Dei duas tragadas no cigarro, balancei a cabeça e não consegui emitir um ruído depois daquela indagação sobrenatural. Por mais que eu tivesse um milhão de argumentos , era um embate desnecessário e fora de contexto. E eu não estou mais nesse mundo pra isso.


E Lucas Santanna ainda chama Pio Lobato para participar de seu show
               
 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A noite mais linda do mundo


Otto Maximiliano e o fôlego galego

De frente para o palco vendo um Otto animadaço, com a manhã de domingo surgindo no céu e as meninas requebrando - enquanto os rapazes olhavam melhor ao redor para ver direito a carne que beliscariam, dei o primeiro suspiro de alívio com um gole da cerveja Tijuca descendo macio pela garganta. São os momentos de tensão de organizar um festival como o Se Rasgum que me fazem pensar em jogar a toalha branca. Mas são os mesmos momentos que dão um orgulho fudido.

O sábado, segunda noite do V Festival Se Rasgum, tenha talvez um dos melhores line ups de bandas de fora do Se Rasgum: Otto, Odair José, Cabruêra, Cidadão Instigado, Graforréia Xilarmônica, Soatá (uma das maiores surpresas do Festival) e o Lê Almeida. Era uma noite com uma das melhores programações que ainda tinha os locais Dharma Burns, Mostarda na Lagarta, Nelsinho Rodrigues e Félix Y Los Carozos, mas um céu que desabou me fez esquecer das boas intenções. E mesmo com Otto entrando às 4h47, a noite terminou de maneira mágica. Tudo o que as boas intenções da produção alinhadas com o astral contagiante de Otto poderiam proporcionar.

Veja o vídeo mais acessado feito por alguém na platéia até o momento:



Foi nesse gole de cerveja, conversando com meus amigos Vladimir Cunha, Tylon Maués e suas respectivas Dani Smith e Aline Monteiro, que pude saborear com gosto a vitória de uma noite sabotada pela chuva. Mas quem estava ali via, entre outras coisas, uma certa alegria na cara de Fernando Catatau em tocar para aquele público com seu Cidadão Instigado. 


Um quadro todo moderninho

Odair José foi pura emoção

“Você que é o Marcelo? Tenho que parar com essa minha mania de tentar imaginar as pessoas”.  Pro bem ou pro mal, foi com essa frase espirituosa que Odair José me cumprimentou no aeroporto, quando tive que fazer uma das milhões de missões de última hora que tomam de assalto a qualquer toque no celular.  Essa era uma missão tranqüila.

No começo da tarde de sábado, no mesmo pátio do Aeroporto Val de Cans, de Belém, se encontravam Kuru Lima, nosso querido parceiro e incentivador, junto com Odair José e os três quarentões da Graforréia Xilarmônica que, feito três garotos diante de um ídolo do futebol, pediram para tirar uma foto com Odair.  

E foi exatamente ele, que por volta de 1h fez um dos shows mais emocionantes da quinta edição do Festival trazendo a Belém algo que sempre lhe foi muito familiar, canções de amor que foram o berço da música brega. Capas de vinis levantadas, mãos para cima e um coro cantando Eu vou tirar você desse lugar, Pare de tomar a pílula, Cadê você, A noite mais linda do mundo, entre outras canções que fizeram muita gente lembrar de alguma coisa no passado. Guto, da banda Dead Lovers Twistted Heart, que acompanhou Odair e foi um dos grandes responsáveis pela parceria, pegou o microfone e disse “quem precisa de Paul McCartney se nós temos Odair José”. E no bis, Odair voltou com Foi tudo culpa do amor, que nem eu, nem muita gente que não pára de falar em Paul McCartney sabia que era uma versão particular de Odair para a música Some people never know, da fase Wings de Macca.


Hangar
Houve os espíritos bagaceiros que não gostaram de uma festa num local moderno, com ar condicionado, estacionamento seguro e bem estruturado. Mas para mim, a noite no Hangar foi talvez a melhor. Não só pela programação mais enxuta e menos trabalhosa, mas pela atmosfera boa que circulou o Hangar na noite de sexta-feira. Ainda que exista essa força estranha que deixa as pessoas endiabradas em dia de festival e faz a onda durar até muito tarde, a festa de abertura teve seu horário de encerramento às 4h30. 

André Abujamra e o show filme de Mafaro

Marcelinho Da Lua, Patrick Tor4 e a moçada do deck (Meachutas e Pedro Dey’rot, do Bonde do Rolê) deram o ar de festa que a noite com quatro shows precisava ter nas mãos de DJs. Voltei para casa com um cansaço bom de sentir após ter visto o show Mafaro, do André Abujamra, pra mim entre os três melhores do Festival. Mas concordo com o Rafael Guedes que disse que talvez Belém ainda não estivesse preparada para um show do André Abujamra. Mas os que entenderam e gostaram do show sabem que estiveram diante de uma das apresentações mais interessantes e criativas da música contemporânea, que fez par com a modernês do show de Felipe Cordiero e Os Astros do Século.

Distante de tudo
Na noite de domingo, em que tudo corria bem – exceto a preocupação com os Slackers que chegariam do aeroporto direto para o palco, respirava tranqüilo e sorria com mais facilidade. Foi uma noite shows excelentes e consagrações, como Emicida, Graveola, Projeto Secreto Macacos e os Slackers, que talvez ninguém esperasse um show tão pra cima com metais, figuras excêntricas e o público fazendo tremzinho. Bruno B.O, Madame Saatan e Delinquentes já tinham o show ganho. Bruno porque se consagrou nas Seletivas Se Rasgum. Madame Saatan porque não tacava em Belém há mais de um ano. E Delinquentes porque é Delinquentes. E foi no show deles que eu mais me diverti observando Patricias e Maurícios “do rock” ensaiando air drums e trejeitos de headbanger de playground. Mas lá na frente do palco uma roda de polgo comia e eu concluía que, agora sim, o festival estava completo.

Jayme Katarro e a rolda de polgo


No almoço com Dado Villa-Lobos já tinha sacado qual era a do cara. A simpatia era toda aquela que as pessoas falavam. No caminho para a mesa, a Tiara Klautau, nossa coordenadora de receptivo, me disse “o Dado é um fofo”. Batemos um papo sobre a Rock it!, seu selo que lançou, nos anos 90, um monte de gente legal como Second Come, Maria Bacana e Sheik Tosado, ex-banda de China - outro personagem nobre que figurava pelo festival como repórter da MTV Belém e que, pelo seu carisma e pela pequena participação no show de Otto, já garantiu seu lugar no VI Se Rasgum.

E foi à noite, na apresentação dos Los Porongas, que vi que aquele festival tinha me deixaria marcas que eu jamais gostaria de remover. Dado entrou no palco na metade do show e a banda e ele tocaram juntos “Mais do mesmo”, uma das minhas músicas favoritas da Legião Urbana. E misturando a emoção que todos os quatro porongas incorporam no palco com as músicas fora de série (Silêncio e Sangue novo são do próximo disco) e o final com a dobradinha Nada além e Tempo perdido, a segunda da Legião Urbana. E não importava mais o quanto as bandas covers desse país haviam massificado a música pelos barzinhos e festivais de colégio. Naquele momento, era Dado quem tocava a guitarras mais conhecidas das duas últimas gerações do rock nacional. Bonito ver o African inteiro cantando junto. Mais bonito ainda foi ver Jayme Katarro na minha frente vibrando com o hino juvenil puxado do pulmão num vigoroso “somos tão joooovens!”.

Dado e Diogo tocando Legião Urbana


Não é segredo que o V Festival Se Rasgum teve um sabor diferente para mim e para a Renée. Pois foi um ano de divisões e que nossos sócios Marcel e Gustavo resolveram correr atrás de outros objetivos, e que nós dois ficamos tendo que assumir a responsabilidade de fazer a quinta edição do evento. Por isso, nos aliamos aos Soniques Giba e Soneca e trabalhamos para fazer um evento profissional e com o reconhecimento que vem acumulando com o passar dos anos.


P.s: E tudo que nos restou foi uma reclamação tremenda de fãs do Matanza e de gente que quer sempre as mesmas bandas, além de um incrível fora que dei na TV Liberal ao vivo com o repórter fazendo gestos que só ele entendia e me cortando lindamente ao vivo e me tornando a piada do Festival.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

V Festival Se Rasgum




V Festival Se Rasgum divulga programação

Otto, The Slackers, Dona Onete, André Abujamra, Graforréia Xilarmônica, Madame Saatan e os combinados Los Porongas com Dado Villa-Lobos e Odair José com Dead Lover’s Twisted Heart chegam para a quinta edição do Festival Se Rasgum. Serão mais de 25 shows nos palcos do Hangar (12 de novembro) e African (13 e 14) com o melhor da nova música brasileira.



Novembro é mês de Festival Se Rasgum. E de uma programação especial na quinta edição do evento que conquistou Belém com sua diversidade musical, trazendo entre suas apostas shows que vão do indie rock lo-fi ao ska-reggae, passando pelo brega, heavy metal, pop e guitarrada. O V Festival Se Rasgum traz a Belém Otto, Cidadão Instigado, André Abujamra, Emicida, Graforréia Xilarmônica, Cabruêra, Lê Almeida, Dubalizer, Graveola e o Lixo Polifônico e os shows combinados Odair José com Dead Lover’s Twisted Heart e Los Porongas com Dado Villa-Lobos, além de uma atração internacional, a norte-americana The Slackers

O pernambucano Otto será o headline do dia 13, no V Se Rasgum

As convidadas de fora chegam para contracenar com o melhor da nova música paraense, representada pela guitarrada de Pio Lobato; o flashbrega de Nelsinho Rodrigues; o experimentalismo regional com cúmbia de Félix Y Los Carozos; e dois grandes representantes do rock locais: Madame Saatan - que finalmente se apresenta em Belém depois de mais de um ano - e a veterana Delinqüentes. Além das seis bandas que passaram pela aprovação do público e jurados nas Seletivas: Bruno B.O, Mostarda na Lagarta, Dharma Burns, Paris Rock, Projeto Secreto Macacos e Felipe Cordeiro. (projeto de ex-integrantes do La Pupuña); o carimbó da compositora paraense Dona Onete.

Madame Saatan volta a Belém para a alegria de seus fãs fervorosos


Graforréia Xilarmônica é um presente para os fãs de rock gaúcho


Serão dois palcos onde as atrações se revezarão sem intervalos entre os shows, além do já tradicional Laboratório, que este ano receberá o tratamento do site Música Paraense (www.musicaparaense.org), que juntamente com a curadoria do Se Rasgum dará ao espaço (a boate refrigerada dentro do African) DJs, shows e projetos dedicados à música paraense. A estrutura do Festival ainda abraça a feira de moda paraense, praça de alimentação e Ecolounge (espaço voltado ao descanso do público e à conscientização ambiental), além de  cultura urbana, representada por ações de grafitagem e stêncil.

O evento terá ainda venda de CDs, camisetas e souveniers do evento, além de uma Praça de Alimentação diversificada, incluindo a culinária paraense.

Todas as informações sobre o evento estão no site www.serasgum.com.br. O Festival Se Rasgum integra o Conexão Vivo - iniciativa da Vivo voltada ao desenvolvimento do setor musical brasileiro - e será transmitido ao vivo pelo Portal www.conexaovivo.com.br. O Se Rasgum é filiado à Abrafin – Associação Brasileira de Festivais Independentes.


Diversidade
A festa de abertura do V Festival Se Rasgum no Hangar terá um convidado muito especial, o compositor-ator-arranjador André Abujamra. Líder da banda Karnak, filho do ator Antônio Abujamra e um dos compositores brasileiros mais criativos e sem fronteiras, Abujamra será a atração de encerramento da festa de abertura, que dá largada para o V Festival Se Rasgum. A noite ainda terá os shows do rockão de baixo, bateria e voz do trio mineiro The Hell’s Kitchen Project, e dos locais Dona Onete e Felipe Cordeiro, além das discotecagens de DJs convidados especialmente para a ocasião , como Marcelinho Da Lua (da banda Bossa Cuca Nova) e Patrick Tor4, que se apresentam no palco principal após o show de André Abujamra. E no deck do Hangar quem vai fazer comandar o lado B da festa são os DJs Meachuta (Pedro, Maurício e Gil), junto com o convidado Pedro D'eyrot (do Bonde do Rolê).

Percussionista da primeira formação de Nação Zumbi e Mundo Livre SA, o pernambucano Otto também faz sua estréia nos palcos paraenses apresentando o resgate de ritmos brasileiros fundidos à eletrônica, sonoridade que virou a marca de seu trabalho. A banda de Otto traz ainda Pupilo, baterista da banda Nação Zumbi, e Fernando Catatau, gênio por trás da banda Cidadão Instigado, outra atração inédita em Belém e que se apresentará no V Se Rasgum.

Emicida traz suas rimas nervosas e espertas pro domingão do Se Rasgum

Ícone maior do brega brasileiro e gênio criador de dezenas de hits populares, o goiano Odair José se apresenta ao lado dos mineiros do Dead Lover’s Twisted Heart, já conhecidos do público paraense desde a última edição do Se Rasgum. Já os acreanos do Los Porongas fazem uma apresentação memorável ao lado de Dado Villa-Lobos, ex-guitarrista da Legião Urbana, banda que embalou uma geração e, mesmo extinta, continua a agregar novos fãs.

Das quebradas do bairro novaiorquino do Brooklyn vem os lendários The Slackers, com sua mistura de ska, rocksteady, dub e garage rock, acrescentando em grande estilo o tempero gringo do Festival.

Os Novaiorquinos do The Slackers encerrarão a quinta edição

Autor do explosivo hit “Me Libera”, Nelsinho Rodrigues e sua baladeira representam o grande momento do flashbrega paraense em uma das apresentações mais surpreendentes do Festival Se Rasgum. Consagrado na cena nacional, Pio Lobato segue destilando a guitarrada que ajudou a redescobrir, enquanto Félix Y Los Carozos flertam também com a cúmbia e o carimbó, trazendo ao palco diversas participações especiais, como Pro.efx e Gaby Amarantos.

Além das grandes atrações locais e nacionais, o Festival aposta ainda nas seis vencedoras das Seletivas Se Rasgum, realizadas em setembro em Belém. O hip hop de Bruno BO, o brit pop da Dharma Burns, o rock n roll escrachado da Mostarda na Lagarta, o experimentalismo do Projeto Secreto Macacos, o indie rock da Paris Rock e a lambada de Felipe Cordeiro foram classificados entre mais de 100 bandas inscritas e têm no Festival Se Rasgum a oportunidade de mostrar seus trabalhos para o grande público.

Coleta seletiva
A parceria do Festival Se Rasgum continua com a ONG No Olhar, que realizará ações ambientais durante o evento, como a coleta seletiva e o projeto “Amigo do Catador”. O projeto da ONG é feito através da Associação dos Catadores de Lixo.

Conexão Vivo
Dezenas de projetos musicais de todo o país fazem parte do Programa Conexão Vivo, que reúne shows, festivais independentes, gravação de CDs e DVDs, produção de videoclipes, programas de rádio, oficinas e seminários que compõem uma rede nacional e permanente de atividades culturais envolvendo artistas, gestores e produtores culturais, iniciativas públicas e privadas.

O Conexão Vivo realiza ao longo do ano um circuito próprio de eventos onde toda essa diversidade de ações acontece conjuntamente. Além disso, o programa também está presente em muitas das mais importantes iniciativas da cena musical brasileira, seja com o patrocínio de projetos ou parcerias artísticas em eventos de destaque no calendário nacional, como acontece agora com o Se Rasgum e outros festivais independentes como o Jambolada, Arte na Praça, Primeiro Campeonato de Surf Music e 53 HC (Minas Gerais), Omelete Marginal (Espírito Santo) e Coquetel Molotov (Pernambuco).

A construção e articulação de redes culturais nacionais, em diferentes segmentos artísticos, é o foco da Política Cultura da Vivo, que tem no Conexão Vivo uma de suas principais iniciativas. Detalhes sobre as outras linhas de atuação e sobre as formas de participação nos Programas Culturais Vivo estão disponíveis no www.vivo.com.br/cultura. E para saber mais sobre o Conexão Vivo, acesse o portal www.conexaovivo.com.br.

Laboratório MúsicaParaense.Org
Conquistando seu espaço como o terceiro palco do Festival Se Rasgum, o Laboratório começou como um projeto reservado para DJs, sons experimentais e pequenos shows. Na quinta edição, o espaço ganha força como Laboratório MúsicaParaente.Org, voltado para os DJs, bandas e artistas locais que representam as novas tendências da música do estado. A programação terá DJs como Pro.efx, Bembom e João Brasil (num link ao vivo de Londres, especial para o Festival Se Rasgum), e shows da Gang do Eletro, Proe.fx e um show que reúne as cantoras Juliana Sinimbu, Aila Magalhães e o cantor Arthur Nogueira.


II Semana de Profissionalização da Música Paraense

Dando continuidade ao projeto que teve sua primeira edição realizada no ano passado, a II Semana de Profissionalização da Música Paraense será realizada de 9 a 12 de novembro no Sebrae Pará, fortalecendo a parceria que estimula a formação de novos profissionais. Aposta também no empreendorismo na área cultural, tanto dentro da produção musical como artística, técnica, empreendedorismo, gestão e direito, além de fortalecer discussões referentes à economia criativa e políticas públicas culturais. Serão oficinas, palestras e debates realizados durante a tarde e à noite no Sebrae Pará. A programação completa da II Semana de Profissionalização da Música Paraense será divulgada em breve, também no site do Festival.

A parceria do V Festival Se Rasgum com o Sebrae se repete Na II Semana de Profissionalização da Música Paraense. O Sebrae investe na iniciativa no mercado musical dentro do projeto Pará Pró Música.

A programação inclui um Workshop de Formação de Roadie, Produção Musical, Oficina de Luthieria, Técnica de Improvisação e Prática de Grupo, entre outros.

A II Semana de Profissionalização da Música Paraense será aberta ao público, mirando seu foco em artistas e profissionais da música. A Semana será divida em quatro eixos temáticos: Artística e Técnica; Comunicação, Inovação e Tecnologia; Empreendedorismo, Gestão e Direito; Economia Criativa, Sustentabilidade e Educação.

Festival Se Rasgum
O Festival Se Rasgum surgiu com o objetivo de expandir a musica independente do Pará para todo o País e tem hoje a força cultural não só do cenário musical da região, mas uma das maiores vitrines da música moderna para todo o Brasil e para o mundo.

Em sete anos de atividades, a Se Rasgum trouxe a Belém mais de 60 nomes de todas as regiões do Brasil e quatro atrações internacionais, dos EUA, Canadá, Suécia e Uruguai, além de ter dado espaço para um número muito maior de bandas locais. Em 2009, 106 bandas paraenses de diferentes gêneros e estilos se inscreveram para participar do Festival, numa clara demonstração do apelo que o evento possui hoje entre a classe artística do Estado. Este ano não foi diferente: mais de 100 bandas enviaram seus materiais buscando uma das 20 vagas para tocar nas Seletivas.

Sucesso de público e crítica, o terceiro Festival Se Rasgum, realizado em 2008, encravou o Pará definitivamente na rota do circuito de festivais do País. Quebrou barreiras históricas entre alguns estilos ao reunir num só festival ritmos como rock, guitarrada, carimbó, tecnobrega, dub, reggae, hip hop, indie, eletrorock, gótico, hardcore, punk, samba rock e tantas outras coisas que ainda estão por ser rotuladas.

Desde então, unindo cultura pop, respeito ao meio ambiente e responsabilidade social, o Festival tornou-se um dos cinco festivais mais importantes da atualidade, conforme apontou a Revista Bravo!, uma das mais respeitadas publicações de cultura do País. O Brasil vive, atualmente, uma grande renovação musical - em termos criativos e de mercado - com bandas e artistas surgindo de todas as regiões do país, e a Se Rasgum acompanha de perto essa movimentação.

Festivais como o Se Rasgum permitem que novas bandas consigam chegar mais próximo de seus fãs, um publico exigente e cada vez mais ávido por novidade e originalidade, dando ênfase aos mesmos festivais que, nos anos 60 e 70, revelaram talentos como Gilberto Gil, Chico Buarque e Edu Lobo.

André Abujamra é atração da festa de abertuta no Hangar



*PROGRAMAÇÃO

SEXTA – 12.11 - Hangar
[A partir das 22h]

André Abujamra (SP)
Felipe Cordeiro (PA)
Dona Onete (PA)
The Hell’s Kitchen Project (MG)

+ DJ convidados
Palco:
Marcelinho da Lua (Bossa Cuca Nova – RJ)
Patrick Tor4

Deck:
Pedro D’eyrot (Bonde do Rolê – PR)
DJs Meachuta


SÁBADO – 13.11
[a partir das 20h]

Otto (PE)
Félix Y Los Carozos (PA)
Cidadão Instigado (CE/SP)
Nelsinho Rodrigues (PA)
Odair José (GO) + Dead Lover’s Twisted Heart (MG)
Graforréia Xilarmônica (RS)
Cabruêra (PB)
Lê Almeida (RJ)
Soatá (DF)
Dharma Burns (PA)
Mostarda na Lagarta (PA)


DOMINGO – 14.11
[a partir das 20h]

The Slackers (EUA)
Madame Saatan (PA)
Los Porongas (AC) + Dado Villa-Lobos (RJ)
Pio Lobato (PA)
Emicida (SP)
Graveola e o Lixo Polifônico (MG)
Delinquentes (PA)
Bruno B.O (PA)
Dubalizer (SP)
Projeto Secreto Macacos (PA)
Paris Rock (PA)


LABORATÓRIO MÚSICA PARAENSE.ORG

SÁBADO – 13.11                             
19h - DJ David Sampler
20h - V.N – (Vida Noturna)        
21h - DJ Pro.Efx
22h - Mestre Juvenal
23h - Machines Of Shiva             
0h - DJ Zenildo (Brasilândia)
1h - Cocota de Ortega

DOMINGO – 14.11
19h - DJ João Brasil (Link Belém/Londres)
20h - Árvore Ar
21h - DJs Bem bom
22h - Sinimbú + Aíla + Nogueira
23h - DJs Bernardo (Bassemotion) / Albery (Tuntz)
0h - Yeman Jah Root
1h - DJ Waldo Squash, Maderito e Gang do Eletro

*A programação está sujeita a alteração


INGRESSOS À VENDA:
Passaporte para as três noites: R$ 40,00 (meia* / 1º lote), R$ 50,00 (meia / 2º lote) e R$ 60,00 (meia / 3º lote)
Ingressos antecipados por dia (apenas na semana do Festival): R$ 25,00 (meia*) para sábado ou domingo.

A partir do dia 25 de outubro, no quiosque do Boullevard Shopping, estaremos aceitando todos os cartões de crédito.

Ingressos por dia (na hora): R$ 30,00.
Pontos de venda: Ná Figueredo (Gentil Bittencourt, 449 e Estação das Docas) e no quiosque da Se Rasgum, no Boullevard Shopping (1º piso).

* Meia entrada para clientes Vivo, Estudantes da Estácio – FAP e quem apresentar postal do evento na hora da compra.



PATROCÍNIO:
Vivo / Estácio Fap / Cerpa / Aspen / Sebrae

APOIO INSTITUCIONAL:
Lei Semear / Fundação Cultural Tancredo Neves

REALIZAÇÃO:
Dançum Se Ragum Produciones / ACAI

CO- PRODUÇÃO:
 Sonique Produções



terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mais Smirnoff Nightlife



Teve gente que me falou que foi a Exposição Smirnoff @ Nightlife, em São Paulo, e que curtiu muito a parada. A exposição contava os últimos 40 anos de nightlife no Brasil foi até o domingo passado, 17, no castelinho da Brigadeiro (Av. Brigadeiro Luís Antonio, 826). A exposição tinha fotos, discos e outros objetos que ajudam a relembrarcomo era a balada nos anos 70, 80, 90 e 2000. Era lá que estavam os textos que escrevi sobre o que era a noite de Belém nas décadas passadas.

Na mesma exposição tinha um bar montado que servia  drinks das diversas décadas, além de uma pista de dança comandada por vários DJs. A programação, que era gratuita, vinha sendo divulgada pelo Twitter @Smirnoff_Brasil. Segue os caras.

Saca o que a Veja SP indicou: http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2184/mostra-smirnoff-nightlife-noite

Concurso
Outra coisa bacana rolando em Nightlife Exchange é o concurso que vai mandar uma pessoa com mais três amigos para umas das outras 13 cidades envolvidas no projeto. Vai saber em que canto do mundo um sortudo fará uma balada extraordinária com seus mais chegados.

Até o dia 23 de outubro (semana que vem!) que quiser concorrer precisa acessar o aplicativo de Nightlife Exchange na página de Smirnoff no Facebook ou pelo link http://apps.facebook.com/smirnoff_exchange/landing.php, responder a uma pergunta e torcer.

Suerte!

Para onde? Pode ser Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, Austrália, Canadá, Alemanha, India, Irlanda, Líbano, Polônia, África do Sul, Tailândia ou Venezuela.

As perguntas são: Qual te agrada mais? Já saiu de balada em algum desses lugares? O que de bizarro e de interessante pode vir desses cantos? Qual deve mandar a melhor música? Em qual categoria o Brasil deve apavorar?

O resultado sai no dia 23 de outubro.


Fechamento do container
Atenção, todo mundo que quiser por sua ideia no container tem só até o dia 22 desse mês. Lembrando que por ideia no container é uma coisa, participar do concurso é outra. Claro que a pessoa pode aproveitar e já fazer as duas coisas. Mas não podem esquecer esse prazo. Depois disso, quem esquecer vai perder a chance de contar o que faz sua noite extraordinária.

Vale contar o DJ preferido, a comidinha de antes, durante e depois da balada, enfim. O melhor mesmo é dar uma olhada nas ideias que já foram enviadas e se inspirar.