sexta-feira, 26 de dezembro de 2008


MELHORES FILMES




Na natureza selvagem – Sean Penn é um gênio sim. Nunca vi um filme ruim dirigido por ele. Teve a sensibilidade necessária para transformar em filme a história real de um hipponga CDF que gira os Estados Unidos numa espécie de protesto contra os valores assumidos pela sociedade e se entrega à natureza em sua forma mais primitiva.


Antes que o diabo saiba que você está morto – Um filme que abre com a Marisa Tomei numa selvageria na cama merece estar entre os melhores de 2008. Ah, a trama que envolve a crise entre Ethan Hawkee Phillip Seymour Hoffman também é eletrizante nesse filme que marca a volta de Sidney Lumet.


Once – Um ex-integrante da banda The Frames, chamado John Carney, teve a idéia de rodar um longa irlandês sobre um músico de rua que se apaixona por uma vendedora de flores. Para isso ele chamou Glen Hansard, vocalista e guitarrista da banda, para ser o protagonista. O resultado foi um filme honesto e comovente.


Onde os fracos não tem vez – Os irmãos Cohen nunca erraram. Até os filmes meia-boca são bons. Mas acho que foi em Onde os fracos não tem vez que eles chegaram ao ápice de duas carreiras.


Irina Palm – Comédia dramática inglesa sobre uma coroa (Marianne Faithful) que para pagar um tratamento ao neto descobre sua virtude num club para homens: bater uma bronha pra moçada atrás de uma parede, onde havia um buraco para o cliente colocava só a benga. Filmaço com ar sério e sacadas geniais de humor.



MELHORES FILMES NACIONAIS (OU QUASE NACIONAIS)




Nossas vidas não cabem num Opala – Tem Paulo César Pereio no elenco, uma porrada de Opala lindo e é adaptação da peça do Mário Bortoloto,ou seja, fórmula perfeita para o sucesso. O filme só não é legal para aquele público que acha que cinema brasileiro tem que ser sempre o novo Cidade de Deus.


Se nada mais der certo – Cauã Reymond é uma bosta de ator, mas bem dirigido - e ao lado do João Miguel - até passa. O filme é um policialzão sobre um jornalista que só se mete em merda tentando ajudar sua namorada viciada em pó.


Estômago – E lá vem o João Miguel, o José Dummont da nova geração, no papel de um nordestino fudido que vai pra São Paulo tentar tirar o pé da lama. Sistema carcerário, peitos, cozinha, violência e são os ingredientes de uma das comédias mais divertidas do ano.


O banheiro do papa – Beleza, o filme é uruguaio. Mas o diretor a produção é do Fernando Meirelles e se passa na cidadela de Melo, próxima à fronteira com o Rio Grande do Sul. História legal, atores bons e finalzão que dá vontade de ligar pro CVV.


Ensaio sobre a cegueira – Tá, de novo, mas foda-se. O filme é dirigido pelo Nandão, a maioria das cenas foram rodadas em São Paulo e é o Brasil chegando lá mais uma vez através de um diretor talentoso. Ensaio sobre a cegueira é tão bom que quase dá para sentir o cheiro da cegueirada trancafiada numa espécie de sanatório.



FILMES LEGAIS QUE NÃO VI




Rock ‘n’ Rolla – A volta de Guy Ritchie após afundar sua carreira no casamento com a Madonna.


Queime depois de ler – Ethan e Joel Coen atacando de novo em enredo pitoresco com George Clooney.


Eu sou a lenda – Já disse que não ia com a cara do Will Smith, mas o enredo de Eu sou a lenda parece ser bem interessa: um cara, um carrão e um cachorro sozinhos no mundo. Não vi o filme, mas tenho esperança que também tenha sobrado uma gostosa para fazer companhia ao negão boa praça.


Joy Division – O documentário sobre a banda de Manchester e a morte de seu líder, Ian Curtis, ainda não deu as caras por aqui, mas no eixão já passou e pegou a carona do sucesso de Control.



MELHORES EM CASA



Sangue Negro – Mesmo com filme em plataforma de petróleo, Paul Thomas Anderson nunca pisa na bola.


Paranoid Park – Gus Van Sant voltando a fazer filme bom.


A fúria – Christian Slater encarnando o descontrolado de um Dia de Fúria.


Be kind rewind – Michel Goldry rodou uma comédia cheia de referências ao cinema pipocão com um Jack Black endiabrado.


Zona do crime – Película mexicana que se passa dentro de um condomínio de luxo ao lado de um favelão. Simpatizo com filme mexicano e esse superou as expectativas.


XXY – Filme meio argentino meio uruguaio sobre uma hermafrodita fogo na roupa. Bizarro, mas bom.



PIPOCA NO PONTO



Batman - O Cavaleiro das Trevas – Porra, não precisa mais comentar sobre esse filme, né?


Hancock – Super-herói doidão com um ar de Bukowski e politicamente incorreto. Achei que Will Smith colocaria tudo a perder, mas até que não.


O Homem de Ferro – Robert Downey Jr. é rei. Foi de Chaplin a Tony Starks com maestria.


REC – Terror espanhol divertido e na mesma fórmula de Bruxa de Blair. Altos sustos, gritos e mistérios. Outra coisa legal é que... repararam que agora no final fiquei com preguiça de escrever mais?



FILMES QUE NÃO DERAM VONTADE DE VER



O sonho de Cassandra – Li tanta coisa negativa que não bateu nem a curiosidade


Não estou lá – Curto o Bob Dylan, mas tenho receio da viadice do Todd Haynes.


Sweeney Todd – Tim Burton já encheu o saco, ainda mais musical.


The Incredible Hulk – Parece que é bom, mas o Hulk em computação gráfica é broxante.


Indiana Jones e o reino da caveira de cristal – Eu cresci e o Harrison Ford ficou velho. A magia se foi.



PIORES FILMES



Sex and the city – Tanto ódio me rendeu um texto que atraiu uma porrada de posts para o Placa na Cueca. Mulher feia novaiorquina pagando de fodona é deprimente. Kim Catral poderia salvar a carreira fazendo um pornozão.


Um beijo roubado – Arte demais e história de menos. Filmezinho chato e escorregada bonita do grande Wong Kar Wai.


Vicky Cristina Barcelona – Não pode entrar um filme do Woody Allen no cinema que todo mundo corre

pra assistir com opinião favorável antes de ver só porque é Woody Allen. Ele deveria voltar a fazer mais filmes encarnando o loser que o consagrou. Vicky Cristina Barcelona é filme pra mulherzinha.


Os Estranhos – Tinha tudo pra ser um terrorzão classe A se não fosse o final horroroso e gratuito.


Romance – Guel Arraes foi outro que me decepcionou. Imagina um filme global que é uma “homenagem” ao teatro? Sem dúvida, o pior filme brasileiro de 2008.

Um comentário:

Movimiento Libertario disse...

Marcelo, muito engraçado o comentário de Sex and the city, pensei que somente era eu que odiava essa série.
Abraço