Em 1995, solitário em meu quarto e atento às novidades da MTV, conheci a banda inglesa Oasis. A matéria apontava a banda dos dois irmãos como a nova promessa do rock britânico. Na seqüência passou o clipe de Rock ‘n’ Roll Star e vidrei no som. Meu amigo Wilker, que acompanhava essas coisas junto comigo, me ligou uns dois dias depois e disse que havia achado o disco do Oasis em uma loja no shopping por 6 reais. No mesmo dia, à noite, cheguei em casa, peguei minha bicicleta e fui ao shopping comprar o CD. Escutei demasiadamente, chegando ao ponto de saber tocar todas as músicas de Definitely maybe na guitarra. O CD que tenho hoje em minha prateleira é o mesmo de 1995, gasto, arranhado, usado. CD de fã. O meu disco favorito do Oasis.
Agora, 14 anos depois, finalmente vi uma apresentação da banda ao vivo. Estive no show da semana passada na Arena Anhembi, onde assisti, de longe, uma das minhas bandas favoritas tocando um punhado de minhas canções favoritas. O show trouxe exatamente o mesmo set list da turnê, com as mesmas músicas e na mesma ordem. O Oasis não é de surpreender, mas faz um show redondinho, bem tocado e com uma estranha empatia com o público.
Comprei o ingresso de pista. A área vip tinha, pelo menos,
Depois da vinheta de Fuckin’ the bushes, somente para a banda se posicionar no palco, o hit Rock ‘n’ roll star fez com que eu e os 25 mil fãs que lotavam a Arena Anhembi pulássemos e cantássemos a música que evoca o refrão inconseqüente: “Vou pegar meu carro e me mandar pra longe, onde ninguém se importa com o nosso jeito. Na minha cabeça, os sonhos são reais e agora você se preocupa em como me sinto. Toniiiiiiight i’m a rock ‘n’ roll star!”. Depois dessa era só vibrar com a seqüência que intercalava músicas do último disco, Dig out your souls, com outras músicas inesquecíveis como Cigarettes & Alcohol, Lyla, The Masterplar, Slide away, Morning glory, Wonderwall (em que patricinhas corriam pra frente após soltar um “ai, é a minha música” para a pessoa ao lado), Supersonic (onde senti mais falta das guitarras altas), Champagne Supernova e Don't Look Back In Anger, tocada somente no violão por Noel em um dos momentos mais emocionantes do show. Momento, aliás, que Noel mostra que a voz baqueada de Liam pode muito bem se aposentar.
Olha o setlist aí:
- Fuckin In The Bushes
- Rock Roll Star
- Lyla
- The Shock Of The Lightning
- Cigarettes & Alcohol
- The Meaning Of Soul
- To Be Where Theres Life
- Waiting For The Rapture
- The Masterplan
- Songbird
- Slide Away
- Morning Glory
- Ain't Got Nothin'
- The Importance Of Being Idle
- Im Outta Time
- Wonderwall
- Supersonic
Bis:
- Don't Look Back In Anger
- Falling Down
- Champagne Supernova
- I Am The Walrus
Na boa, eu adoro Beatles, mas que coisa mais óbvia terminarem com o mesmo cover de I am the Walrus em todos os shows, heim? Como se já não bastasse o Cachorro Grande sempre fechar com Helter Skelter. É padrão demais para um show de rock. Apesar de que, padrão não atrapalha muito no caso do Oasis, que tem as músicas todas parecidas, solos de guitarra limitados, vocalista com zero de carisma e, mesmo assim, é uma das melhores bandas de rock da atualidade.
2 comentários:
Bem, sempre fui muito mais fã de Blur, levando em consideração a rivalidade dos dois grupos nos anos 90, mas gosto bastante do Oasis tb, apesar de não me empolgar tanto com a banda.
Reconheço o valor que o Oasis tem para o mundo da música pop rock mas, meio que imaginava que o show deles era isso que relataste... Sem grandes surpresas. Um show morno, talvez?
Enfim...
Beijossss
Ôpa, não disse isso em nenhum momento. Foi um puta show sim. Mas realmente é um show para fãs.
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