Não tem jeito, meus autores favoritos são contemporâneos,
vivem as mesmas coisas que eu, enxergam entrelinhas em comportamentos urbanos e
referenciam uma coisa ou outra de cultura pop para rechear o enredo. Mas
principalmente, gosto da literatura que faz rir. Um livro é o melhor lugar para
se expor sentimentos verdadeiros, observações contundentes e, por que não?,
utilizar humor, afinal, ser engraçado escrevendo é um desafio – que eu adoro.
Machu Picchu se passa em um único dia, no maior
congestionamento de trânsito do Rio de Janeiro, e é narrado em três frentes: o
advogado que bate uma bronha pra uma gostosa de 19 anos pelo Skype, uma esposa
que cultiva um amante há seis meses e o filho maconheirão que tem como guru um
traficante hipponga engraçadíssimo. Ainda que Machu Picchu seja eletrizante até
mais da metade e que, depois enverede por um enredo quase novelístico de TV, o
livro conclui bonito, como um autor experiente que domina muito bem sua
narrativa.
Tony Bellotto, mais uma vez, mostra que é muito mais do que
guitarrista dos Titãs e marido da Mallu Mader. Mas isso já devem ter falado pra
caralho.
Um comentário:
boa dica!
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