Sinto sono. Agora tô com sono. No carro, dirigindo, sinto sono. Acordo com sono e durmo fácil. Sono sempre foi difícil de achar, mas agora que achei se tornou um problema. Acordar para trabalhar é um suplício e essa tem sido minha batalha diária.
Lembro do filme Insônia, de Christopher Nolan (pois é, o de Batman e Amnésia), em que Al Pacino parte para o Alasca para resolver um caso policial e acaba matando seu parceiro. Lá, ele fica insone devido ao clima sempre diurno. A atuação é fantástica, claro, e Pacino não dorme o filme inteiro e no final (foda-se quem não viu) leva um tiro e é amparado por uma policial que o auxiliava. À beira da morte, Al Pacino faz seu discurso bonito e no final diz: “agora já chega disso tudo, me deixe dormir”. Pra mim foi a melhor morte no cinema dos últimos 15 anos.
E quem resolveu bodar agora foi o Paul Newman. Quando era moleque meu pai assistia clássicos no vídeo da sala e eu sempre achava que caras como Newman, o parceiro Robert Redford, Clint Eastwood e Charles Bronson eram os fodões que nunca tinham problemas como dor de cabeça, ficar puto por levar um fora, parcelar a dívida no cartão de crédito e escutar Elton John e admitir gostar. Caras como Paul Newman sempre me fizeram crer que a era de se cultuar heróis no cinema não teria outro ciclo. Como diz meu amigo Tylon, se eles estivessem numa nave que pousasse na Terra à beira do fim do mundo, eles com toda certeza salvariam a humanidade. Já uma nave com Orlando Bloom, Johnny Depp, Brad Pitt e Will Smith deixara os seres humanos virarem cinzas. Lembro de Inferno na Torre e penso que Newman deve estar fazendo uma boa companhia ao bróder Steve McQueen.
Ta me dando sono.
Paul Newman, meu rei, durma bem.
Respeito é pra quem tem, mano!
Um comentário:
Tô morrendo de sono agora mas não posso ir dormir. Trabalho...
Se bem que dormir com o Paul Newman agora nem pensar!
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