sábado, 17 de janeiro de 2009

Estamos juntos, Julião!

Na noite de terça, parei pra dar um grau nas guitarras daqui de casa (além das minhas tem as do meu irmão, o sacana está com três e ele tem apenas 13 anos) e aproveitei para “ouvir” a TV, ligada na Rede TV!, uma fonte de informação para novidades da vida pessoal de celebridades que você está pouco se lixando. Mas já passava das 19h e eu não tava com paciência de ouvir mais música, daí fiquei por dentro da vida do Rafael Vanucci (aquele filho da Vanusa, que agora está parecendo uma Tartaruga Ninja de peruca), Malu Mader, Sheila Melo (que está gordinha esquema) e, enfim, Júlia Paes, a caceteira de 22 anos que causou furor nos programas de celebridades ao entrar para a indústria pornográfica brasileira se assumindo como a namorada de Tammy Gretchen – recém saída do criado-mudo.


Antes de mais nada, tudo bem, Júlia Paes é uma das maiores aproveitadoras desse novo e promissor segmento do entretenimento adulto brasileiro. Bruna Surfistinha, por exemplo, carrega aquele ar de “como eu vim parar aqui?”, bem diferente de Júlia, que estampa um “pronto, primeira etapa realizada, agora o que eu vou fazer com esses holofotes?”, e tem desenvoltura para responder para repórteres coisas como “o coração está feliz”. Júlia Paes, que na verdade se chama Gislene, chegou ao brilho faiscado dos holofotes dos programas de fofoca pulando várias etapas. Não contou conversa ao se assumir namorada da filha da Gretchen para chegar até o filme e dar um pé na bunda da feiosinha quando sentiu que era sua hora.





O programa era da Luciana Gimenez, a enigmática anta do horário nobre, que tinha como convidados uma loira de vulgo “Bandida” e um ator de teatro - desses afeminados que usam boné à noite – colocava Júlia Paes no centro da roda vida. A intenção era que ela fosse bombardeada pela loira e pelo ator com o aval da apresentadora chinfrim. Oh Deus, como eu queria lembrar o nome do ator. Mas enfim, da vagabunda eu já recorri ao Google e cheguei até ela, simplesmente “Bandida”.


Esperto como sou, claro que não vou usar o lugar comum do trocadilho a “’Bandida’ roubou a cena”, mas suas mancadas chamaram a atenção quando ela questionou a integridade de Júlia Gislene, que se saia bem a cada resposta. O ator, querendo bagunçar o circo e, evidentemente, chamar a atenção para si, também se deu mal ao dizer que “em filme pornô não se aprende nada”. Ôpa, pêra lá! Eu aprendo um bocado. Você não aprende? O cara caiu na besteira de insinuar que a profissão de atriz pornô merece menos respeito do que um ator de teatro – que entre quatro paredes faz muito pior do que levar uma rola na frente outra atrás e se virar na oralidade com uma terceira. Júlia mandou bem e defendeu com garra sua categoria. Tô contigo, Julião!


Para mim, no entanto, o ponto alto do debate foi quando a “Bandida” achou bonito o fuzilamento e quis dar seu tiro. Disparou:


- Você tem filhos? Ah, dois meninos? E o que faria se eles um dia resolvessem fazer filme pornô?


Júlia, categoricamente, sem desarrumar um fio da bela cabeleira, mandou:


- Eu não gostaria que eles fizessem, mas tenho que respeitar se eles tomarem essa decisão. Mas e você, o que faria se seus filhos também resolvessem virar atores pornôs?


- Não, meus filhos não vão entrar nesse ramo.


- Não diga ‘nunca’, querida – Julião.


- Eu digo nunca porque isso é uma questão de berço – tentou a Bandida.


- Mas berço eu também tive. Todo mundo tem. Sempre fui íntegra e honesta, e minha profissão merece o mesmo respeito que a sua. A profissão da “Bandida”, aliás, é a de... err... modelo e atriz – código pra vagabunda capa da Sexy.


Infelizmente já era hora de pegar a namorada no trabalho e tive que desligar a TV, mas com a certeza de que deveria me dedicar mais a TV aberta para mergulhar eventualmente na alma do mainstream das celebridades.


As guitarras, aliás, ficaram lindas, saca só:



2 comentários:

Doda Vilhena. disse...

porra, isso é que é post. tão orgulhoso do amigão que virou blogueiro, sem virar viado ;-)

Martina disse...

(o que é o doda consultor?)

mas sim, damas. 200 pilas de tv, mas ainda ainda assim, uma vez por semestre não me arrependo quando no zapeio o canal e horário são os da antinha.